Vimos na edição
137, nesta mesma
seção, alguns
casos em que as
normas
gramaticais
admitem dupla
prosódia, como,
por exemplo, nas
palavras
reptil e
réptil. A
primeira (reptil)
é oxítona, como
gentil, saiu,
corrigiu. A
segunda é
paroxítona.
Dissemos na
ocasião que,
contrariamente
ao que muitos
imaginam, essa
possibilidade
não existe no
caso da palavra
necropsia
[de necr(o)- + -opsia.],
que significa
exame de
cadáver.
A palavra
necropsia é
paroxítona, com
a tônica na
sílaba “si”, a
exemplo de
melancia,
cartomancia,
psicologia,
ortografia. Não
há para esse
vocábulo a
pronúncia
necrópsia,
como se dá,
corretamente,
com o vocábulo
autópsia.
Perguntam-nos,
então, qual a
diferença entre
autópsia e
necropsia.
Eis o que ensina
o Dicionário
Aurélio:
Autópsia
[var. pros. de
autopsia]. S. f.
- 1. Exame de si
mesmo. 2.
Medicina (uso
impróprio):
Necropsia.
Necropsia
[de necr(o)- + -opsia.].
S. f. Patologia
- 1. Exame de
cadáver.
[Sinônimo:
necroscopia e
(impróprio)
autópsia.]
Em face das
informações
acima, deduz-se
que:
·
o vocábulo
autópsia
apresenta também
uma segunda
forma:
autopsia
·
é um erro usar
essa palavra em
lugar de
necropsia.
Quando um médico
faz um exame em
si mesmo, faz
uma autópsia.
Quando examina
um cadáver, faz
uma necropsia.