CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
Mundo de
aparências
"O Espírito
não retrograda,
mas o corpo
espiritual se
degrada."
Eis aí uma
péssima notícia
para os
fisiculturistas
de plantão que
eventualmente
ignorem a faceta
maior e
inexorável da
vida, a aguardar
a cada um de nós
pela trajetória
da eternidade
afora: aquela
que nos adverte
de que de nada
nos adiantará
cuidar
obsessivamente
do aspecto e do
funcionamento
impecável do
nosso corpo
carnal se, de
outro lado,
negligenciamos
completamente o
ser real que nos
caracteriza,
aquilo que de
fato somos: um
ser
espiritual, sem
começo, sem fim
e em rápida
passagem por
este mundo de
aparências
traiçoeiras,
para extrair
lições de
contraste que
nos sejam úteis
no que ainda nos
aguarda na nossa
infinita
trajetória
evolutiva!
O excerto acima
foi extraído da
obra "O
Abismo", de
autoria
espiritual de
André Luiz.
Livro que nos
traz novidades
impressionantes
acerca do modo
como funciona a
banda astral
mais densa e
pesada, do ponto
de vista
vibratório,
espiritual,
circundante e
intrínseco a
dimensões
outras,
desconhecidas,
do campo etérico
do nosso mundo.
Locais para
onde, via lei de
atração, se
deslocam
obrigatoriamente
todos aqueles
que
voluntariamente
se entregam a um
perfil brutal de
conduta,
jungidos a
experiências
lastimáveis
ligadas às
expressões da
violência e da
malignidade mais
ingratas, que
reincidentemente
lhes governam,
de há milênios,
a conduta.
São locais que,
pela densidade
vibratória
indescritível do
seu astral
circundante -
provocador, por
isso, de uma
asfixia
espiritual
indescritível -,
possuem pouca
manifestação da
própria luz,
como a
conhecemos. Se a
luz solar ali
penetra, o faz
de maneira
sofrível e nunca
suficiente para
que se divise
com nitidez
qualquer coisa
em meio àqueles
panoramas
pardacentos e
opacos, tais
como ilustrados
talvez que em
deprimente
pintura de
lugares
depressivos,
desolados,
frios, escuros,
como numa
reprodução do
mitológico limbo
mencionado pelas
religiões mais
antigas.
Lugares onde vez
por outra, e em
meio a um pavor
inominável,
deparam-se seres
de inigualável
deformação de
formas,
semelhando a
monstros;
deformação esta
paulatinamente
moldada no
aspecto exterior
lamentável
desses
desafortunados
irmãos em
jornada, por
força da
insistência dos
mesmos, numa
expressão de
vida grotesca,
agressiva,
desrespeitosa
para com todos
os aspectos da
Criação! Seres
porventura
portadores de
bagagem
evolutiva
extensa e de
intelecto
brilhante, mas
devotados, por
escolha,
encarniçadamente
às manifestações
pesadas do mal,
que obscurecem
inexoravelmente
as luzes
sublimes do
espírito
destinado às
glórias das
alturas
celestes, e que,
de resto,
configuram o
flexível corpo
perispiritual
segundo os
impulsos ferozes
e animalizados,
cuja frequência
dissonante e
caótica foge da
harmonia
inerente às
formas de toda a
orquestração do
Criador, para
tombar na via
inversa, numa
espécie de
involução das
aparências
espirituais.
Esta
impressionante
obra, assim,
descreve-nos uma
incursão
instrutiva, na
companhia do
Espírito autor,
a esses
submundos do
astral terreno.
Conta-nos a
respeito de
seres que, a
pulso de um
incontável tempo
de mergulho nos
equívocos da
alma, contraíram
aparências
animalizadas
conferidoras,
nalgumas vezes,
de estranhos
apêndices
inferiores em
seus corpos,
semelhantes a
caudas; noutros,
fisionomias de
animais,
hediondamente
deformadas; e,
para fim de
tudo, no ápice
do desgoverno
evolutivo, resta
o ser espiritual
íntegro em seu
cabedal de
experiências,
que nunca é
perdido, mas,
literalmente, "diluído"
numa pasta de
aspecto
terrificante,
onde talvez se
divise olhos
pardacentos e
alheios,
vagando,
dispersivos,
naquela
expressão máxima
da inconsciência
humana cujo
tombo atingiu os
cumes dos
desacertos que o
conduzirão, em
destino ignoto,
a desfechos de
continuidade ou
de reinício do
conhecimento
somente do
supremo Criador
de todas as
coisas!
O espírito
não retrograda
(...), isto
é, toda a
bagagem de
aprendizado
adquirida no
decorrer dos
evos não se
perde, dali,
daquele aspecto
consciencial
diferenciado da
essência última
do Criador;
(...) mas o
corpo espiritual
se degrada!,
por força da,
por sua vez,
liberdade de
escolha criativa
do seu próprio
destino,
obedecendo aos
impulsos felizes
ou infelizes de
cada ser no
trajeto que
elege para
efetuar o seu
percurso
evolutivo e do
qual apenas ele,
e não mais
ninguém, terá
que dar conta
acerca dos seus
progressos ou
deméritos na
conquista da sua
ascensão e da
própria
felicidade!
Lembro-me, a
pretexto disso,
de um outro
livro de André
Luiz, do qual,
com a devida
escusa do
leitor, não
recordo agora o
nome, em vista
de tê-lo lido já
há muitos anos;
no qual, durante
o seu
aprendizado na
companhia dos
instrutores
iluminados da
colônia Nosso
Lar - cidade
espiritual
situada acima do
Rio de Janeiro,
como narrado na
obra de mesmo
nome
psicografada
pelo saudoso
Chico Xavier -,
André tem a
oportunidade de
presenciar outra
exemplificação
decisiva dessas
realidades
surpreendentes.
Pois vê o
desprendimento,
pelo sono, do
Espírito de uma
mulher
reencarnada que,
quando em
vigília no corpo
físico, é
ostentadora de
aspecto
inatacável e da
chamada beleza
física
indiscutível -
mas que, e para
seu espanto
ocasional, no
momento em que
se desprende
pelo sono
configura
verdadeira bruxa
horripilante!
Ao que o
solícito
instrutor que o
acompanhava no
momento logo
explicou
tratar-se de um
daqueles casos
em que o
Espírito é
conduzido à
reencarnação
tendo à frente a
prova
insuspeitadamente
difícil de
vestir um corpo
delineado pela
perfeição
física,
cabendo-lhe,
contudo,
sustentar na
matriz - no
perispírito, o
corpo sutil e
extremamente
plástico,
sensível às
menores emissões
mentais - uma
beleza que
transcenda mesmo
à da enganosa
matéria, vítima
da passagem
inexorável do
tempo e dos
reveses
orgânicos!
Todavia,
trata-se de
tarefa que exige
do candidato
justo a
reformulação
íntima para que,
por meio de
emissões
espirituais
belas e
harmônicas,
primeiro a
partir de si
mesmo e do seu
interior na sua
passagem pelo
mundo, construa
a "beleza" real,
a se refletir,
antes, no molde
externo das
irradiações da
alma
equilibrada, que
é justamente a
nossa reprodução
íntima neste
magnífico corpo
que carregamos
nas esferas mais
sutis da vida!
Contudo, é de se
lamentar que
quase a
totalidade falha
nesta difícil
vivência!
Porque, num
mundo onde as
aparências
físicas e os
protótipos das
personalidades
afeitas aos
interesses da
ganância e do
poder, com toda
a imensa gama de
dissimulações
próprias dos
nossos dias,
compram
facilmente
respeitabilidade
e consideração
em função de
máscaras físicas
e
comportamentais
traiçoeiras e
enganadoras - e
de modo algum
refletidoras do
verdadeiro
ser por
debaixo do
aparentar e
do ter -
que a sua visão
não seja a sua
perdição!
Há seguramente
muito mais para
além das
aparências e
para além
daquilo que os
nossos pobres,
falhos e
enganadores
sentidos podem
alcançar!
Desenvolvamos,
assim, os
olhos de ver,
como bem já nos
foi dito há mais
de dois mil anos
em nosso mundo
pelo
Representante da
beleza máxima
concebível a um
ser humano em
trajeto pelo
Universo! Para
que um dia não
nos
surpreendamos de
nós mesmos, já
que muitas vezes
nos enganamos,
ao presumirmos
muito a nosso
respeito!