ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
|
O Tesouro
dos Espíritas
Miguel Vives y Vives
(Parte
4)
Continuamos a apresentar
o
estudo do clássico O
Tesouro dos Espíritas,
de Miguel Vives y Vives, que
será aqui estudado
em 16 partes, com base
na tradução de J.
Herculano Pires,
conforme a 6a
edição publicada pela
Edicel.
Questões preliminares
A. A humildade é algo a
ser cultivado por nós
espíritas?
Sim. Todo espírita deve
portar-se com a maior
humildade possível
perante os seus irmãos,
mas a humildade não deve
nunca ser fingida, porém
leal e sempre disposta a
servir. Assim
compreendendo, o
espírita nunca fará
alarde de saber ou de
possuir faculdades, e
menos ainda de
considerá-las
extraordinárias, expondo
suas ideias de maneira
prudente, sensata e
oportuna. Se for
importunado por um de
seus irmãos, procurará
responder de bom modo,
tentando convencê-lo, se
possível, mas sempre
agindo humildemente.
(O Tesouro dos Espíritas
, 1 Parte, Guia Prático
para a Vida Espírita,
pp. 56 e 57.)
B. Que devemos fazer
quando um confrade anda
em erro?
Quando virmos que um de
nossos confrades anda em
erro, ninguém deve
lançar-se contra ele,
certo de que todos
podemos cair enfermos do
corpo e da alma. Se não
for possível atraí-lo
por meio da caridade,
devemos atraí-lo pela
indulgência. Há um
grande meio para
atraí-lo: descobrir nele
alguma coisa que o
agrade e que possamos
estimular. Isso pode
servir-nos. Contraindo
amizade mais íntima,
poderemos exercer a
influência moral
necessária para levá-lo
ao bom caminho. Quando
tudo, porém, se fez para
corrigir um irmão, sem
que ele se deixe
convencer, é preciso que
sem ruído, sem atrito,
nos afastemos dele,
procurando não
contaminar-nos e evitar
que outros se
contaminem.
Evidentemente, isso se
fará depois de adotados
todos os recursos que
nos aconselham a
humildade, o amor, a
indulgência e a
caridade.
(Obra citada, pp. 58 e
59.)
C. Qual o maior
preservativo contra as
dissensões em nosso
meio?
Não haverá lugar para
dissensões onde reinem o
amor, a caridade e a
humildade, porque cada
um se considerará como o
servidor dos outros, e
terá prazer em sê-lo,
pois saberá que assim dá
cumprimento à lei e se
desenvolve.
Evidentemente, podem
aparecer problemas de
difícil solução, mas
nestes casos os mais
prudentes se calam e
suplicam o auxílio de
Deus, esperando que o
tempo e os
acontecimentos deem
remédio aos males. Só se
recorre a uma medida
extrema quando nem a
caridade, nem a
indulgência, nem o amor
e a humildade podem
remediar esses males.
(Obra citada, pp. 67 e
68.)
Texto para leitura
40. Todo espírita deve
portar-se com a maior
humildade possível
perante os seus irmãos,
mas a humildade não deve
nunca ser fingida, porém
leal e sempre disposta a
servir. (P. 56)
41. Assim compreendendo,
o espírita nunca fará
alarde de saber ou de
possuir faculdades, e
menos ainda de
considerá-las
extraordinárias, expondo
suas ideias de maneira
prudente, sensata e
oportuna. Se for
importunado por um de
seus irmãos, procurará
responder de bom modo,
tentando convencê-lo, se
possível, mas sempre
agindo humildemente. (P.
57)
42. O espírita não deve
olvidar que não existe
empresa maior nem
trabalho mais nobre, que
atrair o amor leal e
sincero de seus irmãos,
ciente de que nada há na
Terra tão proveitoso
como fazer-se uma
criatura de paz, de amor
e de concórdia. (P. 57)
43. Quando virmos que um
de nossos confrades anda
em erro, ninguém deve
lançar-se contra ele,
certo de que todos
podemos cair enfermos do
corpo e da alma. Se não
for possível atraí-lo
por meio da caridade,
devemos atraí-lo pela
indulgência. (P. 58)
44. Há um grande meio
para atraí-lo: descobrir
nele alguma coisa que o
agrade e que possamos
estimular. Isso pode
servir-nos. Contraindo
amizade mais íntima,
poderemos exercer a
influência moral
necessária para levá-lo
ao bom caminho. (PP. 58
e 59)
45. Quando tudo, porém,
se fez para corrigir um
irmão, sem que ele se
deixe convencer, é
preciso que sem ruído,
sem atrito, nos
afastemos dele,
procurando não
contaminar-nos e evitar
que outros se
contaminem.
Evidentemente, isso se
fará depois de adotados
todos os recursos que
nos aconselham a
humildade, o amor, a
indulgência e a
caridade. (P. 59)
46. Em nota de rodapé,
Irmão Saulo lembra que
os próprios Espíritos
protetores afastam-se
das criaturas que se
recusam a corrigir-se. O
remédio é deixá-las
prosseguir na
experiência que
escolheram. Questão de
livre-arbítrio. (P. 59)
47. Fique claro, porém,
que o espírita não deve
abandonar o seu irmão
numa crise, nem na
doença, nem na miséria.
Ao contrário, deve ser
para ele como um pai ou
uma mãe, consolando-o em
suas aflições,
assistindo-o em suas
enfermidades, ajudando-o
em suas necessidades,
protegendo-o na velhice,
dando-lhe a mão na
mocidade. (P. 60)
48. Assim agindo,
demonstramos à
Humanidade que a palavra
irmão não é
apenas uma fórmula, mas
a expressão do amor que
sentimos. Como
consequência disso,
reinaria em nossas
reuniões tanta
cordialidade e tanto
amor, que nelas os
nossos Espíritos se
regenerariam. Há entre
nós amor e proteção
mútua, mas esta precisa
ser mais decisiva. (P.
61)
49. Na verdade, nem
sempre o amor em
desenvolvimento, a
caridade e a humildade
dominam nos Centros
espíritas e nas nossas
reuniões. Causa lástima
ver – afirma Miguel
Vives – lutas nos
Centros para as disputas
dos primeiros lugares.
Por isso, os que exercem
mais influências num
Centro são os que devem
viver mais alertas, os
que mais necessitam de
observar as regras
prescritas nos itens
anteriores, encarregados
que são de vigiar e
conduzir os de menor
compreensão e alcance.
(PP. 62 e 63)
50. Esses que, por seu
entendimento,
compreendem melhor e se
convertem em guias de
seus irmãos não mais
pertencem a si mesmos,
passam a ser exemplos
para os demais e não
podem falsear a verdade:
devem ser modelos em
tudo e não podem
deixar-se dominar pelo
amor-próprio, que é
sempre um mau
conselheiro. (P. 64)
51. Não é fácil haver
dissensões onde reinem o
amor, a caridade e a
humildade, porque cada
um se considerará como o
servidor dos outros, e
terá prazer em sê-lo,
porque saberá que assim
dá cumprimento à lei e
se desenvolve.
Evidentemente, podem
aparecer problemas de
difícil solução, mas
nestes casos os mais
prudentes se calam e
suplicam o auxílio de
Deus, esperando que o
tempo e os
acontecimentos deem
remédio aos males. Só se
recorre a uma medida
extrema quando nem a
caridade, nem a
indulgência, nem o amor
e a humildade podem
remediar esses males.
(PP. 67 e 68)
52. Essa medida deve
ser, contudo, executada
com prudência,
evitando-se murmurações
e sobretudo fatos que
possam originar
escândalos fora do meio
espírita, pois escândalo
e publicidade causam
grandes danos aos que
nos observam. (P. 68)
(Continua na próxima
edição.)