A vida
física é
uma
estrada
que se
inicia
no berço
e se
encerra
no
túmulo
“O
homem,
voltando
os olhos
para o
chão,
rasteja
nas
cogitações
subalternas
imediatistas,
olvidando
a
vertical
apontada
por
Jesus,
que liga
a Terra
ao Céu.”
-
François
C. Liran
Joanna
de
Ângelis
nos
oferece
o
seguinte
aconselhamento:
“Assume
o
compromisso
do
autoburilamento
espiritual
e não
tergiverses
no
empreendimento.
Lutarás
contra
fatores
vigorosos
de
natureza
interna,
que
parecerão
conspirar,
impedindo-te
a
promoção
dos
valores
relevantes.
Defrontarás
empeços
que se
avolumarão,
dificultando-te
a
marcha.
Surpreenderás
sutis
convites
e fortes
imposições
incitando-te
à
desistência.
Crescerão
problemas
desafiadores,
exaurindo-te
os
esforços
de
perseverança,
numa
conspiração
em favor
da tua
deserção.
Incitar-te-ão
ao
desânimo
e
repontarão
acusações
ferinas
em rude
agressividade
contra
os teus
propósitos
de
enobrecimento.
(...)
Considera
a vida
física
uma
estrada
quilometrada
a
iniciar-se
no berço
e
encerrar-se
no
túmulo.
Tem em
mente
que,
após o
túmulo,
igualmente
se
alonga a
vida, na
condição
de uma
rota que
se perde
nas
estrelas
que
percorrerás...
Cada
etapa
representa
um
desafio
ou
vários
que te
cumpre
vencer.
Conquistado
um
trecho,
outro se
distende
à vista,
aguardando.
A
vitória
somente
será
tida
como
válida,
após a
conclusão
da
jornada,
quando
poderás
fazer
uma
segura
avaliação
das
conquistas
e um
exame
das
experiências.
Ultrapassada
a marca
de cada
quilômetro,
não te
detenhas
relacionando
os
insucessos,
porque
isso te
atrasará
o
avanço”.
Não
sejamos
como os
fariseus,
que
discutiam
longa e
improficuamente
as
nonadas
em
intermináveis
arengas,
enquanto
o mais
importante
ficava
por
fazer...
As
polêmicas
se
travam
incessantemente
em torno
da fé
nos
círculos
do
farisaísmo
moderno.
E isso
já vem
de
longe.
Ao tempo
de
Jesus,
essa
situação
provocou
o
seguinte
ensinamento
d`Ele:
“Um
grande
senhor
recebeu
notícias
alarmantes
de vasto
agrupamento
de
servos,
em zona
distante
da sede
de seu
governo,
que se
viam
fustigados
por
febre
maligna,
e, no
desejo
de
socorrer
seus
tutelados,
enviou-lhes
mensageiros
de
confiança,
conduzindo
remédios
adequados
à
situação.
Os
emissários,
porém,
tão logo
se viram
fora das
portas
do
senhor,
começaram
a se
desentender
quanto à
escolha
do
melhor
caminho.
Uns
reclamavam
o
atalho,
outros a
planície
sem
espinheiros
e outros
pediam a
passagem
através
dos
montes.
Longos
dias
perderam
na
disputa,
até que
o grupo
se
dissolveu,
cada
falange
atendendo
aos
próprios
caprichos,
com
absoluto
esquecimento
do
objetivo
principal.
Reduzidas
agora,
numericamente,
as
expedições
sofreram
com mais
rigor os
golpes
esterilizantes
das
opiniões
pessoais.
Os
viajantes
não
cuidavam
senão de
inventar
novos
motivos
para o
atrito
inútil.
Entre os
que
marchavam
pelos
trilhos
mais
curtos,
pela
várzea e
pela
serra
lavraram
discussões
improdutivas,
contundentes
e
intermináveis.
Dias e
noites
preciosos
eram
despendidos
em
comentários
ruidosos
quanto à
febre,
quanto à
condição
dos
enfermos
ou
quanto
às
paisagens
em
torno.
Horas
difíceis
de
amargura
e
desarmonia,
de
momento,
interrompiam
a
viagem,
sendo a
muito
custo
evitadas
as cenas
de
pugilato
e
homicídio.
Por
coincidência,
as três
equipes
chegaram
juntas
ao
destino
e,
porque a
viagem
atrasou
em
virtude
das
intermináveis
contendas,
todos os
doentes
morreram
à míngua
dos
recursos
prometidos.
A morte
devorara-os,
um a um,
enquanto
os
mensageiros
discutidores
perdiam
o tempo
precioso
em
inúteis
arengas.
O Mestre
fixou
nos
aprendizes
o olhar
muito
lúcido e
aduziu:
Neste
símbolo,
temos o
mundo
atacado
pela
peste da
maldade
e da
descrença
e vemos
o perfil
dos
portadores
da
medicação
celeste,
que são
os
religiosos
de todos
os
matizes,
que
falam na
Terra em
nome do
Pai. Os
homens
iluminados
pela
sabedoria
da fé,
entretanto,
apesar
de
haverem
recebido
valiosos
recursos
do Céu
para os
que
sofrem e
choram,
em
consequência
da
ignorância
e da
aflição
dominantes
no
mundo,
olvidam
as
obrigações
que lhes
assinalam
a vida
e,
sobrepondo
os
próprios
caprichos
aos
propósitos
do
Supremo
Senhor,
se
desmandam
em
desvarios
verbais
de toda
espécie.
Enquanto
alimentarem
o
distúrbio,
levianos
e
distraídos,
os
necessitados
de luz e
socorro
desfalecerão
à falta
de
assistência
e
dedicação.
A
discussão,
por mais
proveitosa,
nunca
deve
distrair-nos
do
serviço
que o
Senhor
nos deu
a
fazer”.
- FRANCO, Divaldo. Oferenda. Salvador: LEAL, 1980, p. p. 163 e 174.
- XAVIER, F. Cândido. Jesus no Lar. 36. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2008, cap. 23.