RICARDO BAESSO
DE OLIVEIRA
kargabrl@uol.com.br
Juiz de Fora,
Minas Gerais
(Brasil)
Divórcio
relâmpago
Casais
brasileiros
estão se
divorciando cada
vez mais cedo.
Esse fato foi
verificado pelo
Instituto
Brasileiro de
Geografia e
Estatística.
Dados mais
recentes mostram
que, em 2008,
não completaram
o segundo ano de
casamento mais
de 2.300
pessoas, algo
jamais visto em
anos anteriores.
Muitos casais
estão se
divorciando
antes de
completarem o
primeiro
aniversário de
núpcias.
Em matéria
publicada em
maio deste ano,
a revista ISTOÉ
mostra vários
exemplos de
pessoas ilustres
que sofreram um
divórcio
relâmpago.
Alexandre Pato e Stephany:
duração do
casamento de 9
meses; Deborah Secco e Roger,
dez meses;
Ronaldo e
Cicarelli, 3
meses; Adriane
Galisteu e
Roberto Justus,
oito meses. Mas
o fato se repete
em pessoas
comuns: O
psicólogo Mario
Dias teve um
casamento de um
ano e Thais
Machado
separou-se do
marido 3 meses
depois do
matrimônio,
alegando que ele
gostava mais de
jogar futebol
com os amigos
que ficar com
ela.
Segundo
especialistas,
isso se dá
porque somos
cada vez mais
individualistas,
porque nos
recusamos cada
vez mais abrir
mão de algo
pessoal em
função do outro.
Estamos mais
egoístas,
garantem os
sexólogos, e a
dificuldade de
vínculo
duradouro nos
relacionamentos
é imensa.
A Doutrina
Espírita admite
o divórcio -
Kardec
considerava que
ninguém é
obrigado a
manter-se unido
a outrem
indefinidamente,
podendo
reconstruir a
vida de relação
sempre que lhe
aprouver. No
entanto, o
rompimento de
uma relação
estabelecida em
bases comuns
deve ser a
última opção e
não a primeira,
como se tem
visto em anos
recentes.
Emmanuel,
examinando o
tema no livro Encontros
Marcados,
capítulo 51,
mostra-nos que
em quase todos
os casos de
separação as
causas se
encontram nos
próprios
parceiros, em
acidentes que se
verificam pela
evidência de
falhas diminutas
que, em se
repetindo
indefinidamente,
estabelecem, por
fim, o desastre
espetacular.
O Benfeitor
relaciona várias
situações que
podem concorrer
para a ruptura e
que poderiam ser
evitadas, como:
Casais que se
preocupam
excessivamente
com luxo e
dinheiro, posse
e conquistas
materiais,
perdendo os
vínculos
afetivos.
Outros, que
sufocam a
relação por
excesso de
sovinice.
Os que arrasam a
união conjugal
em festas
sociais
permanentes e os
que a destroem
por demasia de
solidão.
Os campões da
teimosia que
acabam com a paz
em família,
manejando
atitudes do
contra
sistemático.
Os que a
exterminam pelo
silêncio
culposo, à
frente do mal.
Os fanáticos
pela limpeza e
os que primam no
vício de
enlamear a casa,
desprezando a
higiene.
Deve, portanto,
o casal que
identifique
dificuldades
sérias de
relacionamento
no lar e
ansiedades na
vida de relação,
ponderar antes
de decidir,
aguardar um
pouco mais antes
de partir para o
confronto da
separação,
porque, se o
casamento
difícil gera
angústias, o
divórcio também
o faz, e só
aqueles que o
vivenciaram as
conhecem no
íntimo.