Existem sorte e
azar?
Muitas pessoas
creditam o
sucesso alheio,
ou mesmo o
próprio, à sorte
ou ao azar,
porém nos diz o
bom senso que o
fruto dessas
conquistas se
deve ao trabalho
em prol da
realização dos
objetivos. A
sabedoria
popular define
dessa forma:
“Deus ajuda quem
cedo madruga!”
Realidade pura!
E entenda-se
como trabalho
algo muito mais
abrangente do
que apenas a
atividade
profissional que
nos traz o
dividendo para
manutenção da
vida.
Encontramos a
definição
perfeita de
trabalho em “O
livro dos
Espíritos” - Lei
do Trabalho.
Na questão de nº
675, Kardec
questiona os
mentores
espirituais:
675 – P: – Por
trabalho só se
devem entender
as ocupações
materiais?
R: – Não; o
Espírito também
trabalha, assim
como o corpo.
Toda ocupação
útil é trabalho.
Em suma,
trabalho é tudo
aquilo que
agrega valores a
nosso espírito
imortal.
Por isso, vamos
à vida dessa
grande figura,
alma sedenta
pelo conhecer,
disposta a
desbravar novos
rumos para uma
humanidade ainda
carente de
grandes
conhecimentos,
não se limitou
ao trabalho
profissional,
dedicando grande
parte de seu
tempo à
observação e à
pesquisa. O
holandês Antony
Van Leeuwenhoek
(1632-1723)
descobriu os
micróbios em
1674, e sua
descoberta foi
uma das mais
importantes para
a humanidade.
Alguns
historiadores
consideram
Leeuwenhoek o
homem que por
pura sorte
tropeçou em grande
descoberta
científica.
Injustiça com o
holandês!
Deixam de
considerar seu
árduo e
meticuloso
trabalho;
paciente
observador,
curiosidade sem
limites,
Leeuwenhoek
construiu seu
próprio
microscópio.
Polindo com
cuidado e
precisão
pequenas lentes
de aumento focal
conseguiu maior
eficácia do que
outros
microscópios de
sua época.
Leeuwenhoek observava
desde cabelo
humano até sêmen
de cachorro.
Em 1674, ao
observar uma
gota d’água,
visualizou um
mundo novo,
repleto de vida
e com grande
importância para
a humanidade.
Graças a seu
esforço, o homem
pôde conhecer
naquela distante
época os
chamados
micróbios.
Graças ao
trabalho desse
holandês, não
acredito em
sorte ou azar!
Sorte e azar não
condizem com a
justiça divina;
seria absurdo
conceber que
Deus tem
preferências.
Crer que a sorte
pode transformar
nossa existência
é deixar de
acreditar em
nossa força
interior.
Acreditar na
sorte é deixar
de colher o
fruto do pomar
ou a flor do
jardim,
esperando que
ambos por forças
misteriosas
caiam em nosso
colo.
Acredito na
força do
trabalho, na
persistência, na
perseverança...
Acredito na
organização, no
planejamento, na
criatividade, na
luta por
transformar
sonhos em metas.
Acredito na
quebra de
paradigmas, no
olhar além das
aparências.
Acredito na
força do amor
que tem o poder
de transformar
nossa vida.
Mas não creio em
sorte ou azar.
Acredito que o
destino está em
nossas mãos e
que depende de
nós construirmos
uma estrada de
flores ante as
dificuldades, sem
relegar nossa
vitória à sorte
ou nossa derrota
pedagógica ao
azar.
Jogar a culpa
dos fracassos no
azar é cômodo,
de certa maneira
nos tira um
pouco da
responsabilidade,
afinal, “não deu
certo porque nos
faltou sorte” –
é assim que
raciocinamos
quando
acreditamos no
azar.
Acredito na
força da vida
que conspira
para que sejamos
felizes.
Acredito no
estudo, no
esforço, na
labuta por
buscar saídas
quando se está
encurralado por obstáculos.
Acredito no
talento, na
capacidade do
ser humano, na
força que
extraímos das
entranhas de
nossa alma.
Acredito na
inspiração e na
transpiração que
colocam a pessoa
na hora certa e
no lugar certo
dos
acontecimentos.
Acredito na
pujante força
que vibra no
coração de cada
um de nós.
Portanto, graças
a Leeuwenhoek,
não acredito em
sorte ou azar,
mas, sim, na
força do
trabalho que nos
impulsiona para
que obtenhamos
sucesso em
nossos projetos
de vida.
Pensemos nisso!
Bibliografia:
HART, Michael H.
As cem maiores
personalidades
da história. 5.
ed. Trad.
Antonio
Canavarro
Pereira. Rio de
Janeiro, Difel,
2002. 241-243 p.
KARDEC, Allan. O
livro dos
Espíritos. 50.
ed. Trad.
Guillon Ribeiro.
Rio de Janeiro,
Federação
Espírita
Brasileira,
1980. 328 p.