WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 180 - 17 de Outubro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 19)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Quem era Abelardo?

Abelardo era um dos trabalhadores desencarnados do grupo em que atuava a médium Celina. Após sua desencarnação, Abelardo vagueara por muito tempo em desespero. Tendo sido homem temperamental, atrabiliário e voluntarioso, desencarnara muito cedo, em razão dos excessos que minaram suas forças orgânicas. No início tentou, em vão, obsidiar Celina, sua esposa, cujo concurso reclamava qual se lhe fosse simples serva. Vendo-se incapaz de vampirizá-la, excursionou alguns anos no domínio das sombras, entre Espíritos rebelados e irreverentes, até que as orações de Celina, coadjuvadas pela intercessão de muitos amigos, conseguiram demovê-lo. Curvou-se, assim, à evidência dos fatos. Reconhecendo a impropriedade da intemperança mental em que se comprazia, e depois de convenientemente preparado pela assistência do grupo onde a esposa militava, foi ele admitido numa organização socorrista, em que passou a servir como vigilante de irmãos desequilibrados. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 14, pp. 127 a 129.)

B. Abelardo, embora desencarnado, mantinha contato próximo com Celina?

Sim. Depois de entregar-se diariamente ao serviço árduo na obra assistencial em favor de companheiros ensandecidos, ele descansava, sempre que oportuno, no jardim familiar, ao lado da companheira. Uma vez por semana, acompanhava-lhe o culto íntimo de oração, era-lhe firme associado nas tarefas mediúnicas e, todas as noites em que se sentiam favorecidos pelas circunstâncias, consagravam-se ambos ao trabalho de auxílio aos doentes. Aulus explicou que eles não tinham sido apenas cônjuges segundo a carne, e aduziu que, quando os laços da alma sobrepairam às emoções da jornada humana, ainda mesmo que surja o segundo casamento para o cônjuge que se demora no mundo, a comunhão espiritual continua, sublime, em doce e constante permuta de vibrações e pensamentos. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 14, pp. 129 e 130.)

C. Existem hospitais nas regiões espirituais onde o sofrimento se manifesta por todo lado?

Sim. Abelardo atendia num desses hospitais. Para chegar até lá o grupo socorrista penetrou nebulosa região dentro da noite, em que os astros desapareceram e parecia que o piche gaseificado era o elemento preponderante no ambiente. Em derredor, soluços e imprecações proliferavam. Passado algum tempo, o grupo atingiu uma construção mal iluminada, em que vários enfermos se demoravam, sob a assistência de enfermeiros atenciosos. Era um hospital de emergência, dos muitos que se estendem nas regiões purgatoriais, e tudo ali revelava pobreza, necessidade, sofrimento. "Este é o meu templo atual de trabalho", disse-lhes Abelardo, orgulhoso de ser ali uma peça importante para o serviço. (Obra citada, cap. 14, pp. 130 e 131.) 

Texto para leitura 

55. O caso Abelardo - Ao sair da instituição, junto com André Luiz e Hilário, Aulus foi abordado por Abelardo Martins, o esposo desencar­nado da médium Celina, que vinha aos poucos adaptando-se ao trabalho espiritual. André percebeu logo que ele não era uma entidade de escol; suas maneiras e a voz traíam-lhe a condição espiritual de criatura ainda arraigada aos hábitos terrestres. "Meu caro Assistente – falou Abelardo –, venho rogar-lhe auxílio em favor de Libório. O socorro do grupo melhorou-lhe as disposições, mas agora é a mulher que piorou, perseguindo-o..." Aulus prometeu ajudar, mas ponderou que a ajuda de Celina, naquele caso, seria importante. Sugeriu-lhe então que, tão logo Celina se desligasse do corpo, no momento do sono, fosse com ela à sua presença, a fim de que, juntos, seguissem rumo ao local do novo atendimento. O Assistente informou aos seus amigos que Abelardo, morto o corpo denso, vagueara por muito tempo em desespero. Tendo sido homem temperamental, atrabiliário e voluntarioso, desencarnara muito cedo, em razão dos excessos que minaram suas forças orgânicas. No início tentou, em vão, obsidiar a esposa, cujo concurso reclamava qual se lhe fosse simples serva. Vendo-se incapaz de vampirizá-la, excursionou al­guns anos no domínio das sombras, entre Espíritos rebelados e irreve­rentes, até que as orações de Celina, coadjuvadas pela intercessão de muitos amigos, conseguiram demovê-lo. Curvou-se, assim, à evidência dos fatos. Reconhecendo a impropriedade da intemperança mental em que se comprazia, e depois de convenientemente preparado pela assistência do grupo onde a esposa militava, foi ele admitido numa organização so­corrista, em que passou a servir como vigilante de irmãos desequili­brados. (Cap. 14, págs. 127 a 129)

