ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
|
Fenômenos de Transporte
Ernesto Bozzano
(Parte
6)
Continuamos a apresentar
o
estudo do clássico
Fenômenos de Transporte,
de Ernesto Bozzano, com base
na tradução de
Francisco Klörs Werneck,
publicada pelas
Edições FEESP, 4a
edição, março de 1995.
Questões preliminares
A. Que disseram os
Espíritos sobre o
processo usado nos
transportes?
As informações dadas
pelos Espíritos que se
manifestaram nas
referidas sessões foram
coincidentes. Eis a
explicação do processo
usado, conforme palavras
ditas pelo Espírito-guia
“Cristo d’Angelo”: “Para
os transportes pequenos,
fazem-se
desmaterialização e a
materialização dos
objetos; para os
transportes grandes, a
desmaterialização de um
ponto nas portas e nas
paredes”.
(Fenômenos de
Transporte, pp. 60 a
62.)
B. Bozzano cita casos em
que o transporte se deu
em plena luz?
Sim. Na segunda parte
desta obra mencionam-se
transportes obtidos em
plena luz, nos quais os
experimentadores viram a
desintegração e a
reintegração dos objetos
diante dos seus olhos
atônitos.
(Obra citada, pp. 62 e
63.)
C. Quantos casos desse
tipo Bozzano descreve?
No capítulo em que
tratou do assunto, são
13 os casos de
transportes obtidos em
plena luz, fenômenos que
Bozzano diz terem
precedido, no tempo, os
obtidos na obscuridade.
Havendo-se realizado
sempre, de forma
espontânea, em todas as
épocas da história dos
povos, bem como entre os
povos selvagens, os
fenômenos de
“transporte” em plena
luz foram observados,
com relativa frequência,
nas manifestações das
chamadas casas
assombradas, de modo
especial nas categorias
de fenômenos designados
pelo termo alemão
“poltergeist”
(espírito barulhento ou
assombrador) e no grupo
denominado de
“apedrejamento”, em
que são frequentes os
casos de penetração de
“pedras” em lugares
fechados.
(Obra citada, p. 65.)
Texto para leitura
59. Existe perfeita
concordância, assim,
entre as informações
dadas pelos espíritos
que se manifestaram nas
referidas sessões, com
25 anos de espaço entre
elas. Bozzano refere-se
às recentíssimas
experiências de
Millesimo, em que o
Espírito-guia “Cristo d’Angelo”
asseverou: “Para os
transportes pequenos,
fazem-se
desmaterialização e a
materialização dos
objetos; para os
transportes grandes, a
desmaterialização de um
ponto nas portas e nas
paredes”. (PP. 60 a 62)
(N.R.: Embora
Bozzano não o diga,
pensamos que essa
segunda modalidade é
adotada também nos casos
de transporte de seres
vivos, porque fica
difícil admitir que um
coelho possa ser
desmaterializado sem
morrer.)
60. A
explicação dada pelo
Espírito-guia satisfez
plenamente a Bozzano e
confirmou, de modo
impressionante, a que
fora obtida tantos anos
atrás por Bozzano e com
as que foram fornecidas
à Sra. E. D’Espérance e
a Stainton Moses pelos
Espíritos-guias
“Yolanda” e “Rector”. Se
as personalidades
mediúnicas concordam
entre si, diz Bozzano,
isso demonstra que elas
alcançaram seus
conhecimentos por uma
experiência comum. Além
disso, na segunda parte
desta obra, lembra seu
autor, ver-se-ão
incidentes de
“transportes” obtidos em
plena luz, nos quais os
experimentadores viram a
desintegração e a
reintegração dos objetos
diante dos seus olhos
atônitos. (PP. 62 e 63)
61. Categoria II -
Este capítulo reúne
13 casos de
“transportes” obtidos em
plena luz, fenômenos que
Bozzano diz terem
precedido, no tempo, os
obtidos na obscuridade.
Havendo-se realizado
sempre, de forma
espontânea, em todas as
épocas da história dos
povos, bem como entre os
povos selvagens, os
fenômenos de
“transporte” em plena
luz foram observados,
com relativa frequência,
nas manifestações das
chamadas casas
assombradas, de modo
especial nas categorias
de fenômenos designados
pelo termo alemão
“poltergeist”
(espírito barulhento ou
assombrador) e no grupo
denominado de
“apedrejamento”, em
que são frequentes os
casos de penetração de
“pedras” em lugares
fechados. (P. 65)
62. O Caso XVIII
foi reportado pelo Dr.
Billot em seu livro
“Correspondance sur le
magnetisme vital”,
publicado em 1839, no
qual é reproduzida a
correspondência trocada
entre o Dr. Billot e o
célebre magnetizador
Deleuze. Dr. Billot
atesta então que um
arbusto de tamanho
médio, parecido com o
timo, foi trazido de
fora do recinto e
depositado, em plena
luz, no colo de uma
senhora que consultava
Virgínia, a sonâmbula.
(PP. 66 e 67)
63. O Caso XIX
é relatado pela Sra.
Emma Hardinge-Britten,
que conheceu
pessoalmente o Dr.
Larkin, médico que
exercia sua profissão em
Wrentham, no Estado de
Massachussets (EUA).
Trabalhava com o Dr.
Larkin a sonâmbula Mary
Jane, por quem se
manifestavam duas
personalidades
mediúnicas, uma das
quais, de nome “Katy”,
parecia de ordem muito
elevada e era quem
diagnosticava as
enfermidades e
prescrevia as curas. A
outra entidade dizia ter
sido, na vida terrena,
um grumete, marinheiro
de graduação inferior na
armada. (PP. 67 e 68)
64. Era o Espírito do
ex-grumete quem
provocava os
“transportes”: I)
estando Mary Jane em
estado sonambúlico, no
momento em que o
reverendo Thatcher tirou
o lenço do bolso, uma
força desconhecida lhe
agarrou as mãos e levou
o lenço; II) mais tarde,
no horário que ele
próprio estabeleceu, o
ex-grumete restituiu o
lenço ao reverendo. (PP.
68 a 70)
65. O Caso XX
foi extraído das
experiências de Zöllner
com o médium Slade, em
maio de 1877. Sentado ao
lado de Slade, ao redor
de uma mesa de jogo,
ambos viram quando outra
mesa, um pouco menor,
com 77 cm de altura,
passou a mover-se e,
acercando-se da mesa
maior, inclinou-se
lentamente,
introduzindo-se debaixo
dela, pondo seus três
pés na direção de
Zöllner. De repente, a
mesa menor desapareceu,
para reaparecer mais
tarde, com os pés
virados para cima, vindo
a cair sobre a mesa
maior. Como havia o
perigo de serem
atingidos pela queda da
mesa, Zöllner e Slade se
afastaram para os lados,
mas em vão, porque ambos
acabaram golpeados na
cabeça. (PP. 71 a 73)
66. Uma circunstância
destacada por Bozzano
nesse caso é que, no
momento em que se
esperava a volta da
mesinha, Slade viu, no
alto da sala, uma
intensa luminosidade
difusa que,
presumivelmente,
representava o primeiro
processo de condensação
da matéria fluídica que
constituía a mesinha
desintegrada. (P. 73)
67. Os Casos XXI a
XXIII foram
tirados do livro do rev.
Charles Tweedale
intitulado “A
sobrevivência do homem
depois da morte”.
Bozzano informa que o
rev. Tweedale não é
apenas um ilustre
ministro da Igreja
anglicana e um teólogo
eminente, mas também um
homem de ciência e
astrônomo de renome,
membro do Instituto Real
de Ciências, de Londres.
Eis os “transportes”
relatados: I) a filha do
reverendo, Marjorie, e
uma serviçal da casa
estavam na sala de
jantar, quando viram
sair do teto uma
comprida bengala de três
pés, que caiu sobre a
mesa; II) o reverendo e
a esposa estavam no
quarto do casal, quando
um pesado objeto de
toalete penetrou no
recinto através do teto,
descendo lentamente
sobre as almofadas; III)
estava o casal com a
genitora do reverendo na
sala de jantar, quando
saiu do teto um frasco
de unguento, que sua mãe
havia guardado em seu
armário: a intenção do
“transporte” era
evidente, já que a
senhora tinha uma ferida
na cabeça que precisava
ser tratada. (PP. 73 a
75)
68. O Caso XXIV
foi também colhido na
obra já citada do rev.
Tweedale. No dia
28/11/1910 um molho de
chaves desapareceu
misteriosamente da bolsa
de sua mãe. Seis horas
depois, estando ele, sua
esposa e a mãe reunidos
em redor da lareira,
falavam sobre o
misterioso fato, quando,
de repente, o reverendo
percebeu algo que
brilhava, no ângulo do
teto oposto à porta,
isto é, onde não havia
janela, nem porta, e
descia oblíqua e
velozmente em direção à
sua esposa, golpeando-a
na nuca com tal ímpeto
que ricocheteou e caiu a
uma distância de quase
três jardas e meia: era
o molho de chaves que
reaparecia. (PP. 76 e
77)
69. O Caso XXV
foi rigorosamente
investigado pelo
magnetizador e ocultista
Hector Durville.
Trata-se de um caso de
poltergeist
narrado nos “Annales
des Sciences Psychiques”
em 1911, em que
atuou como médium um
rapaz de 13 anos de
idade, de nome Raymond
Charrier. Eis os
fenômenos relatados por
Durville: I) quando
Raymond estava na
escola, pedrinhas e
caroços de feijão foram
atirados contra o
aposento em que estava,
tornando-se frequentes,
a partir desse dia, os
fenômenos; II) um copo
elevou-se no ar;
talheres mudavam de
lugar na mesa; objetos
sumiam da casa, para
caírem do alto dias
depois; utensílios de
trabalho eram arrojados
sobre o médium, que
recebia, além disso,
murros formidáveis; III)
certa vez, indo para a
escola, sumiram-lhe os
sapatos, o paletó e o
sobretudo. (PP. 77 e 78)
(Continua
no próximo número.)