ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
|
O Tesouro
dos Espíritas
Miguel Vives y Vives
(Parte
9)
Continuamos a apresentar
o
estudo do clássico O
Tesouro dos Espíritas,
de Miguel Vives y Vives, que
será aqui estudado
em 16 partes, com base
na tradução de J.
Herculano Pires,
conforme a 6a
edição publicada pela
Edicel.
Questões preliminares
A. Pode-se afirmar, como
Miguel Vives, que
ninguém é perfeito neste
mundo?
Sim. Os Espíritos
perfeitos não nascem em
mundos de expiação e
provas, como o nosso.
Assim como é difícil
encontrar na Terra quem
esteja sempre em
perfeito estado de saúde
física, mais difícil
ainda é encontrar alguém
com perfeita saúde
moral. “Ninguém é
perfeito neste mundo”,
afirma Miguel Vives, que
na sequência nos lembra
que, assim como a
atmosfera e as condições
materiais influem
diretamente em nosso
organismo, predispondo-o
a certas enfermidades,
os elementos espirituais
que nos cercam influem
sobre a nossa condição
moral e aproveitam-se
das coisas mais
insignificantes para
provocar-nos sofrimentos
e mal-estar interior,
objetivando
mortificar-nos ou
deter-nos na vida do
progresso.
(O Tesouro dos
Espíritas, 1ª Parte,
Guia Prático para a Vida
Espírita, pág. 122.)
B. Quais as
características da
tentação?
A tentação não tem, para
todos os indivíduos, o
mesmo caráter e as
mesmas formas. Da mesma
maneira que os graus da
virtude e dos defeitos
são múltiplos, são
também muitas as
variedades da tentação.
Nem sempre o Espírito
que nos tenta se limita
a excitar desejos e
pensamentos maus em
nossa mente. Às vezes,
ele penetra em nossa
consciência e faz-nos
sentir desejos que nos
parecem necessidades
próprias, que devemos
satisfazer. Tanto podem
ser os de ordem física,
como a sensualidade, as
extravagâncias variadas,
o descanso indevido, os
vícios, como podem ser
os de ordem moral, como
desejos de vingança, de
crítica maldosa, de
paixões exageradas ou de
repulsa por determinadas
pessoas.
(Obra citada, pp. 124 e
125.)
C. O mau humor sem
motivo aparente pode
derivar de uma tentação?
Nem sempre. Uma
tristeza, um mau humor
sem motivo aparente, ou
por motivo tão
insignificante, que nos
surpreendemos com o seu
efeito, é antes um
início de possessão do
que uma tentação e o
Espírito que a causa
pode não somente
tirar-nos a
tranquilidade, mas
também comprometer-nos e
alterar-nos a saúde.
(Obra citada, pp. 125 e
126.)
Texto para leitura
102. Após uma sentida
prece dirigida a Deus,
Miguel Vives apela aos
espíritas: “Irmãos:
todos vós que dirigis e
que escutais e
aprendeis, os que tendes
a missão de exortar e os
que seguis as instruções
do Espaço e da Terra,
amai-vos muito,
tolerai-vos
reciprocamente,
corrigi-vos com
indulgência. Firmai as
vossas esperanças na
vida futura. Sede
abnegados e caridosos,
moral e materialmente,
até onde o permitam as
vossas forças”. (P. 119)
103. Juntando a tudo
isso um grande respeito
e admiração pelo Pai, o
Espírito da Verdade terá
a sua cátedra nos
Centros Espíritas e nos
ensinará a seguir Aquele
que Deus nos enviou por
modelo, que é o caminho,
a verdade e a vida,
fazendo dos Centros
Espíritas um éden de
felicidade. (PP. 119 e
120)
104. Em nota de rodapé,
Herculano lembra que
Miguel Vives refere-se
ao Espírito da Verdade
genericamente, não só ao
Espírito diretor da
Falange, mas à própria
Falange. Nesse sentido,
cada Espírito
verdadeiro, elevado, é
portador de uma mensagem
do Espírito da Verdade,
que é quem preside ao
movimento espírita no
planeta Terra. (PP. 120
e 121)
105. Assim como é
difícil encontrar na
Terra quem esteja sempre
em perfeito estado de
saúde física, mais
difícil ainda é
encontrar alguém com
perfeita saúde moral.
Ninguém é perfeito neste
mundo. Assim como a
atmosfera e as condições
materiais influem
diretamente em nosso
organismo, predispondo-o
a certas enfermidades,
os elementos espirituais
que nos cercam influem
sobre a nossa condição
moral e aproveitam-se
das coisas mais
insignificantes para
provocar-nos sofrimentos
e mal-estar interior,
objetivando
mortificar-nos ou
deter-nos na vida do
progresso. (P. 122)
106. Devemos, pois,
estar prevenidos para
afugentar ambas as
influências. Mas, do
mesmo modo que não
podemos afastar de todo
as influências do frio e
do calor, em suas
bruscas variações,
tampouco podemos evitar
completamente as
tentações. O que podemos
fazer então é não cair
na sua rede. (P. 123)
107. Que fazemos com os
elementos atmosféricos?
No inverno,
abrigamo-nos. No verão,
aliviamos as roupas e
buscamos os lugares
frescos. Da mesma
maneira, devemos fazer
com as tentações, porque
constituem um mal que
atinge a todos, não
havendo ninguém que não
as sofra. (P. 124)
108. A
tentação não tem, porém,
para todos os
indivíduos, o mesmo
caráter e as mesmas
formas. Da mesma maneira
que os graus da virtude
e dos defeitos são
múltiplos, são também
muitas as variedades da
tentação. Nem sempre o
Espírito que nos tenta
se limita a excitar
desejos e pensamentos
maus em nossa mente. (P.
124)
109. Às vezes, ele
penetra em nossa
consciência e faz-nos
sentir desejos que nos
parecem necessidades
próprias, que devemos
satisfazer. Tanto podem
ser os de ordem física,
como a sensualidade, as
extravagâncias variadas,
o descanso indevido, os
vícios, como podem ser
os de ordem moral, como
desejos de vingança, de
crítica maldosa, de
paixões exageradas ou de
repulsa por determinadas
pessoas. (PP. 124 e 125)
110. Há pessoas de
suficiente retidão e tão
boas intenções, que o
Espírito das trevas
encontra muita
dificuldade para
penetrar no seu íntimo.
Acontece, porém, que
essas pessoas, à
primeira contrariedade,
soltam palavras
inconvenientes, em tom
áspero, ou se excitam
por pouca coisa, e o
Espírito das trevas, que
as espreitava ,
aproveita-se da
oportunidade para
fazê-las cair. (P. 125)
111. Sucede às vezes que
sentimos uma tristeza e
um mau humor sem motivo
aparente, ou por motivo
tão insignificante, que
nos surpreendemos com o
seu efeito. Esse estado
é antes um início de
possessão do que uma
tentação e o Espírito
que a causa pode não
somente tirar-nos a
tranquilidade, mas
também comprometer-nos e
alterar-nos a saúde.
(PP. 125 e 126)
112. De outras vezes, a
forma da tentação ou da
possessão é outra.
Leva-nos a gostar
demasiado de alguma
pessoa, sem sabermos por
quê, a fim de fazer-nos
cometer injustiças. Isto
pode se dar no seio da
família ou com
estranhos. (P. 126)
113. Devemos nessas
situações recordar as
palavras do Mestre:
Vigiai e orai. É
quando devemos manter o
pensamento bem elevado e
agir com muita justiça,
evitando afastar-nos dos
nossos deveres. E se
assim mesmo não pudermos
afastar a possessão, nem
por isso devemos
desanimar, mas pedir e
sustentar o pensamento
elevado, opondo uma
paciência e uma
resignação a toda prova
às más influências, pois
assim conseguiremos
adiantar-nos muito. (P.
126)
(Continua na próxima
edição.)