56. Unidos mesmo no Além-Túmulo - Hilário achou interessante o caso Abelardo. Continuaria ele, porventura, em comunhão com Celina? "Sim – respondeu Aulus –, o amor entre ambos tem profundas raízes no preté­rito." Hilário estranhou a informação tendo em vista a diferença evo­lutiva entre ambos, mas o Assistente lembrou que o Pai Celestial tam­bém continua a amar-nos, apesar das falhas com que pautamos nossa vida. Religado à mulher amada, Abelardo encontrava nela valioso incen­tivo ao trabalho de autorrecuperação em que estagiava, e, tanto quanto lhe era possível, partilhava-lhe também o templo doméstico. "Por haver descido consideravelmente à indisciplina e à perturbação – informou Aulus –, ainda sofre as consequências desagradáveis do desequilíbrio a que se rendeu e, por esse motivo, o lar terreno, com a ternura da esposa, é o maior paraíso que poderá receber por enquanto." O instru­tor contou então que Abelardo, após entregar-se diariamente ao serviço árduo na obra assistencial em favor de companheiros ensandecidos, des­cansava, sempre que oportuno, no jardim familiar, ao lado da compa­nheira. "Uma vez por semana, acompanha-lhe o culto íntimo de oração, é-lhe firme associado nas tarefas mediúnicas e, todas as noites em que se sentem favorecidos pelas circunstâncias, consagram-se ambos ao tra­balho de auxílio aos doentes", ajuntou o Assistente. Eles não tinham sido apenas cônjuges, segundo a carne. Eram infinitamente amigos e Abelardo sonhava então aproveitar bem o tempo, a benefício do seu rea­juste, sonhando receber a esposa com novos títulos de elevação, quando Celina retornasse à pátria espiritual. André estava admirado. O que via era coisa comum? A separação dos casais é apenas imaginária? O instrutor respondeu: "Um caso não faz regra. Onde não prevalecem as afinidades do sentimento, o matrimônio terrestre é um serviço redentor e nada mais. Na maioria das situações, a morte do corpo somente rati­fica uma separação que já existia na experiência vulgar. Nesses casos, o cônjuge que abandona o envoltório físico se retira da prova a que se submeteu, à maneira do devedor que atingiu a paz do resgate. Todavia, quando os laços da alma sobrepairam às emoções da jornada humana, ainda mesmo que surja o segundo casamento para o cônjuge que se demora no mundo, a comunhão espiritual continua, sublime, em doce e constante permuta de vibrações e pensamentos". (Cap. 14, págs. 129 e 130)

57. Um hospital de emergência - A conversação prosseguiu em torno do amor. "Bem-aventurados os que se renovam para o bem!", exclamou Aulus, satisfeito, explicando que o verdadeiro amor é a sublimação em marcha, através da renúncia. Quem não puder ceder, a favor da alegria da cria­tura amada, não sabe coroar-se com a glória do amor puro. Após a morte corporal, aprendemos habitualmente, no sacrifício dos próprios sonhos, a ciência de amar, não segundo os nossos desejos, mas de conformidade com a Lei do Senhor: mães obrigadas a entregar os filhos a provas de que necessitam; pais compelidos a renovar projetos de proteção à famí­lia; esposas constrangidas a entregar os maridos a outras almas irmãs; esposos impelidos a aceitar a colaboração das segundas núpcias, no lar de que foram desalojados... Encontramos tudo isso na vizinhança da Ter­ra. "A morte é uma intimação ao entendimento fraternal", asseverou o instrutor. "E quando lhe não aceitamos o desafio, o sofrimento é o nosso quinhão... Quando o amor não sabe dividir-se, a felicidade não consegue multiplicar-se." Nesse ponto, Celina e Abelardo chegaram. Vinham eles reconfortados, felizes. Abelardo, em companhia da esposa, parecia mais leve e radiante, como se lhe absorvesse a vitalidade e a alegria. O grupo partiu e, a breve tempo, penetrou nebulosa região dentro da noite. Os astros desapareceram; parecia que o piche gaseifi­cado era o elemento preponderante naquele ambiente. Em derredor, solu­ços e imprecações proliferavam, mas a pequenina lâmpada que Abelardo empunhava não lhes permitia enxergar senão o trilho estreito que eles percorriam.  Minutos depois, o grupo atingiu uma construção mal ilumi­nada, em que vários enfermos se demoravam, sob a assistência de enfer­meiros atenciosos. Era, segundo Aulus informou, um hospital de emer­gência, dos muitos que se estendem nas regiões purgatoriais. Tudo ali revelava pobreza, necessidade, sofrimento... "Este é o meu templo atual de trabalho", disse-lhes Abelardo, orgulhoso de ser ali uma peça importante para o serviço. (Cap. 14, págs. 130 e 131) (Continua no próximo número.)




 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita