ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
|
Fenômenos de Transporte
Ernesto Bozzano
(Parte 3)
Continuamos a apresentar
o estudo do clássico
Fenômenos de Transporte,
de Ernesto Bozzano, com
base na tradução de
Francisco Klörs Werneck,
publicada pelas
Edições FEESP, 4a
edição, março de 1995.
Questões preliminares
A. Registrou-se alguma
vez o transporte de
substâncias como um
bloco de gelo ou algo no
estado líquido?
Sim. No final de 1868, a
médium Sra. Guppy esteve
em Florença, onde
diversos transportes
foram registrados.
Dentre eles, chamou a
atenção o transporte de
um grande pedaço de
gelo, de 15 cm de
comprimento por 10 cm de
espessura, fato que
concorreu para eliminar
qualquer dúvida que
alguém pudesse
alimentar. Com efeito,
quem teria podido
escondê-lo no próprio
bolso e ocultá-lo por
tanto tempo sem ficar
completamente molhado?
(Fenômenos de
Transporte, pp. 21 a
23.)
B. A distância é fator
impeditivo do fenômeno
de transporte?
Não. A Sra. Annie Besant,
conhecida presidente da
Sociedade Teosófica, diz
terem sido trazidas de
uma cidadezinha situada
a 100 milhas de
distância certas balas,
absolutamente especiais
da Índia, as quais,
distribuídas entre os
meninos da povoação,
foram saboreadas com
grande prazer. Um iogue,
quase nu, serviu como
médium.
(Obra citada, pp. 26 e
27.)
C. A obscuridade é, em
alguns casos, fator
necessário para que o
transporte se dê?
Aparentemente, sim.
Alguns médiuns, nos
fenômenos de
“transportes” produzidos
em plena luz, costumam
cobrir com um pano o
recipiente ou o espaço
em que deve ocorrer o
fenômeno, ou então se
valem de caixas dentro
das quais este é
produzido. Esse fato se
dava com a médium Sra.
D’Espérance, ocasião em
que a personalidade
mediúnica “Yolanda”
cobria também com um
pano o recipiente onde o
objeto devesse se
rematerializar. Deduz-se
do fato que a
obscuridade seria,
muitas vezes,
indispensável para a
rematerialização dos
objetos transportados em
condições fluídicas,
embora em certas
experiências essa
precaução não tenha sido
tomada.
(Obra citada, p. 29.)
Texto para leitura
25. Achille Tanfani,
redator da revista
“Annali dello Spiritismo
in Italia”, descreve
também uma sessão
realizada com a mesma
médium, em que um grande
pé de uva-espim,
com terra e raízes, foi
trazido ao recinto.
Depois, caiu uma chuva
de rosas, ainda
umedecidas de orvalho,
com nove insetos
multicores a esvoaçarem
de uma para outra flor.
Por fim, diversos
objetos foram atirados
sobre a mesa. Acesa a
luz, viram-se ali um
limão, uma laranja, um
grande pepino e um
enorme ramo de framboesa
com a altura de cerca de
seis pés. (N.R.:
Um pé equivale a 12
polegadas ou 30,48 cm.)
(PP. 19 e 20)
26. Em outra sessão
presenciada igualmente
por Achille Tanfani e
pelo escritor Robert
Cooper, produziram-se em
casa da Sra. Guppy
outros fenômenos da
mesma natureza. Num
deles, em dado momento,
derramou-se água
perfumada sobre os
presentes, acompanhada
de diversos raminhos de
cerejas, em que, acesa a
luz, descobriram-se dois
escaravelhos vivos, para
pavor da médium, que tem
por eles repugnância.
(N.R.: Escaravelho -
lê-se escaravêlho - é um
inseto, conhecido
popularmente no Brasil
como bicho-carpinteiro.)
(P. 21)
27. No final de 1868, a
médium Sra. Guppy esteve
em Florença, onde
diversos transportes
foram registrados: I)
flores frescas, como
violetas, gerânios,
magnólias, cravos e
camélia: II) diversos
insetos alados, quase
todos grandes; III)
frutas como maçãs,
limões e laranjas; IV)
confeitos de diversas
cores: brancos,
vermelhos, verdes,
amarelos etc., que,
depois de vistos pelos
presentes, apagada de
novo a luz, foram
reunidos segundo as suas
cores, o que provou que
os Espíritos podem ver
no escuro; V) um grande
pedaço de gelo, de 15 cm
de comprimento por
10 cm de espessura.
Aliás, o transporte do
bloco de gelo fez-se
para liquidar qualquer
dúvida que alguém
pudesse alimentar. Com
efeito, quem teria
podido escondê-lo no
próprio bolso e
ocultá-lo por tanto
tempo sem ficar
completamente molhado?
(PP. 21 a 23)
28. Comentando esses
fatos, Bozzano diz que
na Inglaterra foram
registrados casos de
“transportes” de flores
cobertas de flocos de
neve, numa época em que,
efetivamente, nevava na
região. No caso do bloco
de gelo, o fenômeno já
fora produzido outras
vezes com o concurso da
Sra. Guppy. Numa delas,
o célebre escritor
inglês Adolph Trollope
atestou que o gelo foi
atirado sobre a mesa,
uma hora depois de
iniciada a sessão. Ora,
se ele já estivesse no
aposento aquecido, é
óbvio que se teria
derretido completamente
com o decurso do tempo.
(P. 24)
29. A propósito do
transporte de
animaizinhos vivos,
Bozzano lembra que
Podmore afirma em sua
obra terem sido
transportados, em outra
oportunidade,
caranguejos e enguias
vivos. (P. 25)
30. Os Casos III e
IV
referem, entre outros, o
depoimento da Sra. Annie
Besant, a conhecida
presidente da Sociedade
Teosófica, que relata
terem sido trazidas de
uma cidadezinha situada
a 100 milhas de
distância certas balas,
absolutamente especiais
da Índia, as quais,
distribuídas entre os
meninos da povoação,
foram saboreadas com
grande prazer. Um iogue,
quase nu, serviu como
médium. (PP. 26 e 27)
31. A revista inglesa
“The Occult Review”
relatou no ano de 1923
um fato semelhante,
embora mais complexo. O
fato ocorreu numa cidade
situada na base do
Himalaia, atuando como
médium um jovem iogue.
Foram trazidos para o
recinto: I) leite
fervido e ainda muito
quente que quase encheu
uma tigela colocada na
mesa; II) frutas secas;
III) um melão verde, de
onde corria ainda seiva
da haste cortada; IV) um
monte de maçãs e
laranjas. (PP. 27 e 28)
32. Uma circunstância
digna de registro é o
fato de que alguns
médiuns, nos fenômenos
de “transportes”
produzidos em plena luz,
costumam cobrir com um
pano o recipiente ou o
espaço em que deve
ocorrer o fenômeno, ou
então se valem de caixas
dentro das quais este é
produzido. Esse fato se
dava com a médium Sra.
D’Espérance, ocasião em
que a personalidade
mediúnica “Yolanda”
cobria também com um
pano o recipiente onde o
objeto devesse se
rematerializar. Deduz-se
do fato que a
obscuridade seria,
muitas vezes,
indispensável para a
rematerialização dos
objetos transportados em
condições fluídicas,
embora em certas
experiências essa
precaução não tenha sido
tomada. (P. 29)
33. Outro ponto
destacado por Bozzano,
nestes dois casos, é a
afirmação dos dois
iogues informando que os
“transportes” foram
obtidos com o auxílio de
“espíritos elementais”,
submetidos às suas
volições. (P. 30)
34. O Caso V
diz respeito a um
episódio ocorrido nos
Estados Unidos da
América, divulgado pela
revista “Light”
em 1911. O relator do
caso, um deputado da
Califórnia que não quis
se identificar, valeu-se
do pseudônimo “Ewing”.
Foi transportado para a
sala de sessões um
cartão extraído pelo
agente espiritual de um
baú fechado à chave e
depositado num
esconderijo, situado no
terceiro andar de sua
residência. E o mesmo se
deu com uma carta de um
musicista, igualmente
retirada do baú citado.
(PP. 30 a 32)
35. O Caso VI
refere-se às
experiências feitas pela
Sra. Frondoni Lacombe,
em Lisboa, sendo médium
a Sra. condessa de
Castelvitch, quando
foram obtidos numerosos
fenômenos de
transportes. Foram
transportados: I) um
tufo de trevo
fresquíssimo, provido de
raiz e no qual se
contavam dez folhas e,
na raiz, havia um pouco
de terra úmida; II) uma
bandeja de madeira
pesada, que estava
fechada em um armário
separado por dois
quartos da sala. (PP. 32
a 34)
36. O Caso VII
é mais um episódio
extraído do livro
“Minhas experiências
espíritas”, do
reverendo Haraldur
Nielsson, em que ele
relata numerosos
fenômenos obtidos com o
célebre médium islandês
Indridi Indridasson.
Numa sessão foi trazido
ao recinto um grande
frasco de vidro no qual
havia pássaros
conservados em álcool,
objeto esse retirado da
casa de determinado
médico da cidade.
Verificada a veracidade
do fato, comprovou-se
que efetivamente o
frasco, que pertencia ao
sobrinho do médico,
havia desaparecido do
armário indicado pelo
“Espírito-guia”. (PP. 34
e 35)
(Continua
no próximo número.)