ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
|
Fenômenos de Transporte
Ernesto Bozzano
(Parte
4)
Continuamos a apresentar
o
estudo do clássico
Fenômenos de Transporte,
de Ernesto Bozzano, com base
na tradução de
Francisco Klörs Werneck,
publicada pelas
Edições FEESP, 4a
edição, março de 1995.
Questões preliminares
A. Que fenômenos foram
relatados em livro pelo
reverendo Charles
Tweedale?
Foram vários os
fenômenos que o
mencionado reverendo
relatou em seu livro
“Man’s Survival after
Death”, todos eles
produzidos em sua
paróquia, sendo médium a
própria esposa. Em um
deles, foi trazido ao
recinto uma ferradura
que pertencera ao cavalo
de um feroz adversário
de suas pesquisas
psíquicas. O animal
havia sido sacrificado
depois de um acidente.
(Fenômenos de
Transporte, pp. 36 e
37.)
B. Como explicar o
mecanismo da transmissão
do pensamento?
Para tratar deste
assunto, Bozzano lembra
o “milagre” do Rádio,
que, valendo-se de ondas
sutis pertencentes ao
mundo físico, permite a
transmissão das ideias a
distância. Ora, o
fenômeno da transmissão
do pensamento é algo
muito mais perfeito,
porque se trata de
vibrações infinitamente
mais sutis e
qualitativamente
diversas, como são as
“vibrações psíquicas”.
Num e noutro caso, é
preciso que exista uma
relação entre
duas estações
comunicantes, no caso do
Rádio, e entre duas
mentes comunicantes, no
segundo caso, relação
essa que, no Rádio,
consiste na
“sintonização” entre as
estações emissora e
receptora, enquanto que,
na transmissão do
pensamento, é necessária
a chamada “relação
psíquica” entre as duas
mentes que se comunicam.
(Obra citada, p. 38.)
C. Alguma vez foi visto
por alguém o objeto
transportado, antes de
se materializar?
Sim. Diz Bozzano que
algumas vezes os objetos
transportados foram
notados pelos sentidos
do tato, da audição ou
da visão, quer da
médium, quer dos
assistentes, antes de
estarem presentes, em
estado sólido. A
propósito, afirmou o Sr.
Hewatt Mac Kenzie,
diretor do “British
College of Psychical
Research”,
reportando-se a
experiências realizadas
em 1927, em Londres, com
o famoso médium
austríaco Meltzer, que
muitas vezes ele e os
demais assistentes viram
as flores quando se
materializavam nas mãos
do médium, estendidas e
abertas. Os
“transportes”
determinavam quase
sempre um estado de
transe no médium, que
via as flores por
clarividência, antes de
se materializarem,
enquanto, às vezes, os
assistentes percebiam no
ar as “sombras” das
flores que daí a pouco
chegavam.
(Obra citada, pp. 46 e
47.)
Texto para leitura
37. Bozzano esclarece
que a existência ou não
de líquido no objeto
transportado em nada
aumenta a dificuldade do
fenômeno, visto que este
determina prévia
desintegração e redução
ao estado fluídico da
matéria que constitui o
objeto, seja este
sólido, líquido ou
gasoso. Ele analisa
ainda o curioso e
estranho incidente que
costuma ser frequente
nos “transportes”, ou
seja, as pancadas
fortíssimas que ocorrem
nas fases de subtração e
transporte do objeto
designado. O Sr. Moses
não apreciava tais
barulhos e, por isso,
pediu explicação ao seu
Espírito-guia “Rector”.
(PP. 35 e 36)
38. O Espírito-guia
disse não poder evitar
tal coisa, pois que o
fato se produzia todas
as vezes que houvesse
abundância de “forças
físicas exteriorizadas”,
abundância que era
preciso dissipar logo,
para impedir a invasão
de entidades inferiores
e vulgares. Desse modo,
a maneira mais rápida de
libertar-se dela, à
medida que se produzia,
era consumi-la
produzindo pancadas,
ruídos e estrondos. (P.
36)
39. O Caso VIII
é relatado pelo
reverendo Charles
Tweedale em seu livro
“Man’s Survival after
Death”, em que ele
expõe os maravilhosos
fenômenos produzidos em
sua paróquia, sendo
médium a própria esposa.
(P. 36)
40. O objeto
transportado foi trazido
em atendimento a um
pedido formulado
mentalmente pelo rev.
Tweedale: uma ferradura
que pertencera ao cavalo
de um feroz adversário
de suas pesquisas
psíquicas. O referido
cavalo havia sido
sacrificado depois de um
acidente. (P. 37)
41. Aos que repelem a
ideia de que os
Espíritos podem ler
nossos pensamentos,
Bozzano lembra o
“milagre” do Rádio, que,
valendo-se de ondas
sutis pertencentes ao
mundo físico, permite a
transmissão das ideias a
distância. Ora, é
compreensível que o
fenômeno da transmissão
do pensamento deve ser
muito mais perfeito,
porque se trata de
vibrações infinitamente
mais sutis e
qualitativamente
diversas, como são as
“vibrações psíquicas”.
(P. 38)
42. Num e noutro caso, o
que é preciso para que o
“milagre” se produza é a
existência de uma
relação entre duas
estações comunicantes,
no caso do Rádio, e
entre duas mentes
comunicantes, no segundo
caso, relação essa que,
no Rádio, consiste na
“sintonização” entre as
estações emissora e
receptora, enquanto que,
na transmissão do
pensamento, é necessária
a chamada “relação
psíquica” entre as duas
mentes que se comunicam.
(P. 38)
43. O Caso IX
foi extraído da
monografia “The
Subliminal Consciousness”,
de Frederic Myers,
publicada nos “Proceedings”.
O objeto transportado
foi uma vela, que ainda
estava quente na parte
do pavio, o que era
devido ao fato de ter
sido ela utilizada um
momento antes, no quarto
contíguo ao recinto da
sessão. (PP. 38 a 40)
44. O Caso X
, extraído também de uma
monografia de Frederic
Myers, foi recolhido e
investigado pelo
professor William
Barrett. Foram
transportados: I) dois
punhados de flores da
serra: II) a fotografia
de uma jovem, retirada
da casa do Sr. F., que
servia então como
médium; III) flores e
frutas; IV) a mesma
fotografia que, finda a
terceira sessão, havia
misteriosamente
desaparecido. Myers diz
que aquela foto
perturbara fortemente o
médium, a tal ponto que
ele pediu à sua esposa
que a destruísse, o que
se fez na sua presença
no dia imediato à
reunião. (PP. 40 a 42)
45. O Caso XI
refere-se a uma
experiência feita pelo
Dr. Schwab com a médium
Sra. Maria Volhart e
relatada no livro
“Teleplasma e
Telekinesis”. René
Sudre relata este caso
em amplo artigo
publicado na Revista
Metapsíquica de
julho/agosto de 1923, no
qual conta que foram
obtidos “transportes”
dos seguintes objetos:
I) pedras do tamanho de
uma noz ou de um ovo de
pata; II) livros e vasos
contendo água e flores;
III) raminhos de
“astero” com 67 cm de
comprimento; IV) flores;
V) um galho de faia,
salpicado de orvalho;
VI) um torrão de terra
com um pé de salsa, no
interior do qual foi
achado um grande verme
branco que se contorcia
vivamente. Os objetos
transportados,
especialmente as pedras,
estavam muito quentes;
as plantas, contudo,
pareciam muito úmidas.
(PP. 44 a 46)
46. Um fato muito
curioso citado pelo
relator, diz Bozzano, é
o de terem sido os
objetos notados algumas
vezes pelos sentidos do
tato, da audição ou da
visão, quer da médium,
quer dos assistentes,
antes de estarem
presentes, em estado
sólido, quando o fato de
serem fixados pela chapa
fotográfica indicava a
sua presença real in
loco, no estado
fluídico. Bozzano lembra
que no Caso II ,
já referido, uma jovem
sensitiva descreveu as
“sombras” de certas
flores que deviam ser
transportadas minutos
depois de tal fato
ocorrer. (P. 46)
47. A
propósito, afirmou o Sr.
Hewatt Mac Kenzie,
diretor do “British
College of Psychical
Research”,
reportando-se a
experiências realizadas
em 1927, em Londres, com
o famoso médium
austríaco Meltzer, que
muitas vezes ele e os
demais assistentes viram
as flores quando se
materializavam nas mãos
do médium, estendidas e
abertas. Os
“transportes”
determinavam quase
sempre um estado de
transe no médium, que
via as flores por
clarividência, antes de
se materializarem,
enquanto, às vezes, os
assistentes percebiam no
ar as “sombras” das
flores que daí a pouco
chegavam. (PP. 46 e 47)
(Continua
no próximo número.)