Eu
quero morrer!"
“Francisco
Teodoro,
fabricante de
casimiras
notáveis, tivera
vida próspera.
Em 1914 surgiu a
retração dos
negócios. Devia
o montante de
oitocentos
contos de réis.
Defrontado por
crise financeira
esmagadora, não
resistira às
pressões.
Escreveu pequena
carta
anunciado-se
insolvável e
disparou um tiro
no crânio.
Descobriu que a
vida
continuava...
Agora, após 30
anos, depois de
muito
sofrimento,
retornava à
fábrica.
Progresso
enorme... À face
da alteração na
balança
comercial do
país, ante a
grande guerra de
1914, o estoque
de casimiras que
acumulara,
zelosamente,
fora vendido,
cinco dias após
seus funerais,
por quatro mil
contos de réis,
ou seja, quatro
vezes mais o
valor da dívida
contraída que o
levara a tirar a
sua vida física.
Ele apenas não
soubera
esperar...”
(Adaptado do
texto de Hilário
Silva – A Vida
Escreve – FEB.)
Hoje é possível
obter um
atendimento
compreensivo,
fraterno e
solidário,
através da
internet.
Voluntários do
CVV - Centro de
Valorização da
Vida, desde
março de 1962,
atuam no Brasil
salvando vidas.
Assim como
milhares de
voluntários do
mundo inteiro
que,
anonimamente,
dedicadamente,
corajosamente,
salvam criaturas
das garras da
depressão, do
medo e da
solidão. Pelo
telefone
(14-3222-4111)
ou pelo chat (www.cvv.org.br).
“... quão
definitiva tem
sido na vida de
tantos a
presença amiga e
clara de
voluntários,
dedicados a uma
causa: o amor e
a preocupação
com o próximo!”
(Ator Tony
Ramos,
depoimento para
o CVV.)
Por que tanta
gente preocupada
com o assunto
suicídio?
Campanhas
financeiras,
treinamento de
voluntários,
aperfeiçoamento
de instrumentos,
viabilização de
novos meios de
comunicação,
tudo para evitar
essa verdadeira
desgraça ou
ruína procurada
às vezes de
livre vontade.
Sem falar em fé
ou outros
argumentos de
ordem religiosa,
um lúcido amigo
meu costuma
dizer que
“matar-se é
pular da
frigideira para
o fogo”. Será
que ele tem
razão?
Diz Emmanuel,
mentor de Chico
Xavier, que a
primeira
decepção que o
suicida tem é a
realidade da
vida que não se
extingue. Em
seguida, a
possibilidade de
experimentar os
mesmos
padecimentos
físicos da
última hora
terrestre. Isto
é, se o
indivíduo queria
livrar-se das
suas dores em
vida,
surpreende-se
com o
interminável
momento da sua
morte, que teima
em repetir-se
por tempo
indefinido. O
tóxico, a
perfuração, o
peso das rodas
ou a passagem
das águas
silenciosas não
cessam com a
morte. Relembra
ainda que a
justiça de Deus
nunca se
manifesta em
nossas vidas sem
a sua
misericórdia. Em
outras palavras,
mesmo quando
todas as portas
parecem estar
fechadas, existe
saída. Alguma
saída! Para
qualquer pessoa!
O CVV, as
religiões, os
livros e cursos
de autoajuda são
pródigos em
recomendar ao
aflito a procura
dessa saída. E
geralmente, além
da oração e do
bom senso, “o
amor e a
preocupação com
o próximo”, como
afirma o ator
Tony Ramos,
representam o
fator
fundamental para
a recuperação do
equilíbrio.
Em quase todas
as mortes
podemos afirmar
que
se
cumpriram os
desígnios
divinos. No
suicídio, não.
SUICÍDIO NÃO É
SOLUÇÃO! É FUGA!
FUGA PARA O
PIOR!
*
“- Minha
namorada me
deixou... perdi
meu emprego...
estou com um
monte de contas
atrasadas... e
nem meus amigos
aguentam mais
minhas queixas!
Para completar
bati meu carro e
rasguei minha
calça! O que
mais me falta
acontecer?” O
tempo fecha,
começa a chover
e um cachorro
faz xixi em sua
perna. “- Buaaa!
Eu quero morrer!
Aparece alguém:
“– Oh! Você veio
me buscar.
Obrigado!”“–
Peraí! Sabe quem
eu sou?”“ –
Claro!Você só
pode ser a
infalível, a
invencível...
MORTE!”“ Isso
mesmo! Nunca fui
tão bem
recebida!”“ –
Vai, pode me
levar! Estou em
suas mãos.” “–
Sinto muito...
Mas você não
está na minha
lista.” “– O
QUE?!”“... E
pelo que consta
aqui você viverá
ainda muuuitos
anos!” “– Mas
não me restou
nada, nada! Por
favor, leve-me!”
“- Ora! Será que
tá tudo tão ruim
assim, que não
vale a pena
tentar de novo?
Vamos, vá em
frente.
Arrisque!” Para
de chover. “–
Oh! O sol voltou
a brilhar!
Mas... e daí?”
Ao lado de um
mural de
empregos: “–
Hum... vou
tentar.” Bela
moça ao seu
lado. “–
Olá! Procurando
emprego?” “– Que
coincidência...
Eu também.” “–
Sabe... Meu nome
é Dulce!” “–
O... o meu é
Aprígio...”
Enamora-se. “– E
QUERO MUITO
VIVER!”
“– Puxa, Dona
Morte! Nunca vi
a senhora
recusar um
cliente!” “– Mas
não estava na
hora dele... E,
às vezes, sabe,
ESPERAR UM POUCO
FAZ TODA A
DIFERENÇA.”
(Adaptado da
Revista Mônica
Nº 78, Editora
Globo, de
Maurício de
Sousa.)
Nota:
Em
Bauru-SP o
telefone do CVV
– Centro de
Valorização da
Vida é
14-3222-4111.