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Chico Xavier
psicografou
livros de
verdade?
(Parte 2 e
final)
Assim é que
poderemos
encontrar
“fui arrebatado
em espírito”, “fui arrebatado
emêxtase”, “fui
levado em
espírito” e
“fui movido
pelo Espírito”.
Essa última
levando ao
leitor acreditar
que talvez esse
Espírito seja o
Espírito Santo,
em que
acreditam. |
As outras
narrativas
dizem-nos da
realidade do
afastamento do
Espírito de
João, com a consequente
posse de seu
corpo pelo
Espírito
revelador,
Jesus. Daí ser
fácil entender
por que João,
mesmo sendo
iletrado,
escreveu, já que
essa ocorrência
mediúnica se
caracteriza como
uma mediunidade
mecânica, onde o
Espírito do
médium é
afastado do
corpo, para que
o Espírito
comunicante o
utilize para dar
a sua mensagem. |
Nesse tipo de
mediunidade o
médium produz
até mesmo coisas
além de seu
conhecimento
atual,
entretanto, não
guarda lembrança
dos fatos
ocorridos nesse
período, pois
não ficam
gravados em sua
memória física.
Chico Xavier
psicografou?
Aos que não
sabem, o mineiro
do século, Chico
Xavier, cursou
apenas até o
antigo quarto
ano primário e,
numa análise do
conteúdo do que
produziu, por
sua mediunidade,
podemos
encontrar
conhecimento
muito além de
sua cultura
escolar.
Conseguiu, em
sua primeira
obra mediúnica,
Parnaso do
Além Túmulo,
psicografar 256
poesias de 56
autores. Poesias
essas
perfeitamente
identificáveis
com o estilo que
conhecemos dos
poetas autores
da mensagem.
Talvez, quem
sabe, um
gênio
conseguisse
fazer isso, o
que não era o
caso de Chico.
Um perito em grafoscopia,
Carlos Augusto
Perandréa, após
analisar uma
mensagem
recebida em
italiano, língua
que Chico não
conhecia, em
comparação com
escritos dessa
pessoa quando
viva, conforme
consta de seu
livro
Psicografia à
luz da
grafoscopia,
atesta:
“A mensagem
psicografada por
Francisco
Cândido Xavier,
em 22 de julho
de 1978,
atribuída a Ilda
Mascaro Saullo,
contém, conforme
demonstração
fotográfica (figs.
13 a 18), em
‘número’ e em
‘qualidade’,
consideráveis e
irrefutáveis
características
de gênese
gráfica
suficientes para
a revelação e
identificação de
Ilda Mascaro
Saullo como
autora da
mensagem
questionada”. (PERANDRÉA,
1991, p. 56.)
É bom que se
diga que após
“700 laudos
técnicos, sem
uma única
contestação em
25 anos de
atuação,
proporcionam ao
professor
Perandréa,
conhecimento,
capacidade e
alta
credibilidade
para estudar
imparcialmente e
cientificamente
a psicografia”.
(APPOLONI,
1991.)
Não podemos
deixar de
registrar que
ele era filho de
família católica
e, segundo
Marcel Souto
Maior, “Ao
encerrar seus
estudos, o
professor Carlos
Augusto
Perandréa – na
época professor
do Departamento
de Patologia
Aplicada,
Legislação e
Deontologia da
Universidade
Estadual de
Londrina – se
converteu ao
Espiritismo.
(SOUTO MAIOR,
2004, p. 23.) É
uma preciosa
informação
porquanto sempre
surgem os que
querem
desclassificar o
laudo do Prof.
Perandréa
dizendo se
tratar de
espírita, ou
seja, feito por
um espírita,
como se isso
fosse o
suficiente para
derrubá-lo. Quem
tiver esse
intento, é
simples: basta
apresentar uma
contraprova
pericial do
documento, aí
sim, estará
saindo do
fanatismo e
caminhando para
algo mais
científico que
uma simples
contestação sem
base.
E, mesmo no caso
de pesquisa
científica ser
feita por
espíritas,
somente
contraprovas é
que poderão
derrubá-la.
Citamos por
exemplo a que
foi realizada
por Paulo Rossi
Severino e
equipe da
AME-SP, da qual
se publicou o
livro A vida
triunfa:
pesquisa sobre
mensagens que
Chico Xavier
recebeu.
Após análise de
45
cartas-mensagens
recebidas por
ele, concluíram,
entre outras
coisas
apresentadas nos
vinte e cinco
gráficos
(SEVERINO, 1992,
p. 279-291):
a) 62,2% dos
comunicantes
eram católicos;
b) 42,2% dos
informantes
procuraram o
Chico apenas uma
vez, 33,3% duas
a três vezes;
c) 93,3% dos
informantes não
eram conhecidos
de Chico antes
do óbito;
d) 71,1% das
cartas-mensagens
tinham relatos
de fatos
pessoais;
e) 60,0% tinham
frases
peculiares da
pessoa quando
viva;
f) 57,8%
continham o
estilo peculiar
do comunicante;
g) 35,6%
apresentaram
assinaturas
idênticas e
22,2%
semelhantes;
h) 88,9% dos que
autenticaram a
comunicação eram
um grupo de mais
de 3 pessoas;
i) 62,2% das
mensagens
citavam mais de
seis fatos que
foram
comprovados;
j) 100% de
acerto nas
mensagens.
Eis a conclusão
a que chegaram:
“As evidências
da sobrevivência
do Espírito são
muito fortes”.
(SEVERINO, 1992,
p. 278.)
Certamente que
sempre estaremos
prontos para ver
qualquer
contraprova a
essa pesquisa.
Um trecho
interessante
narrado no livro
Nosso Amigo
Chico Xavier:
“O outro caso de
xenoglossia
ocorreu após
visitar, em
companhia do Dr.
Rômulo Dantas, a
fazenda de
propriedade do
Dr. Louis Ensch,
engenheiro
luxemburguês,
fundador da
Usina de
Monlevade da
Companhia
Belgo-Mineira,
em Monlevade
(MG). Após o
regresso, numa
das suas preces,
recebe uma
mensagem em
luxemburguês,
endereçada ao
engenheiro, que
ao lê-la foi
tomado de grande
surpresa e
admiração:
estava escrita
em sua língua
nacional, com
tamanha
perfeição, que
somente os
intelectuais de
sua pátria
estariam aptos a
compreendê-la”.
“Se faz
necessário notar
que pouquíssimas
pessoas em nosso
país falam o
luxemburguês.
Seria necessário
catá-las a dedo,
pois esta língua
é falada em um
país europeu que
possui uma
população total
de 340.000
habitantes, o
equivalente à de
nossa cidade
litorânea,
Santos”. (COSTA
E SILVA, 1995,
p. 145.)
Nesse mesmo
livro é citado
um caso em que
Chico
psicografou em
inglês ao
inverso (p.
146), fato pouco
comum e
inusitado para
quem não fala e
nem escreve
nesse idioma.
“Com mais de 400
obras publicadas
e 25 milhões de
exemplares
vendidos, Chico
Xavier é
inquestionavelmente
um dos maiores
fenômenos
editoriais do
país. O único
brasileiro que o
superou é Paulo
Coelho, com 30
milhões de
livros vendidos”
[[1]].
Inclusive,
vários deles
estão traduzidos
e publicados em
castelhano,
esperanto,
francês, inglês,
japonês, grego
etc. Assim, são
os fatos que
apontam para a
veracidade da
psicografia de
Chico Xavier,
que se não
atribuirmos
essas obras aos
Espíritos
deveríamos
então, por
coerência, tê-lo
colocado para
ocupar um lugar
na Academia
Brasileira de
Letras.
Conclusão
O que percebemos
claramente é que
por detrás de
tudo isso o que
está se
questionando
realmente é a
possibilidade da
comunicação
entre vivos e
mortos. Conforme
já o dissemos
“Deus é Deus dos
vivos”,
assim, por que
não poderia
haver a
comunicação
entre os dois
planos da vida?
Só porque alguns
teólogos acham
que não? Mas e
as pesquisas
sobre o assunto
não valem nada?
Poderíamos citar
as pesquisas de
Sr. Willian
Crookes e
inúmeros outros
sábios,
entretanto,
poderão
apresentar
objeções
relativamente à
época de quando
foram feitas e
outras mais. Mas
não iremos tão
longe.
Buscaremos, para
acrescentar ao
que já dissemos,
o testemunho de
um padre
católico.
Exatamente, por
ser um padre é
que sua opinião
é importante,
pois sabemos que
embora possa não
ser a posição
oficial da
Igreja Católica,
quase todos os
padres dizem que
a comunicação
com os “mortos”
não é possível.
O que achamos
muito estranho,
pois não
conhecemos
nenhum santo
vivo, mas apesar
disso os
católicos ficam
a evocá-los,
pedindo-lhes
para resolver
seus problemas
do dia-a-dia.
Apelam aos
santos para
intercederem por
eles junto a
Deus, como nós
muitas vezes
buscamos a ajuda
de uma pessoa
para obter favor
de uma outra
mais influente.
Diz-nos o Pe.
François Brune,
pesquisador
católico da
Transcomunicação
Instrumental -
comunicação com
os Espíritos por
meios
eletrônicos, o
seguinte:
“Interrogar
sobre as
origens, no
pensamento
ocidental, desta
recente
ideologia do
nada, não é o
meu propósito. O
mais escandaloso
é o silêncio, o
desdém, até
mesmo a censura
exercida pela
Ciência e pela
Igreja, a
respeito da
descoberta
inconteste mais
extraordinária
de nosso tempo:
o após-vida
existe e nós
podemos nos
comunicar com
aqueles que
chamamos de
mortos.
Escrevi este
livro para
tentar derrubar
esse espesso
muro de
silêncio, de
incompreensão,
de ostracismo,
erigido pela
maior parte dos
meios
intelectuais do
ocidente. Para
eles, dissertar
sobre a
eternidade é
tolerável; dizer
que se pode
vivê-la torna-se
mais discutível;
afirmar que se
pode entrar em
comunicação com
ela é
considerado
insuportável.
O padre e
teólogo que sou
quis, como se
diz,
certificar-se
completamente da
verdade. Por que
todos esses
testemunhos
deveriam ser, a
priori,
considerados
suspeitos?
Quando o
conteúdo das
mensagens e das
comunicações
gravadas reúne,
como eu
demonstro, os
maiores textos
místicos de
diversas
tradições,
existe nisso
mais que uma
simples
coincidência. Eu
acompanhei,
pois, e estudei
apaixonadamente
os resultados
das pesquisas
mais recentes
nesse campo. As
conclusões deste
trabalho
ultrapassaram
minhas
previsões: não
somente a
credibilidade
científica das
experiências de
comunicação com
os mortos
encontra-se
confirmada e não
pode mais ser
posta em dúvida,
mas a prodigiosa
riqueza dessa
literatura do
além reanimou em
mim o que
séculos de
intelectualismo
teológico haviam
extinguido.
(BRUNE, 1991,
p.15.)
“Vox ‘patris’
Vox Dei”. E
ponto final.
Referências
bibliográficas:
Bíblia de
Jerusalém,
São Paulo,
Paulus, 2002.
Bíblia Sagrada –
Edição Pastoral,
São Paulo,
Paulus, 1990.
APPOLONI, C. R.
A psicografia à
luz da
grafoscopia. in.
PERANDRÉA, C. A.
A psicografia
à luz da
grafoscopia.
São Paulo:
Editora Fé,
1991.
BRUNE, Pe. F.
Os Mortos nos
Falam,
Sobradinho-DF, Edicel, 1991.
CHAVES, J.R.
A Face Oculta
das Religiões,
São Paulo,
Martin Claret,
2001.
COSTA E SILVA,
L. Nosso
Amigo Chico
Xavier, São
Paulo, Editora
ALF, 1995.
LOEFFLER, C. F.
Fundamentação
da Ciência
Espírita,
Niterói, Lachâtre, 2003.
PERANDRÉA, C. A.
A Psicografia
à Luz da Grafoscopia,
São Paulo,
Editora Fé,
1991.
SEVERINO, P. R.
A vida
triunfa:
pesquisa sobre
mensagens que
Chico Xavier
recebeu. São
Paulo:
Jornalística Fé,
1990.
SOUTO MAIOR, M.
Por trás do
véu de Ísis –
uma investigação
sobre a
comunicação
entre vivos e
mortos. São
Paulo: Planeta,
2004.
http://globoforum.globo.com/Globo.com/GloboForum/0,6993,UY0-1219-20|327|1828787|1,00.html
http://www.terra.com.br/planetanaweb/paranormal/
propriedadesastrais/chico_xavier_4.htm