EUGÊNIA PICKINA
eugeniamva@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Viandantes
Em muitas
circunstâncias,
quem de nós não
precisa alcançar
um lugar onde
não haja a dor?
Em função disso,
podemos, num
exemplo comum,
trabalhar de
maneira
compulsiva, pois
o fazer esgota
até que
consigamos cair
exaustos na
cama.
Então, os
problemas
cardíacos, a
pressão
sanguínea, a
depressão
camuflada, sem
contar outros
males
patológicos, não
seriam os
filhos do
estresse em
razão de um
ciclo de vida
desequilibrado,
que procura, mas
em vão, ocultar
as feridas e as
angústias de um
caminho
impaciente com
os pedidos do
coração?
O automatismo
diário retorna.
A maioria de nós
está imerso
nele. Além
disso, esse
“existir
mecânico” não
estimula a
consciência nem
confere
sabedoria, porém
tende a inflamar
raivas e
tristezas, o
terror da
solidão.
Contudo, apenas
é na aparência
que lutamos
sozinhos quando
o que está em
jogo é um
caminho com
coração –
também chamado
bom combate.
Silêncio.
Meditemos. Por
conseguinte,
será possível
colher uma
orientação
positiva que
tanto nos
incentive o
levantar do chão
e voltar à luta,
como nos ajude a
passar a viver
com sinceridade
a jornada
pessoal, e desde
que enfrentemos
nossos traumas e
vergonhas com
integridade
emocional.
E não resolve
querer
substituir o
medo pelo poder.
Ainda, temer e
negar as partes
de si que não se
encaixam no
enredo coletivo
pouco colaborará
com a realização
da tarefa à qual
a vida
reivindica a
cada manhã.
Assim, mesmo que
paguemos um
preço por sermos
vulneráveis,
nossas almas
deixarão de
viver tão
assustadas, caso
nos permitamos
viver nossa
verdade pessoal,
que gera
ressonância
afirmativa nos
relacionamentos,
nos habituais
afazeres e no
estar consigo
mesmo.
Com efeito,
parar de mentir,
parar de se
enganar. Não é à
toa que um
antigo ditado
chinês diz que
a palavra
certa será
ouvida a
quilômetros de
distância...
Não escapamos ao
fato de que
somente quando
passarmos a
respeitar o
caminho com
coração
sentiremos que
além do nosso
eu hesitante
repousa um nível
mais profundo de
consciência,
apto a sustentar
nossas
necessidades
reais e
mediar nossas
escolhas a fim
de que nos
tornemos os
protagonistas de
nossas
histórias. Logo,
compreensivos
com nossa
(natural)
vulnerabilidade.