WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Não fazer o mal
ainda é pouco
– Será
suficiente não
se fazer o mal,
para ser
agradável a Deus
e assegurar uma
situação futura?
“Não: é preciso
fazer o bem, no
limite das
próprias forças,
pois cada um
responderá por
todo o mal que
tiver ocorrido
por causa do bem
que deixou de
fazer.”
(Questão 642, de
“O Livro dos
Espíritos” –
Allan Kardec.)
Com frequência,
ante o acanhado
estado evolutivo
que
apresentamos,
vivendo neste
mundo de
expiações e
provas,
acreditamos que
não fazer o mal
já é o
suficiente para
a garantia de
uma boa posição
para o futuro.
Mas, observando
atentamente as
lições contidas
em “O Livro dos
Espíritos”, de
Allan Kardec,
podemos perceber
nitidamente que
isso somente não
basta.
Informaram-nos
os Espíritos
benfeitores que
atuaram sob a
coordenação de o
Espírito da
Verdade, na obra
citada, que será
preciso mais,
muito mais para
que nos dias do
porvir venhamos
a desfrutar de
uma situação de
conforto e
tranquilidade
espiritual.
Além de
evitarmos o mal
será necessário
fazer o bem,
pois que tal
postura, pela
lei de ação e
reação e de
causa e efeito,
nos assegurará
reflexos da
mesma natureza.
O bem que
fazemos é força
criadora que se
juntará às
forças idênticas
que grassam pelo
universo,
retornando em
nossa direção
mais potente,
trazendo consigo
os benefícios
naturais de que
temos
necessidade.
Mas isso ainda é
pouco, uma vez
que será preciso
vivenciar o bem
no limite das
nossas forças,
ou seja, fazer o
máximo de bem
possível, dentro
das
possibilidades e
condições de que
dispomos.
E ainda nos
advertem os
Benfeitores da
Espiritualidade
que seremos
responsáveis
pelo mal que
decorrer do bem
que deixarmos de
fazer. Sem
dúvida, uma
observação de
longo alcance,
uma vez que nos
remete a
reflexões
profundas sobre
a nossa
caminhada rumo à
perfeição.
Portanto, é
sumamente
importante não
fazer o mal,
indispensável
fazer todo o bem
possível, pois
que
responderemos
pelo mal que se
originar do bem
que deixarmos de
fazer. Assim,
com clareza
podemos concluir
que nossa
caminhada pela
vida tem uma
importância
muito mais
abrangente do
que supomos até
agora.
Tomando ciência
disso, por certo
nossa postura
será outra, uma
vez que se
alargam os
limites da nossa
compreensão;
evitar o mal,
fazer o bem no
limite das
próprias forças
e responder pelo
mal que nascer
do bem que
deixamos de
fazer.
Doravante,
imperioso será
intensificarmos,
com
responsabilidade,
as nossas ações
visando ajudar a
construir um
mundo melhor,
mais justo,
fraterno e
humano.
Obviamente que a
nossa felicidade
terá o tamanho
da felicidade
que promovermos
aos nossos
irmãos do
caminho.
Conscientes
disso “tomemos a
nossa charrua,
sem olhar para
trás, para
sermos dignos do
reino de Deus”.
(Lucas,
cap. IX, 62.)
Assim sendo,
valerá
imensamente a
movimentação de
todos os nossos
recursos e
potencialidades
para que todas
as nossas ações,
gestos e
procedimentos
tenham como meta
o bem coletivo.
Em nosso caminho
encontramos mãos
suplicantes
estendidas,
pedindo socorro,
corações
torturados em
busca de alívio,
lágrimas
abundantes
nascidas de
olhos sofridos
esperando por um
lenço amigo,
mentes confusas
aguardando um
roteiro de
esperanças,
braços
desocupados
implorando por
trabalho,
velhice
abandonada à
espera de
afetividade,
infância
desorientada em
busca de um
norte e muito
mais.
Esse vasto campo
que se
descortina ante
os nossos
olhares de
observação se
caracteriza como
a lavoura a ser
cultivada. Nela,
convictamente,
poderemos evitar
o mal, fazer o
bem no limite
das nossas
próprias forças,
para que nenhum
bem deixe de ser
realizado.
Reflitamos...