PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato
Grosso do Sul
(Brasil)
Moeda de Deus e
dinheiro
dos seres
humanos
É amplamente
aconselhado por uns,
ensinado por outros,
e proibido por
muitos, que no
Centro Espírita seja
vetado qualquer tipo
de comercialização.
Dentre outras
modalidades: vendas
de rifa, bingo,
sorteio, ingresso
para almoço ou
outras atividades do
gênero.
Entretanto, estão
mormente autorizadas
as vendas e/ou
locação de livros,
fitas de vídeos e
DVD.
Observando mais
atentamente, não se
vê muita diferença
entre o que é vetado
ou autorizado, no
que se refere às
atividades
arrecadadoras de
recursos
financeiros.
Ambos convergem para
o mesmo objetivo
pecuniário para que
se possa cumprir com
os compromissos
assumidos e atender
às necessidades
mínimas para
funcionamento da
casa de oração.
A proibição, na
teoria, é discutida.
Na prática, é
amplamente ignorada.
Já foi aconselhado
alhures que o melhor
que se deva fazer ao
tomar uma atitude é
não radicalizar.
O radicalismo inibe
a criatividade. Para
tudo dá-se um jeito.
O meio termo
encontrado com bom
senso é
aconselhável.
É verdadeiro e
também exigível que
a maneira de se
angariar dinheiro
para fins
religiosos, em
quaisquer
circunstâncias, tem
que observar a ética
e a moral, para não
cair no campo do
peditório e
exploração
mercantilista.
Dentre alguns
mecanismos
aceitáveis é criar
um grupo de sócios
convictos que se
encarregue de pagar
mensalidades
regularmente, e
aceitar pessoas
voluntárias que se
proponham a fazer
doações
regularmente.
Caso contrário, as
práticas comerciais
são inevitáveis, por
serem em muitos
casos as primeiras e
últimas alternativas
encontradas.
É oportuno,
lembrando-se sempre
de que ganhar
dinheiro, por ganhar
dinheiro, sem
qualquer observância
ético-moral, não
coaduna com a
proposta do
Espiritismo.
Não se podem
misturar as coisas
de Deus, cuja moeda
é o Amor, com as dos
seres humanos, cujo
valor é dinheiro.