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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 169 - 1º de Agosto de 2010

WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São Paulo (Brasil)
 

Ajuda-te e o céu te ajudará

Pedi, e dar-se-vos-á: buscai, e achareis: batei, e abrir-se-vos-á... Porque todo o que pede, recebe: e o que busca, acha: e a quem bate, abrir-se-á.
(Jesus – Mateus, VII: 7.)


Imenso equívoco é pensar que, na vida, as conquistas e realização que almejamos possam cair do “céu”. Em realidade, as metas e os objetivos que temos em mira encontrarão a concretização mediante os esforços e dedicação que empreendemos por obtê-los.

Ninguém, em sã consciência, poderá esperar que o seu progresso, em todos os níveis e sentidos, será construído pelos outros. Cada qual, dentro da sua órbita de ação e maturidade, deverá lançar-se ao terreno das lutas diárias em busca das propostas que delineou.

A diferença entre a prosperidade de um e de outro está exatamente na forma e maneira como cada criatura trabalha com as possibilidades e oportunidades que tem. 

Sendo todos filhos do mesmo Pai Celestial e vivendo mergulhados no mesmo código divino, temos em mãos os recursos de que necessitamos, ao longo do tempo, para sairmos da inferioridade, que ainda temos, na direção da perfeição que queremos.

Se ainda estamos atolados no lamaçal da dor e do sofrimento ninguém é culpado por isso, em verdade, tal situação decorre da nossa pouca ou quase nenhuma vontade em seguir as valiosas, urgentes e imprescindíveis lições de Jesus Cristo.

Pede-nos o Mestre Divino que amemo-nos uns aos outros, obviamente sem distinções, e o que temos feito no quotidiano é pensar em proteger somente aqueles que nos são caros, declinando poucas atenções aos demais irmãos do caminho.

Solicita que saibamos perdoar as ofensas que recebemos de forma ampla e abrangente, mas ainda temos imensas dificuldades em eliminar o ódio, o ressentimento, a mágoa e o rancor que habitam o nosso coração.

Informa que precisamos fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fosse feito, no entanto, se tivermos oportunidade, não vacilamos em prejudicar ou ferir aqueles que seguem ao nosso lado, pelas estradas da vida, egoisticamente zelando pelos interesses pessoais em detrimento dos interesses coletivos.

Anuncia o valor do trabalho e do esforço, visando alcançar as nossas metas com honradez e honestidade, mas fraquejamos diante das possibilidades de obter conquistas fáceis, mesmo que ilícitas ou imorais.

Sentencia o valor imenso da caridade, dentro do clima da solidariedade humana, no entanto, muitas vezes não conseguimos enxergar a aflição e a tortura de irmãos a poucos metros da nossa casa, cujas mãos estendidas, no silêncio, esperam por um gesto de amor, compreensão e fraternidade.

A vida nos devolverá tudo o que a ela dermos. Cada ação que desencadearmos nos trará de volta uma reação. A ciência nos informa que a energia atrai energia da mesma natureza, isso significa entender que, mediante nossos comportamentos, ações, atitudes e decisões, criamos ao nosso redor o mundo que desejamos. E esse mundo será bom ou ruim mediante o teor das vibrações que emitimos, e, como, via de regra, nossos atos nem sempre são de equilíbrio e consonância com as Leis Divinas, é natural que vivamos mergulhados numa atmosfera contaminada pelo orgulho e pelo egoísmo, chagas terríveis que tantos dissabores têm nos causado.

A Providência Divina não fará o nosso progresso, o socorro dela está no oferecimento de recursos para que realizemos a nossa escalada evolutiva.

“Ajuda-te e o céu te ajudará”, significa compreender que a felicidade e a paz estão ao alcance das nossas mãos, dependendo, obviamente, do nosso interesse e desejo férreo em obtê-las.

Reflitamos...        

 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita