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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 159 - 23 de Maio de 2010

PEDRO DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato Grosso do Sul (Brasil)
 
 

Será que Deus errou? 


Frente a indivíduos portadores de deficiências físicas, psicológicas ou mentais, há pessoas ditas “normais” que matutem sobre a causa dessas anomalias; outras fazem e emitem juízos de valor, enquanto que algumas decretam as causas de acordo com suas convicções filosóficas religiosas. 

A respeito disso, vale a pena recordar o que afirmam duas filosofias antagônicas no tocante à existência do ser humano antes do nascimento e depois da “morte”. 

1. Materialismo.  

Advoga que a vida humana acontece pela combinação de átomos, dando origem às células que vão se diferenciando, formando os órgãos, aparelho e, por final, o corpo humano, que age impulsionado pelos hormônios cerebrais. Quando determinadas células produzem órgãos deficitários, dão como consequência aparelhos e/ou corpos humanos com deficiência. Se as células são cerebrais, darão oportunidade para surgirem deficiências psicológicas e mentais. De qualquer forma, quando morrer o corpo físico, tudo está encerrado. 

2. Espiritualismo.  

Acredita na preexistência do Espírito entes da formação do corpo somático, e sua sobrevivência após o falecimento dele. Desta filosofia surgem dois grupos: 

– Os reencarnacionistas. Entendem que as anomalias supracitadas têm causa no Espírito como forma dele expiar os erros praticados nesta ou em outras vidas (reencarnações), ou como tarefa (provação) para adiantamento da evolução espiritual. 

– Os não reencarnacionistas. Acreditam que depois de criada uma pessoa, ela usa a inteligência para administrar seu livre-arbítrio nas realizações de suas atividades. Depois que morrer, de acordo com o merecimento, vai para o céu, inferno ou purgatório. 

Observa-se que é comum aventar sobre o destino dos filhos de Deus. Entretanto, é muito difícil provar o que se acha, pensa e diz sobre o destino. Um particular chama muita a atenção de quem não possua ideias pré-concebidas: Sendo Deus, absolutamente amoroso, bondoso, justo e verdadeiro, é impossível admitir que tenha coragem para criar um ser humano predestinado ao sofrimento.  

Supondo uma família com dois filhos gerados pelos mesmos pais biológicos, um nasce e cresce saudável e outro com deficiências graves irreversíveis, será que Deus errou?


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita