ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
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O Tesouro
dos Espíritas
Miguel Vives y Vives
(Parte
11)
Continuamos a apresentar
o
estudo do clássico O
Tesouro dos Espíritas,
de Miguel Vives y Vives, que
será aqui estudado
em 16 partes, com base
na tradução de J.
Herculano Pires,
conforme a 6a
edição publicada pela
Edicel.
Questões preliminares
A. Como deveremos agir
se as angústias da vida
nos perseguirem?
Primeiramente, não
olvidemos as palavras do
Mestre: Bem-aventurados
os que sofrem, pois
deles será o Reino dos
Céus, lembrando que a
existência terrena não é
mais do que um sopro, um
período curtíssimo de
nossa existência
universal, e que, pelos
dias e noites que
sofrermos na Terra,
teremos mil anos de
repouso e felicidade. Ao
irmão angustiado pela
tentação, aconselha-se
ainda que procure um
confrade digno de
confiança que possa
ouvi-lo e ajudá-lo. As
pessoas consultadas
podem ser o diretor do
Centro ou o dirigente
das reuniões, os quais
deverão ser prudentes,
misericordiosos,
caritativos, meigos no
falar e no agir, capazes
de toda a abnegação,
amando a Deus e
submissos ao Senhor e às
suas leis.
(O Tesouro dos
Espíritas, 1ª Parte,
Guia Prático para a Vida
Espírita, pp. 136 a
138.)
B. Em que nível
evolutivo nós, os
espíritas, nos
encontramos?
Segundo Miguel Vives,
nós estamos ainda no
nível comum das
criaturas. Primeiro,
dominou-nos o instinto;
depois, as paixões;
logo, os vícios; e
através de grandes lutas
chegamos a merecer que
nos contassem no
Espiritismo. Temos,
porém, de considerar que
do instinto, das paixões
e dos vícios
sobraram-nos resíduos,
que teremos de
erradicar, para podermos
possuir este tesouro. “É
preciso – disse Miguel
Vives – acentuar isto,
porque nem todos estão
em condições de
compreender o
Espiritismo, e menos
ainda de praticá-lo.”
(Obra citada, pp. 141 e
142.)
C. Em face de alguma
paixão ou vício que nos
pode levar à queda, como
proceder?
Diante dessa situação,
teremos de ser valentes
e cortá-los pela raiz,
porque mais vale sofrer
muito para aniquilar um
vício e adquirir uma
virtude do que nada
sofrer dando rédeas à
paixão. Aqui está o
trabalho de gigante do
espírita, porque, quando
quer enfrentar o
passado, o espírito do
mal resiste e tudo faz
para não deixar escapar
a presa, valendo-se de
todos os meios, até
mesmo dos sonhos, para
emboscá-lo.
(Obra citada, pp. 144 e
145.)
Texto para leitura
126. Se assim fizermos,
poderemos repetir as
palavras de um grande
escritor da antiguidade:
Quando resistimos à
tentação, ela é a
formiga do leão; mas
quando nos entregamos,
ela é o leão da formiga;
sejamos sempre o leão e
a tentação, a formiga,
que nada teremos a
temer. (P. 135)
127. Se algum dia as
angústias da vida nos
perseguirem, não
olvidemos as palavras do
Mestre: Bem-aventurados
os que sofrem, pois
deles será o Reino dos
Céus, lembrando que a
existência terrena não é
mais do que um sopro, um
período curtíssimo de
nossa existência
universal, e que, pelos
dias e as noites que
sofrermos na Terra,
teremos mil anos de
repouso e felicidade.
(P. 136)
128. Ao irmão angustiado
pela tentação,
aconselha-se ainda que
procure um confrade
digno de confiança que
possa ouvi-lo e
ajudá-lo. As pessoas
consultadas podem ser o
diretor do Centro ou o
dirigente das reuniões,
os quais deverão ser
prudentes,
misericordiosos,
caritativos, meigos no
falar e no agir, capazes
de toda a abnegação,
amando a Deus e
submissos ao Senhor e às
suas leis. Para isso, é
necessário haver entre
os espíritas pessoas
experientes na prática
das virtudes, da
caridade, do amor ao
próximo, da adoração ao
Pai e da veneração ao
Senhor, porque só assim
esses irmãos terão luz
suficiente para atender
o necessitado da
orientação buscada. (PP.
137 e 138)
129. Para que todos
sejamos felizes, temos
de ajustar-nos à lei, à
harmonia e à ordem;
dessa maneira, para onde
formos, levaremos ordem
e harmonia e os que
viverem conosco levarão
harmonia e ordem, e
assim seremos felizes.
(P. 141)
130. A
lei divina e universal
está demonstrada e
explicada pelo
Espiritismo; por isso
dizemos: Nós, espíritas,
temos um tesouro em
nossas mãos. “É preciso
acentuar isto - diz
Miguel Vives -, porque
nem todos estão em
condições de
compreender o
Espiritismo, e menos
ainda de praticá-lo.”
(P. 141)
131. Nós, os espíritas,
estamos ainda no nível
comum das criaturas.
Primeiro, dominou-nos o
instinto; depois, as
paixões; logo, os
vícios; e através de
grandes lutas chegamos a
merecer que nos
contassem no
Espiritismo. Temos,
porém, de considerar que
do instinto, das paixões
e dos vícios
sobraram-nos resíduos,
que teremos de
erradicar, para podermos
possuir este tesouro.
(P. 142)
132. O caminho que pode
levar-nos à realização
do progresso e à
felicidade é o
Espiritismo, que nos
alforria de todas as
dúvidas, liberta-nos de
todos os erros,
ilumina-nos a
inteligência e
fortalece-nos o espírito
na luta contra toda a
preocupação. Se o
espírita não for
indolente, pode realizar
tudo quanto deseja para
o seu bem. (PP. 142 e
143)
133. A
extinção completa dos
resíduos que nos ficaram
dos instintos, das
paixões e dos vícios é
um trabalho de gigante.
É por isso que todo
espírita deve estudar-se
a si mesmo, para
conhecer-se, o que não é
muito fácil. (P. 143)
134. O espírita deve
observar se facilmente
se ofende por qualquer
contrariedade ou palavra
que o mortifique. Se
isso acontece, é que o
amor-próprio desmedido,
sinônimo de vaidade,
está enraizado em seu
espírito. Deve então
dirigir toda a atenção
em pôr às claras essa
tendência ou instinto e,
a seguir, submeter-se às
humilhações, evitando
que estas o magoem,
prosseguindo na prática
até aprender a sofrer
desprezos e desenganos
sem perder a serenidade.
(P. 143)
135. Se o espírita sente
que possui alguma paixão
ou vício que o pode
levar à queda, terá de
ser valente e, mesmo que
lhe custe a vida, terá
de cortá-lo pela raiz,
porque mais vale sofrer
muito para aniquilar um
vício e adquirir uma
virtude do que nada
sofrer dando rédeas à
paixão. Aqui está o
trabalho de gigante do
espírita, porque, quando
quer enfrentar o
passado, o espírito do
mal resiste e tudo faz
para não deixar escapar
a presa, valendo-se de
todos os meios, até
mesmo dos sonhos, para
emboscá-lo. (P. 144)
136. Quanto aos pequenos
defeitos e dificuldades
da vida, vale muito a
prática constante da
virtude, da abnegação e
da caridade. Como
sabemos, o espírita não
deve ser impertinente,
nem ter mau gênio, nem
ser precipitado, nem
murmurar, mas há de ser
paciente, saber perdoar
as faltas alheias,
amável, serviçal e
procurar o bem de seus
subordinados. (P. 145)
137. Deve, assim, criar
uma auréola de boa
influência e de
confiança, consolar os
que sofrem, até onde
suas forças o permitam,
para o que será
indispensável a proteção
dos Benfeitores
espirituais, de cuja
ajuda não podemos
duvidar. (PP. 145 e 146)
(Continua na próxima
edição.)