ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo
(Brasil)
Mediunidade:
apenas uma
capacidade
humana
A possibilidade
de intercâmbio
entre os seres
espirituais,
desprovidos do
corpo físico e
habitantes da
pátria
espiritual, e os
seres encarnados
em corpos de
carne – que é o
caso dos seres
humanos
habitantes do
planeta –, por
meio das
variadas formas
de comunicação
conhecida por
mediunidade, é
apenas uma
capacidade
humana. Não é
privilégio,
doença ou dom
sobrenatural.
Nada disso.
Trata-se mesmo
de capacidade
humana, pois que
não exclusiva do
espírita, nem
tampouco
restrita às
atividades
orientadas pelo
Espiritismo, que
também não a
inventou.
Todos somos mais
ou menos
médiuns, como
afirmou o
Codificador do
Espiritismo,
Allan Kardec,
que publicou
O Livro dos
Médiuns, o
maior tratado
sobre
mediunidade já
publicado no
planeta. Obra
importantíssima
no estudo e
compreensão
exata do tema,
indispensável
mesmo, podemos
acrescentar, foi
lançada em 1861
e apresenta em
sua página de
rosto: Guia
dos médiuns e
dos evocadores,
contendo o
ensino especial
dos Espíritos
sobre a teoria
de todos os
gêneros de
manifestações,
os meios de
comunicação com
o Mundo
Invisível, o
desenvolvimento
da mediunidade,
as dificuldades
e os escolhos
que se podem
encontrar na
prática do
Espiritismo.
Notem os
leitores que só
a página de
rosto já fornece
material para
muitos estudos e
pesquisas. Até
na compreensão
das palavras, no
estudo dos
gêneros de
manifestações,
nesse processo
de comunicação,
na educação da
faculdade e
mesmo nas
dificuldades
próprias de sua
prática.
Afinal, são
muito variáveis
os níveis de
percepção,
entendimento e
prática
mediúnica,
sempre como
resultado das
bagagens morais
e intelectuais
de cada médium.
Cada médium
percebe de uma
forma,
interpreta
conforme a
bagagem
intelecto-moral
própria que
possui e o
próprio fenômeno
em si ainda
sofre grande
influência do
meio, e
principalmente
decisiva
influência moral
de seu portador.
A importante
obra tem seu
primeiro
capítulo com o
instigante
título Há
Espíritos? e
apresenta seus
capítulos de
forma didática
que oferecem
real
entendimento
dessa
extraordinária
faculdade
humana, presente
em todas as
criaturas –
embora em
variáveis
expressões de
apresentação – e
que constitui
meio de
comunicação que
deve ser
conhecido
através do
estudo, para ser
respeitado
devidamente.
Sugiro ao leitor
folhear a obra,
pesquisar seu
índice,
maravilhar-se
com a clareza do
Codificador e
principalmente
surpreender-se
com temas tão
atuais e
repletos de
ensinamentos que
orientam.
Identidade dos
Espíritos,
Perguntas que a
eles se podem
fazer,
Influência do
meio e moral do
médium,
Evocações,
entre outros,
estão nos temas
apresentados
pelo livro. E
será muito
oportuno
refletir sobre o
Papel do
Médium nas
Comunicações
para
entendimento
correto da
prática e
vivência
mediúnica.
O estudo e
divulgação da
obra evita e
previne dos
dissabores
próprios
oriundos do
misticismo e do
fanatismo, tão
próprios
daqueles que se
iludem com os
fenômenos,
encarando
supostas
comunicações
como detentoras
de verdades
absolutas,
julgando-se
escolhidos ou
missionários e
mesmo portadores
de revelações
bombásticas ou
de capacidades
que o mínimo de
bom senso e
lógica rejeitam.
E como a
mentalidade
humana está
amadurecendo
bastante, até
pelas próprias
experiências
evolutivas do
planeta – o que
também
desenvolve a
sensibilidade –,
tornamo-nos
todos mais
acessíveis às
influências
mútuas que
estabelecemos
com outras
mentes, que
podem ser
habitantes de
outro plano, os
Espíritos.
Conhecer o
processo de
sintonia,
aprimorar o
padrão moral,
disciplinar as
emoções e
conhecer o
assunto é, pois,
investimento que
resulta em
equilíbrio e
serenidade de
uma capacidade
intrínseca de
nossa condição
humana. E O
Livro dos
Médiuns aí
está para
orientar tudo
isso.