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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 164 - 27 de Junho de 2010

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
 

Aceleradores da evolução 

A saúde resulta de nossos esforços no campo da oração, do
autoconhecimento e das vibrações do otimismo e do amor

"(...) O autodescobrimento aliado ao amor, à oração e ao otimismo são agentes facilitadores da caminhada evolutiva.” - François C. Liran    


Estimulando o autoconhecimento, ao propalar a frase que encontrou no Templo de Delfos, na Grécia, “Conhece-te a ti mesmo”, Sócrates, o sábio filósofo grego, estava oferecendo à Humanidade uma das asas de ascensão do Espírito. Quatro séculos depois, Jesus ofereceria a outra asa: o amor incondicional...

Autoconhecimento e Amor, tais os aceleradores da Evolução!

Aprendemos com André Luiz[1]:

“(...) Assim como recapitula, nos primeiros dias da existência intrauterina, no processo reencarnatório, todos os lances de sua evolução filogenética, a consciência examina em retrospecto de minutos ou de longas horas, ao integrar-se definitivamente em seu corpo sutil, pela histogênese espiritual, durante o coma ou a cadaverização do veículo físico, todos os acontecimentos da própria vida, nos prodígios de memória, a que se referem os desencarnados quando descrevem para os homens a grande passagem para o sepulcro. E’ que a mente, no limiar da recomposição de seu próprio veículo, seja no renascimento biológico ou na desencarnação, revisa automaticamente e de modo rápido todas as experiências vividas por ela própria, imprimindo magneticamente às células, que se desdobrarão em unidades físicas e psicossomáticas, no corpo físico e no corpo espiritual, as diretrizes a que estarão sujeitas, dentro do novo ciclo de evolução em que ingressam. Acresce lembrar, ainda, como nota confirmativa de nossas asserções, que, esporadicamente, encarnados saídos ilesos de grandes perigos como acidentes e suicídios frustrados relatam semelhante fenômeno de revisão das próprias experiências, também chamado visão panorâmica e síntese mental.

Retornando ao plano espiritual, de consciência desperta e responsável, o homem começa a penetrar na essência da lei de causa e efeito, encontrando em si mesmo os resultados enobrecedores ou deprimentes das próprias ações. Assim, quando dilacerado e desditoso, grita a própria aflição, ao longo dos largos continentes do Espaço Cósmico, reunindo-se a outros culpados do mesmo jaez, com os quais permuta os quadros inquietantes da imaginação em desvario, tecendo, com o plasma sutil do pensamento contínuo e atormentado, as telas infernais em que as consequências de suas faltas se desenvolvem, mediante as profundas e estranhas fecundações de loucura e sofrimento que antecedem as reencarnações reparadoras; contudo, é também aí que começa, sobrepairando o inferno e o purgatório do remorso e da crueldade, da rebelião e da delinquência, o sublime apostolado dos seres que se colocam em harmonia com as Leis Divinas, almas elevadas e heroicas que, em se agrupando intimamente, tocadas de compaixão pelos laços que deixaram no mundo físico, iniciam, com a inspiração das Potências Angélicas, o ser­viço de abnegação e renúncia, com que a glória e a divindade do amor edificam o império do Sumo Bem, no chamado Céu, de onde vertem mais ampla luz sobre a noite dos homens”.

Na extraordinária obra onde encerra o ciclo de estudos psicológicos, no capítulo referente aos desajustes internos das criaturas, Joanna de Ângelis, através da abendiçoada mediunidade de Divaldo Franco, leciona[2]:

“(...) A vida mental decorrente da conduta moral é de relevante significado para o binômio doença-saúde, porquanto, dessa usina de forças procedem as energias que harmonizam ou desequilibram a maquinaria que irá produzir os elementos vitais para a preservação da sua realidade temporal.

Naturalmente, a preponderância da hereditariedade com as cargas necessárias à depuração do ser reencarnado, as sequelas das enfermidades infecto-contagiosas constituem elementos dominantes para a ocorrência de distúrbios emocionais, psíquicos e as degenerescências físicas. Esses acontecimentos, porém, expressam-se como decorrência dos impositivos que proporcionam o progresso espiritual em cuja fatalidade todos se encontram.  São esses requisitos que elaboram a constituição do temperamento – calmo ou agitado, suspeitoso ou confiante, introvertido ou extrovertido, jovial ou pessimista –, que favorecem o surgimento das tendências – artísticas, religiosas, filosóficas, culturais, elevadas, perversas, ativas ou indiferentes –, determinando o caráter e os sentimentos de cada indivíduo. Não obstante, quando alguém reconhece essas possibilidades que lhe são inatas, pode alterar profundamente as manifestações negativas, tornando-as enobrecidas, e as positivas, transformando-as em ideais de plenitude, facultando-se a produção de neuropeptídeos que irão co­operar para o logro em pauta, como resultado da elevação mental para alcançar o objetivo a que se propõe.

Diante, pois, de quaisquer distúrbios emocionais, o esforço mental do paciente para um novo direciona­mento das aspirações enobrecedoras torna-se-lhe urgente, o que lhe abrirá campo de realizações superiores, cada vez, de mais fácil execução como consequência da vitória sobre os impedimentos iniciais.

O mau hábito da queixa contumaz, da reclamação constante, do pessimismo estimula a produção ou redução de neuropeptídeos que desorganizarão as sinapses e desestruturarão a neurotransmissão, a prejuízo da saúde emocional, por extensão, para o surgimento de uma disfunção metabólica. De maneira equivalente, a esperança e a oração, a alegria e o cultivo de ideias dignificantes, estimuladoras, produzem o reverso, favorecendo com harmonia e bem-estar de longo curso.

Emergindo do inconsciente coletivo, no qual estão inscritas as realizações individuais – inconsciente pessoal –, heranças das reencarnações anteriores, o ser espiritual sintetiza as necessidades e descobre as possibilidades de que dispõe para corrigir os distúrbios internos, que são as consequências morais das desarmonias psicológicas ancestrais e dos descalabros emocionais que se permitiu.

Em qualquer processo, portanto, de distúrbios psicológicos, encontrando-se em reparação o Espírito endividado desde anteriores experiências carnais, os antidepressivos e outros medicamentos poderão ajudar, mas cujo êxito – a conquista da saúde real – somente será possível quando o Self, na condição de fonte irradiadora de energias, produzi-las favoráveis à legítima  cura”.

Só nos resta adir, ante tão elevados ensinamentos de André Luiz e Joanna de Ângelis, que a cura verdadeira e definitiva, conforme podemos então depreender, só será lograda mediante os esforços do autoconhecimento, sob o beneplácito da oração e das vibrações do otimismo, além das abençoadas expansões de Amor, este último ensinado e exemplificado pelo Meigo Pastor de nossas almas, nosso Mestre e Senhor Jesus.          


 

[1] - XAVIER, Francisco C. Evolução em Dois Mundos. Pelo Espírito André Luiz, 7ª ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1983, cap. XII.

[2] - FRANCO, Divaldo. Triunfo Pessoal. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 2002, cap. 3.




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita