ALTAMIRANDO
CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP
(Brasil)
Evitando a tentação
O Livro dos Espíritos,
no capítulo IX, Livro
Segundo, Intervenção dos
Espíritos no Mundo
Corpóreo, registra a
pergunta 456, de Allan
Kardec:
Os Espíritos veem tudo o
que fazemos?
- Podem vê-lo, pois
estais incessantemente
rodeados por eles. Mas
cada um só vê aquelas
coisas a que dirige a
sua atenção, porque eles
não se ocupam das que
não lhes interessam.
Pergunta 458:
Que pensam de nós os
Espíritos que estão ao
nosso redor e nos
observam?
- Isso depende. Os
Espíritos levianos riem
das pequenas traquinices
que vos fazem e zombam
das vossas impaciências.
Os Espíritos sérios
lamentam as vossas
trapalhadas e tratam de
vos ajudar.
Pergunta 459:
Os Espíritos influem
sobre os nossos
pensamentos e as nossas
ações?
- Nesse sentido, a sua
influência é maior do
que supondes, porque
muito frequentemente são
eles que vos dirigem.
Nas respostas às
perguntas 460, os
Espíritos esclarecem que
a nossa alma é um
Espírito que pensa; que
muitos pensamentos nos
ocorrem, a um só tempo,
sobre o mesmo assunto e
frequentemente bastante
contraditórios. Nesse
conjunto, há sempre os
nossos pensamentos e os
dos Espíritos e isso nos
deixa na incerteza, pois
temos em nós duas ideias
que se combatem.
Pergunta 461:
Como distinguir nossos
próprios pensamentos dos
que nos são sugeridos?
- Quando um pensamento
vos é sugerido, é como
uma voz que se vos fala.
Os pensamentos próprios
são, em geral, os que
vos ocorrem no primeiro
impulso. De resto, não
há grande interesse para
vós essa distinção, e é
frequentemente útil não
o saberdes: o homem age
mais livremente; se
decidir pelo bem, o fará
de melhor vontade; se
tomar o mau caminho, sua
responsabilidade será
maior.
O pensamento é uma
força. No capítulo XIV –
Os Fluidos, do livro A
Gênese, Allan
Kardec diz, no item 13
(Ação dos Espíritos
sobre os Fluidos.
Criações Fluídicas.
Fotografia do
Pensamento), que o
pensamento e a vontade
são para os Espíritos
aquilo que a mão é para
o homem.
O item 15 do referido
capítulo esclarece que
“o pensamento cria imagens
fluídicas, e
se reflete no envoltório
perispiritual como um
espelho; o pensamento
toma corpo e aí se
fotografa de
alguma forma. Tenha o
homem, por exemplo, a
ideia de matar outro;
embora seu corpo
material esteja
impassível, seu corpo
fluídico é posto em ação
pelo pensamento, do
qual reproduz todas
as variações; executa
fluidicamente o gesto, o
ato que tem o desígnio
de cumprir; o pensamento
cria a imagem da vítima,
e cena inteira se pinta,
como em um quadro, tal
como está em seu
Espírito.
É assim que os
movimentos mais secretos
da alma repercutem no
envoltório fluídico; que
uma alma pode ler em
outra alma como um
livro, e ver o que não é
perceptível pelos olhos
do corpo”.
Jesus disse: “Vigiai e
orai, para que não
entreis em tentação”.
(Mateus, 26:41). E mais:
“Onde estiver o vosso
tesouro, aí estará
também o vosso coração”.
(Mt., 6: 21.) Se
obedecermos às Suas
recomendações,
entraremos sempre pela
porta estreita, que
nos conduz a caminhos
retos, na longa estrada
do bem
e do mal.