PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato
Grosso do Sul
(Brasil)
Será
que Deus errou?
Frente a indivíduos
portadores de
deficiências
físicas,
psicológicas ou
mentais, há pessoas
ditas “normais” que
matutem sobre a
causa dessas
anomalias; outras
fazem e emitem
juízos de valor,
enquanto que algumas
decretam as causas
de acordo com suas
convicções
filosóficas
religiosas.
A respeito disso,
vale a pena recordar
o que afirmam duas
filosofias
antagônicas no
tocante à existência
do ser humano antes
do nascimento e
depois da “morte”.
1. Materialismo.
Advoga que a vida
humana acontece pela
combinação de
átomos, dando origem
às células que vão
se diferenciando,
formando os órgãos,
aparelho e, por
final, o corpo
humano, que age
impulsionado pelos
hormônios cerebrais.
Quando determinadas
células produzem
órgãos deficitários,
dão como
consequência
aparelhos e/ou
corpos humanos com
deficiência. Se as
células são
cerebrais, darão
oportunidade para
surgirem
deficiências
psicológicas e
mentais. De qualquer
forma, quando morrer
o corpo físico, tudo
está encerrado.
2. Espiritualismo.
Acredita na
preexistência do
Espírito entes da
formação do corpo
somático, e sua
sobrevivência após o
falecimento dele.
Desta filosofia
surgem dois grupos:
– Os
reencarnacionistas.
Entendem que as
anomalias
supracitadas têm
causa no Espírito
como forma dele
expiar os erros
praticados nesta ou
em outras vidas
(reencarnações), ou
como tarefa
(provação) para
adiantamento da
evolução
espiritual.
– Os não
reencarnacionistas.
Acreditam que depois
de criada uma
pessoa, ela usa a
inteligência para
administrar seu
livre-arbítrio nas
realizações de suas
atividades. Depois
que morrer, de
acordo com o
merecimento, vai
para o céu, inferno
ou purgatório.
Observa-se que é
comum aventar sobre
o destino dos filhos
de Deus. Entretanto,
é muito difícil
provar o que se
acha, pensa e diz
sobre o destino. Um
particular chama
muita a atenção de
quem não possua
ideias
pré-concebidas:
Sendo Deus,
absolutamente
amoroso, bondoso,
justo e verdadeiro,
é impossível admitir
que tenha coragem
para criar um ser
humano predestinado
ao sofrimento.
Supondo uma família
com dois filhos
gerados pelos mesmos
pais biológicos, um
nasce e cresce
saudável e outro com
deficiências graves
irreversíveis, será
que Deus errou?