WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
Ter coragem de
fazer o bem
– Por que, neste
mundo, os maus
exercem
geralmente maior
influência sobre
os bons? “Pela
fraqueza dos
bons. Os maus
são intrigantes
e audaciosos; os
bons são
tímidos. Estes,
quando quiserem,
assumirão a
predominância.”
(Questão 932, de
O Livro dos
Espíritos, de
Allan Kardec.)
Carregando no
íntimo a
condição de mau,
o homem que vive
à margem dos
ensinamentos
cristãos não tem
medo ou receio
de causar danos
à sociedade que
o acolhe. Pouco
se importa com
os danos que
provoca ou com
prejuízos que
causa àqueles
que cruzam o seu
caminho. Segue
sua jornada com
audácia, sendo inconsequente,
nada temendo. Em
resumo, é
ousado.
Já a criatura de
bem, aquela que
se preocupa em
pautar suas
ações sempre de
acordo com as
valiosas e
imprescindíveis
lições de Jesus
Cristo, muitas
vezes é tímida e
retraída.
Procura viver
dentro dos
padrões da
moralidade, da
decência e da
dignidade, mas
nem sempre
aguerrida o
suficiente para
enfrentar o
avanço das ações
malévolas que a
rodeiam.
Na pauta das
suas realizações
terrenas procura
ajudar, socorrer
e amparar os
irmãos do
caminho, com
atitudes
descompromissadas,
mas, diante de
situações em que
deve se expor um
pouco mais, se
retrai
assustada,
temendo
enfrentar o mal
que às vezes se
levanta
barulhento e
desafiador.
Tem valor
incalculável a
doação de uma
cesta básica de
alimentos a uma
família carente,
de prole
numerosa, mas
isso é pouco
diante da
gravidade da
situação
reinante. Será
preciso ir além
disso, tomando a
deliberação de
programar ações
firmes que
possam apontar
caminhos,
visando a que
cada membro do
agrupamento
familiar tenha
oportunidade de
ganhar, com o
próprio suor, o
seu sustento.
Oferecer
material escolar
para que
crianças,
adolescentes e
jovens pobres
permaneçam nos
bancos escolares
é tarefa das
mais nobres, no
entanto, só isso
não basta para
que se tornem
homens de bem,
imprescindível
que atuemos
decididamente
informando-os
sobre os valores
da honradez e da
dignidade,
virtudes básicas
para a formação
equilibrada do
caráter.
Erguer clínicas,
hospitais e
instituições de
socorro àqueles
que se
embrenharam
pelos nefastos e
destruidores
caminhos do
vício tóxico é
de capital
importância, mas
jamais podemos
olvidar a
necessidade
urgente de
trabalharmos,
com determinação
e arrojo, pelo
esclarecimento e
conscientização,
principalmente
de adolescentes
e jovens, para
que saibam
enfrentar os
arrastamentos
sem o terrível
mergulho no
mundo pestilento
da dependência
química.
É valioso
identificar os
males que
decorrem da
corrupção, dos
favorecimentos
ilícitos, das
coisas
arranjadas, mas
somente isso não
impede que tais
desatinos
continuem a
ocorrer.
Indispensável
que saiamos a
combater, com
coragem e
determinação,
essa cultura
imoral, danosa e
trágica que
tantos prejuízos
causam no seio
das
coletividades.
Em verdade não
basta que
evitemos o mal,
é imprescindível
fazer o bem, no
limite de nossas
forças, pois que
seremos
responsáveis
pelos mal que
nascer do bem
que não
fizermos.
Não é prudente
enfrentarmos o
mal de forma
atabalhoada e
irresponsável,
mas da mesma
forma não é
digno que
cruzemos os
braços,
timidamente, e
fiquemos a
observar o
avanço dos maus
que são
intrigantes,
ousados e
audaciosos.
Por certo, a
Providência
Divina não
espera de nós
nenhum
espetáculo de
grandeza e
excelsitude, no
enfrentamento ao
mal que campeia
à solta ao nosso
redor, mas
aguarda que cada
um tenha a
coragem e a
audácia de se
empenhar ao
máximo na
construção de
uma sociedade
mais justa,
fraterna e
humana, mesmo
que para tanto
tenha que
desprender cotas
de sacrifício.
O verdadeiro
homem de bem é
aquele que não
foge ao bom
combate,
conforme nos
ensinou Paulo de
Tarso.
Reflitamos.