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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 164 - 27 de Junho de 2010

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil)

Contos de Natal
A vela


Na vila da amendoeira, morada de antigas famílias de estivadores, todos se uniram para decorar a rua para os festejos natalinos. Iluminação nas árvores, a efígie de Papai Noel nas portas e enfeites luminosos no portão.

Como em tempos de Copa do Mundo, uma velada competição pela casa mais decorada se instala e idas seguidas ao comércio suprem os arroubos dos moradores na busca de fazer da sua fachada a mais bela. Alguns falam até da distribuição de prêmios.

Dona Felisberta, entretanto, cujo filho havia chegado de uma viagem a serviço no exterior, recebera de presente deste uma robusta e enfeitada vela natalina. Felisberta exibiu seu presente “King Size”, instalando-o defronte de uma de suas janelas, de modo que todos os vizinhos e transeuntes pudessem ver da rua o seu enfeite. Fez a vela se acompanhar de uma plêiade de velas menores, formando um verdadeiro castiçal natalino.

Os vizinhos incomodados saíram ávidos pelo comércio, buscando na internet, em importadoras e até na fábrica de velas da cidade vizinha um artefato que pudesse fazer frente ao aparato de Dona Felisberta. Com arranjos e combinações diversas, incluindo até acendimento elétrico, conjuntos de velas se instalaram nas residências daquela vila.

Max, cabo do corpo de bombeiros, proibiu sua esposa de tal extravagância, por motivos de segurança. Esta, aproveitando-se do fato de que ele trabalharia na véspera de Natal, também montou em sigilo o seu lampadário de Natal.

Na véspera do Natal, todos acenderam as suas velas e, já próximo da meia-noite, em caravana seguia de casa em casa um séquito de aldeões observando e tecendo comentários sobre os arranjos de velas, estabelecendo um ranking mental que ia se tornando cada vez mais ostensivo.

Na casa de Dona Felisberta foi a culminância da procissão. Todos se acotovelaram na pequena morada para ver a vela trazida do estrangeiro. Na confusão daquele grupo de pessoas em tão humilde e reduzido lar, uma das pessoas esbarra em uma vela que, em um efeito dominó, faz daquele adereço natalino um imenso incêndio de volumosos labaredas, alimentado pela árvore de Natal, presentes e demais inflamáveis.

A correria é geral. Água para cá, extintor para lá e somente com a chegada do Corpo de Bombeiros, tendo à frente o cabo Max, o  fogo se extinguiu sem vítimas, ainda que deixasse de herança um grande prejuízo...

Entre prantos e correrias terminou a noite de Natal, em que a fraternidade dos vizinhos acolheu Dona Felisberta e sua família, para aproveitar um pouco do Natal iluminado pelas velas, que já estavam no seu final. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita