CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
A primeira foto
da alma humana
Estou nomeando o
artigo com o
título pelo qual
se apresenta
este caso em
incontáveis
endereços
virtuais pelo
mundo afora. Ao
final,
forneço-lhes um
link aleatório
(1),
no qual
encontrarão não
apenas a tal
foto, mas também
o texto que a
acompanha para
todo lado, que é
o mesmo, sem
alteração, onde
quer que os
encontrem.
Recebi hoje, de
um amigo via
e-mail, o
esquisito
relato. Quero me
ater ao episódio
em si. No link
que lhes forneço
abaixo, há uma
análise crítica
da dona da
página, com a
qual concordo em
pelo menos
noventa por
cento. Porque
também me
questiono
incansavelmente
das razões pelas
quais, sempre
que algo assim
se verifica,
acontece de
forma tão tosca,
questionável,
susceptível a um
massacre tão
grande da
perícia das
tecnologias de
ponta de hoje em
dia que chego a
imaginar
temerária a
coragem de se
levar a público
dados tão
nebulosos e
destituídos de
consistências ao
menos visíveis,
logo à primeira
análise!
A foto, em si,
que é o que mais
nos interessa,
da suposta alma
de uma mulher
recém-desencarnada
durante o longo
procedimento de
uma cirurgia
cardíaca, quer,
pela sua
descrição, ser
nítida e isenta
de suspeitas de
fraudes. Mas
infelizmente, e
apesar de
espírita
convicta e
desejosa do
surgimento de
uma revelação
contundente
nestes moldes,
por amor da
verdade tenho
que discordar:
não há nada de
nítido ou
definitivo
naquela
fotografia
batida numa sala
de cirurgia
cheia de
médicos, ademais
em estranha
tomada feita de
cima para baixo,
como se o
fotógrafo
naquele momento
se visse mais
desejoso de
fotografar
cabeças do que o
procedimento
cirúrgico em si;
e a figura da
mulher,
considero
esfumaçada,
destituída de
nitidez - sua
presença, ali,
elevando-se de
braços abertos
ar acima,
nimbada de
estranha luz ao
longo de seu
corpo, nos
sugere antes uma
dessas pinturas
místicas que
ilustram textos
espiritualistas,
bela talvez, mas
tosca! E, para
piorar a
credibilidade do
documento -
revelada em
preto e branco
em textura
insolitamente
canelada, o que
a torna ainda
mais caricata
para se
pretender algum
realismo!...
Todavia, não sou
especialista
técnica em
fotografias, o
que torna a
análise acima,
quando muito,
subjetiva.
Antes fosse
idôneo! Os
estudos de ponta
que nos
presenteiam
atualmente com
as conquistas da
Física Quântica,
de molde a
corroborar os
postulados
Kardequianos de
mais de um
século atrás,
bem seriam
favorecidos com
o suporte de
documentos
lídimos acerca
de fatos
verídicos na
área da
fotografia e da
filmagem - mas
nunca com
fraudes! E,
neste ponto,
discordo da
crítica
oferecida pela
webmaster do
link abaixo: há,
sim,
possibilidade
de, sob
condições
especiais, os
Espíritos serem
fotografados ao
lado de seres
humanos, como
consta em farta
literatura
espiritualista
recheada de um
sem-número de
documentos
fotográficos
tidos como
autênticos, em
experimentos de
materialização
nos quais
compareceram
nada menos que o
nosso saudoso
Chico Xavier -
acima de
qualquer
contestação! - e
vultos outros,
respeitáveis, do
Espiritismo! E
constam de obras
sobre a
Transcomunicação
Instrumental
documentos nos
quais revelações
fotográficas nos
surpreendem com
dimensões
paralelas da
invisibilidade,
nas quais
deparamos
animais e
paisagens tais
como as dos
nossos cenários
na materialidade
- talvez que em
versão mais
depurada, em
dependendo dos
padrões
vibratórios das
esferas
circundantes do
orbe físico.
Lembro-me de uma
estranha e já
antiga foto
batida na época
em que meu filho
mais velho
contava uns dois
anos; à vontade,
na sala do
apartamento onde
então residia,
ele andava ao
acaso e bati uma
dessas célebres
fotos familiares
que colhem
nossos entes
queridos em
momentos de
descontração,
quando, para a
minha surpresa
ao revelá-la, me
surge, bem
delineado ao
lado do menino,
a forma de um
gato
translúcido! -
os olhos grandes
muito
arregalados bem
ao lado de onde
ele atravessava
a passinhos
rápidos o portal
de acesso aos
quartos, sem que
jamais
imaginássemos
que a chapa
revelaria uma
tal coisa
insólita!
E - frise-se! -
não tínhamos
nenhum gato em
casa; o bicho
lembrava um gato
angorá felpudo,
grande; e seus
contornos
delineavam uma
forma de fato
translúcida,
como uma névoa
contida nos
contornos exatos
de um gato
sentado!
Ando atrás desta
foto perdida no
amontoado de
dezenas de
outras fora de
organização,
empilhadas no
decorrer dos
anos,
interessada em
compartilhá-la
com confrades e
analistas nestes
tempos de
internet, até
agora sem
sucesso.
Compartilho esta
digressão,
todavia, para
mencionar um
fato verídico
que desmente as
teorias sobre a
não existência
da alma em
animais, de
acréscimo com a
impossibilidade
de que as suas,
como as almas
humanas,
apareçam em
revelações
fotográficas.
Outro aspecto
que causa nota é
a descrição da
forma como
aconteceu a
tomada da
aludida
fotografia: num
hospital alemão
em Frankfurt
(não menciona
qual). Fala-se
no nome de um
médico alemão,
nas razões pelas
quais a foto foi
batida (para
favorecer
estudantes de
medicina
posteriormente);
mas o texto é
escasso quanto a
datas, informes
outros mais
esmiuçados das
análises
realizadas
posteriormente,
considerando-a
idônea. Diz-se
do envio da
mesma para
autoridades
eclesiásticas e
para o próprio
João Paulo II,
que à época se
dispôs a
examiná-la. Mas,
para a desolação
de quem percorre
com interesse os
informes, a
narração do fato
se detém aí,
frustrante...
Não se diz das
conclusões dos
religiosos, nem
dos nomes dos
responsáveis
pela
corroboração
definitiva do
fato, com dados
e com análises
técnicas; não se
menciona quem
era a mulher, a
família da
mesma, o que
disseram do caso
- nada! E fica o
leitor sedento
de elucidação e
da confirmação
bem-vinda da
veracidade de
algo assim
surpreendente,
com aquilo que
bem se batiza de
cara de
paisagem, do
mesmo jeito como
acontece durante
um filme cujo
enredo se
acompanhou com
boa vontade e
interesse,
alcançando-se um
final medíocre,
confuso,
destituído de um
desfecho
satisfatório
para a história.
Precisamos ser
firmes quanto a
isso. Se estudos
sérios como os
realizados por
cientistas de
vanguarda nos
remetem a breve
prazo a
resultados
satisfatórios no
sentido de se
alinhar
mensurações mais
exatas da
continuação da
vida humana
noutras
dimensões
invisíveis aos
sentidos
corpóreos
materiais, de
outro lado, e
nestes tempos de
progresso do
nosso
entendimento
para com estes
temas que nos
interessam
inerentemente,
forçoso é
concluir que
estas menções
inexatas,
nebulosas, e por
isso mesmo
frágeis aos
ataques dos
céticos
ignorantes e
mal-intencionados,
só fazem
prejudicar a
compreensão
plena de um
assunto que a
todos nós diz
respeito de
perto, a cada
dia de nossas
vidas, sem
exceção de um só
- para se pôr
termo definitivo
ao argumento
falho que tais
delatores
guardam sempre
como pretensa
carta na manga,
repetindo que
reencarnação e
vida após a
morte são
improváveis
porque "nunca
ninguém voltou
de lá para nos
dizer como é!".
Ofereço, pois, a
questão à
análise e
reflexão de
todos os amigos
e leitores dos
nossos textos.
(1)
http://www.quatrocantos.com/LENDAS/352_karen_fisher_alma_humana.htm.