Ignorância
acalentada
Se
praticássemos
os
ensinos
de
Jesus,
não
estaríamos
mais
reencarnando
em orbes
de prova
e
expiação
“A cada
dia
basta o
seu
mal.”
-
Jesus.
(Mt.,
6:34.)
Comparando
a vida a
um
festim,
Frederick Büchner
escreveu:
“Morderes
os
lábios a
conta de
desgostos
há muito
passados,
crescer-te
água na
boca
face à
perspectiva
de
amargos
confrontos
ainda
por
chegar,
saboreares
até a
última
dentada
o
sofrimento
que te
infligem
e o
sofrimento
que
infliges
de
volta...
sob
muitos
aspectos
trata-se
de um
festim
digno de
reis. O
principal
inconveniente
é
estares
a
devorar
a ti
próprio.
A
carcaça
do
festim
és tu”.
Graças à
nossa
ignorância
ancestralmente
acalentada,
tornamo-nos
inimigos
de nós
mesmos. Conhecêssemos
há mais
tempo os
mecanismos
da vida,
consequentemente
conscientizando-nos
das
insofismáveis
realidades
espirituais,
desveladas
pelo
Cristo,
não
estaríamos
mais
reencarnando
em orbes
de
provas e
expiações.
A
Doutrina
Espírita,
luminoso
Sol da
Espiritualidade
Maior,
fornece
claridade
suficiente
para
libertar
todas as
criaturas
das
garras
da
ignorância.
Pelo
conhecimento
que
oferece
dos
infinitos
departamentos
da vida,
pela
noção de
“causa e
efeito”
que nos
transmite,
mostra-nos
a
inutilidade
de se
“chorar
ante o
leite
derramado”
(passado),
e também
a
inconveniência
de
apreensões
quanto
ao
porvir...
Embalados
pela
ignorância,
“construímos
em nossa
vida
complicados
mecanismos
de
cautela
e
desconfianças
para
além da
justa
preservação”,
envolvendo-nos
nas
peçonhentas
malhas
do
egoísmo
asfixiante,
navegamos
nas
revoltas
e
traiçoeiras
águas do
orgulho
e
despencamos
na
desenfreada
corredeira
da
vaidade,
que são
os
ingredientes
mais
perniciosos
para a
economia
da vida,
geradores
de
fobias e
desacertos.
Tentamos
inutilmente
fugir às
Leis
Divinas,
caminhando,
vezes
sem
conto,
como
ovelhas
desgarradas
e
perdidas
em
inextricáveis
cipoais
de
perplexidades,
caindo
sufocados
e sem
forças
ante as
engrenagens
da vida
que nos
derrota...
E
assim,
vamos
atravessando
os
tamises
palingenésicos,
dominados
pela
ignorância
ciosamente
acalentada,
enganando-nos
no corpo
somático
e
desenganando-nos
desenfaixados
dele,
prisioneiros
contumazes
do
binômio:
ilusão/desilusão.
Segundo
entende
Emmanuel,
“(...) a
evolução,
impõe a
instituição
de novos
costumes,
a fim de
nos
desvencilharmos
das
fórmulas
inferiores,
em
marcha
para
ciclos
mais
altos da
existência;
e é por
esse
motivo
que
vemos no
Cristo –
divino
marco da
renovação
humana –
todo um
programa
de
transformações
viscerais
do
Espírito.
Sem
violência
de
qualquer
natureza,
altera
os
padrões
da moda
moral em
que a
Terra
vivia há
numerosos
milênios.
Contra o
uso da
condenação
metódica,
oferece
a
prática
do
perdão;
à
tradição
de raça
opõe o
fundamento
da
fraternidade
legítima;
no
abandono
à
tristeza
e ao
desânimo,
nas
horas
difíceis,
traz a
noção
das
bem-aventuranças
eternas
para os
aflitos
que
sabem
esperar
e para
os
justos
que
sabem
sofrer.
Toda a
passagem
do
Senhor,
entre os
homens,
desde a
Manjedoura,
que
estabelece
o hábito
da
simplicidade,
até a
Cruz
afrontosa
que cria
o hábito
da
serenidade
e da
paciência,
com a
certeza
da
ressurreição
para a
vida
eterna,
o
apostolado
de Jesus
é
resplendente
conjunto
de
reflexos
do
caminho
celestial
para a
redenção
do
caminho
humano.
Até
agora,
no
mundo, a
nossa
justiça
cheira a
vingança
e o
nosso
amor
recende
egoísmo,
pelo
reflexo
condicionado
de
nossas
atitudes
irrefletidas
nos
milênios
que nos
precedem
o
‘hoje’.
Não
podemos
desconhecer,
todavia,
que
somente
adotando
a
bondade
e o
entendimento,
com a
obrigação
de
educar-nos
e com o
dever de
servir,
como
hábitos
automáticos
nos
alicerces
de cada
dia,
colaborando
para a
segurança
e
felicidade
de
todos,
ainda
mesmo à
custa de
nosso
sacrifício,
é que
refletiremos
em nós a
verdadeira
felicidade,
por
estarmos
nutrindo
o
verdadeiro
bem”.
Conformando-nos
com os
ensinamentos
do Meigo
Pastor
Celeste,
e
esclarecidos
pela
Doutrina
Espírita,
estaremos
nos
adequando
de
maneira
formidável
para o
definitivo
abandono
das
trevas
da
ignorância
de tão
triste
memória
no
histórico
de
nossas
reencarnações,
rumando,
em
seguida,
na
direção
da
esplendente
luz do
porvir
ditoso.
“A cada
dia
basta o
seu mal”
define e
exprime
a nova e
digna
postura
do
Espírita-Cristão
que,
atendendo
à
exortação
do
Espírito
de
Verdade:
“amai-vos
e
instruí-vos”,
não terá
mais
razões
para
fobias e
quejandos.
Tampouco
oferecer-se-á
“a
carcaça
para o
festim
da vida”
por ter
compreendido
a vida
antes e
depois
do
“Estige”,
entendendo
que dela
receberá
de
acordo
com as
suas
obras. É
da lei.
Lamentações?...
Queixas?...
Fobias?...
Por
quê?!...
Para
quê?!