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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 178 – 3 de Outubro de 2010
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Fenômenos de Transporte

Ernesto Bozzano

(Parte 4)

Continuamos a apresentar o estudo do clássico Fenômenos de Transporte, de Ernesto Bozzano, com base na tradução de Francisco Klörs Werneck, publicada pelas  Edições FEESP, 4a edição, março de 1995.

Questões preliminares

A. Que fenômenos foram relatados em livro pelo reverendo Charles Tweedale?

Foram vários os fenômenos que o mencionado reverendo relatou em seu livro “Man’s Survival after Death”, todos eles produzidos em sua paróquia, sendo médium a própria esposa. Em um deles, foi trazido ao recinto uma ferradura que pertencera ao cavalo de um feroz adversário de suas pesquisas psíquicas. O animal havia sido sacrificado depois de um acidente. (Fenômenos de Transporte, pp. 36 e 37.)

B. Como explicar o mecanismo da transmissão do pensamento?

Para tratar deste assunto, Bozzano lembra o “milagre” do Rádio, que, valendo-se de ondas sutis pertencentes ao mundo físico, permite a transmissão das ideias a distância. Ora, o fenômeno da transmissão do pensamento é algo muito mais perfeito, porque se trata de vibrações infinitamente mais sutis e qualitativamente diversas, como são as “vibrações psíquicas”. Num e noutro caso, é preciso que exista uma relação entre duas estações comunicantes, no caso do Rádio, e entre duas mentes comunicantes, no segundo caso, relação essa que, no Rádio, consiste na “sintonização” entre as estações emissora e receptora, enquanto que, na transmissão do pensamento, é necessária a chamada “relação psíquica” entre as duas mentes que se comunicam. (Obra citada, p. 38.)

C. Alguma vez foi visto por alguém o objeto transportado, antes de se materializar?

Sim. Diz Bozzano que algumas vezes os objetos transportados foram notados pelos sentidos do tato, da audição ou da visão, quer da médium, quer dos assistentes, antes de estarem presentes, em estado sólido. A propósito, afirmou o Sr. Hewatt Mac Kenzie, diretor do “British College of Psychical Research”, reportando-se a experiências realizadas em 1927, em Londres, com o famoso médium austríaco Meltzer, que muitas vezes ele e os demais assistentes viram as flores quando se materializavam nas mãos do médium, estendidas e abertas. Os “transportes” determinavam quase sempre um estado de transe no médium, que via as flores por clarividência, antes de se materializarem, enquanto, às vezes, os assistentes percebiam no ar as “sombras” das flores que daí a pouco chegavam. (Obra citada, pp. 46 e 47.)

Texto para leitura  

37. Bozzano esclarece que a existência ou não de líquido no objeto transportado em nada aumenta a dificuldade do fenômeno, visto que este determina prévia desintegração e redução ao estado fluídico da matéria que constitui o objeto, seja este sólido, líquido ou gasoso. Ele analisa ainda o curioso e estranho incidente que costuma ser frequente nos “transportes”, ou seja, as pancadas fortíssimas que ocorrem nas fases de subtração e transporte do objeto designado. O Sr. Moses não apreciava tais barulhos e, por isso, pediu explicação ao seu Espírito-guia “Rector”. (PP. 35 e 36) 

38. O Espírito-guia disse não poder evitar tal coisa, pois que o fato se produzia todas as vezes que houvesse abundância de “forças físicas exteriorizadas”, abundância que era preciso dissipar logo, para impedir a invasão de entidades inferiores e vulgares. Desse modo, a maneira mais rápida de libertar-se dela, à medida que se produzia, era consumi-la produzindo pancadas, ruídos e estrondos. (P. 36) 

39. O Caso VIII é relatado pelo reverendo Charles Tweedale em seu livro “Man’s Survival after Death”, em que ele expõe os maravilhosos fenômenos produzidos em sua paróquia, sendo médium a própria esposa. (P. 36) 

40. O objeto transportado foi trazido em atendimento a um pedido formulado mentalmente pelo rev. Tweedale: uma ferradura que pertencera ao cavalo de um feroz adversário de suas pesquisas psíquicas. O referido cavalo havia sido sacrificado depois de um acidente. (P. 37) 

41. Aos que repelem a ideia de que os Espíritos podem ler nossos pensamentos, Bozzano lembra o “milagre” do Rádio, que, valendo-se de ondas sutis pertencentes ao mundo físico, permite a transmissão das ideias a distância. Ora, é compreensível que o fenômeno da transmissão do pensamento deve ser muito mais perfeito, porque se trata de vibrações infinitamente mais sutis e qualitativamente diversas, como são as “vibrações psíquicas”. (P. 38) 

42. Num e noutro caso, o que é preciso para que o “milagre” se produza é a existência de uma relação entre duas estações comunicantes, no caso do Rádio, e entre duas mentes comunicantes, no segundo caso, relação essa que, no Rádio, consiste na “sintonização” entre as estações emissora e receptora, enquanto que, na transmissão do pensamento, é necessária a chamada “relação psíquica” entre as duas mentes que se comunicam. (P. 38) 

43. O Caso IX foi extraído da monografia “The Subliminal Consciousness”, de Frederic Myers, publicada nos “Proceedings”. O objeto transportado foi uma vela, que ainda estava quente na parte do pavio, o que era devido ao fato de ter sido ela utilizada um momento antes, no quarto contíguo ao recinto da sessão. (PP. 38 a 40) 

44. O Caso X , extraído também de uma monografia de Frederic Myers, foi recolhido e investigado pelo professor William Barrett. Foram transportados: I) dois punhados de flores da serra: II) a fotografia de uma jovem, retirada da casa do Sr. F., que servia então como médium; III) flores e frutas; IV) a mesma fotografia que, finda a terceira sessão, havia misteriosamente desaparecido. Myers diz que aquela foto perturbara fortemente o médium, a tal ponto que ele pediu à sua esposa que a destruísse, o que se fez na sua presença no dia imediato à reunião. (PP. 40 a 42) 

45. O Caso XI refere-se a uma experiência feita pelo Dr. Schwab com a médium Sra. Maria Volhart e relatada no livro “Teleplasma e Telekinesis”. René Sudre relata este caso em amplo artigo publicado na Revista Metapsíquica de julho/agosto de 1923, no qual conta que foram obtidos “transportes” dos seguintes objetos: I) pedras do tamanho de uma noz ou de um ovo de pata; II) livros e vasos contendo água e flores; III) raminhos de “astero” com 67 cm de comprimento; IV) flores; V) um galho de faia, salpicado de orvalho; VI) um torrão de terra com um pé de salsa, no interior do qual foi achado um grande verme branco que se contorcia vivamente. Os objetos transportados, especialmente as pedras, estavam muito quentes; as plantas, contudo, pareciam muito úmidas. (PP. 44 a 46) 

46. Um fato muito curioso citado pelo relator, diz Bozzano, é o de terem sido os objetos notados algumas vezes pelos sentidos do tato, da audição ou da visão, quer da médium, quer dos assistentes, antes de estarem presentes, em estado sólido, quando o fato de serem fixados pela chapa fotográfica indicava a sua presença real in loco, no estado fluídico. Bozzano lembra que no Caso II , já referido, uma jovem sensitiva descreveu as “sombras” de certas flores que deviam ser transportadas minutos depois de tal fato ocorrer. (P. 46) 

47. A propósito, afirmou o Sr. Hewatt Mac Kenzie, diretor do “British College of Psychical Research”, reportando-se a experiências realizadas em 1927, em Londres, com o famoso médium austríaco Meltzer, que muitas vezes ele e os demais assistentes viram as flores quando se materializavam nas mãos do médium, estendidas e abertas. Os “transportes” determinavam quase sempre um estado de transe no médium, que via as flores por clarividência, antes de se materializarem, enquanto, às vezes, os assistentes percebiam no ar as “sombras” das flores que daí a pouco chegavam. (PP. 46 e 47) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita