JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
Minas Gerais
(Brasil)
A filosofia nos
ensina que tudo
em demasia deve
ser evitado
Para a
filosofia, tudo
em excesso é
ruim, o que
acaba levando a
erros,
principalmente
nas áreas
política e
religiosa. E os
políticos e os
teólogos apelam
mais para o seu
egoísmo e
vaidade do que
para a verdade.
No Brasil, entre
os erros dos
exageros
políticos, estão
os de verbas mal
empregadas, que
até beneficiam
outros países e,
estranhamente,
os de regimes de
força.
As consequências
disso são a
precariedade em
que se encontram
os setores da
saúde pública e
das rodovias no
nosso País. O
número de
médicos é
deficiente. As
filas para
consultas são
longas. As datas
de atendimentos
para cirurgias,
mesmo as
urgentes, são
marcadas para
meses depois. As
nossas estradas,
em grande parte,
estão
abandonadas, com
os desastres
multiplicando-se
dia a dia.
E lembramo-nos
aqui do
exagerado
projeto de lei
da proibição da
palmada em
crianças pelos
pais. A
proibição do
espancamento é
bem-vinda, mas a
de palmada é uma
medida
exagerada! E
será que essa
lei funcionaria
na prática?
Ela faz-nos
lembrar da de
proibição do
jogo de bicho, à
qual ninguém
obedece!
Exageros, nem os
da Bíblia. Mas
vejamos o que
ela diz: “Não
retires da
criança a
disciplina, pois
se a fustigares
com a vara, não
morrerá”
(Provérbios,
23,13). Que os
nossos políticos
meditem sobre o
dito popular de
que “palmada de
mãe não dói”, e
que é preferível
uma criança
tomar palmadas
de seu pai ou de
sua mãe, a tomar
mais tarde,
quando adulta,
cacetadas da
polícia.
E os teólogos
ensinaram e
ensinam que Deus
é apenas um e
que as Pessoas
da Santíssima
Trindade é que
são três. Assim,
quando alguém
pergunta a um
teólogo se Jesus
é também Deus,
ele deveria
responder
categoricamente
que não, que
Jesus é apenas
uma das três
Pessoas da
Santíssima
Trindade. Mas
ele, com a cara
mais limpa do
mundo, responde
que sim, que
Jesus é também
Deus, o que é
uma incoerência
e contra a
Bíblia: “O Pai é
maior do que eu”
(João, 14,28).
“Por que me
chamas bom? Só
Deus é bom”
(Marcos, 10,18).
E os teólogos,
geralmente,
acrescentam que
se trata de um
mistério de Deus
que não podemos
compreender.
Mas, na verdade,
é mistério deles
mesmos, pois
eles é que
criaram essa
doutrina, que
respeito, mas
que é
contraditória e
que, por isso
mesmo, se tornou
dogma. E eles
tentam contornar
a coisa, dizendo
que Jesus é
gerado e não
criado. Isso é
uma verborragia
ou jogo de
palavras, pois
criar e gerar
são verbos
sinônimos da
ação de criar ou
de dar origem a
um ser. A
diferença é que
criar pode ter
um sentido mais
amplo, pois pode
incluir também o
ato de cuidar do
ser criado,
enquanto
pequeno. Mas,
quanto à ação de
criar ou
procriar, gerar
tem o mesmo
sentido.
Exemplo: o casal
tal gerou dois
filhos famosos.
Segundo o ensino
de São Tomás de
Aquino, pode-se
dizer que Jesus
não é o ser
incontingente
(incriado), mas
contingente
(criado). Que os
teólogos
corrijam seus
exageros
doutrinários.
Isso é o que
seria a
verdadeira
inovação
evangelizadora
de que, hoje, se
fala tanto!
É mesmo verdade
que tudo demais
é ruim. Que,
pois, os nossos
políticos e
teólogos se
contenham nos
seus erros de
excessos, uma
vez que já se
foi a época do
coronelismo, da
fé cega e da
lógica ilógica!