Infanticídio
inconsciente
Dias atrás
recebi e-mail de
uma pessoa que
aqui chamaremos
de Paula para
preservar-lhe a
privacidade. É
um caso sério e
que exige
reflexão de
nossa parte.
Eis abaixo:
P - Tenho
enfrentado
muitos problemas
em minha casa.
Sou casada há 6
anos e tenho 1
filho de 3. Eu e
meu marido
vivemos em
constante
atrito,
agredimo-nos
verbal e, não
raro,
fisicamente.
Para agravar a
situação nosso
filho vive
doente e tem a
saúde frágil.
Uma amiga me
disse que as
nossas brigas podem
prejudicar a
saúde do garoto.
Isso é verdade?
Paula – 37 anos
– nome fictício.
Nossa resposta
foi a seguinte:
Prezada Paula,
paz ao coração.
A falta de
harmonia no lar
é, de fato, um
problema que
aflige muitos
lares na Terra.
A incompreensão
e a incapacidade
de lidar com as
diferenças estão
entre os grandes
causadores das
desavenças
domésticas. E
não podemos
negar: os filhos
sofrem muito com
a falta de amor
entre os pais.
Ambientes sem
harmonia, onde
prevalecem
palavras ásperas
e agressões, são
campos férteis
para a
proliferação das
enfermidades,
principalmente
nas crianças. É
preciso se
atentar para o
poder dos
pensamentos e
das palavras,
pois são
energias e como
tal influenciam
todo o ambiente.
As crianças
naturalmente não
estão imunes aos
desencontros de
seus pais.
Busquem o
entendimento e o
equilíbrio.
Conversem,
troquem ideias,
enfim, procurem
melhorar o
astral da casa
transformando-a
em lar que,
certamente, você
e seu marido
contribuirão
para o
restabelecimento
da saúde da
criança.
O relato de
Paula me fez
lembrar que
também vivi
situação desse
tipo. Estava casado
há 7 anos e
minha casa era
um palanque de
impropérios.
Vivíamos em
constante
desarmonia.
Naquele ambiente
faltavam as
lições de Jesus,
não obstante as
palestras que eu
realizava em
nome do mestre. Eu
vivenciava de
maneira gritante
a diferença
entre teoria e
prática.
Discursava nas
tribunas a
importância da
união, mas não
conseguia
compreender
minha esposa.
Lamentáveis
essas
contradições do
ser humano!
Diante daquele
quadro triste,
meu filho, então
com 3
primaveras, foi
acometido de
grave tumor no
pescoço. Situação
delicada,
difícil. O
garoto quase
veio a óbito,
todavia, graças
à dedicação dos
funcionários do
hospital Amaral
Carvalho e o
apoio da
espiritualidade
o menino
recuperou-se,
porque se
dependesse do
entendimento dos
pais certamente
passaria desta
para uma
“melhor”. Hoje
está bem,
recuperado,
saudável e com
saúde de ferro.
Recordei-me,
então, da obra No
Mundo Maior,
ditada pelo
Espírito André
Luiz ao médium
Chico Xavier, em
que é abordada a
questão do
infanticídio
inconsciente,
mostrando com
clareza a
influência do
ambiente que
vigora no lar
para a saúde ou
enfermidade da
criança. Óbvio
que não podemos
generalizar, e
cada caso é
único, no
entanto, vale a
reflexão.
Muitas pessoas
ainda não
perceberam a
responsabilidade
que é ser pai ou
mãe e acabam
prejudicando o
crescimento dos
filhos com suas
atitudes em
descompasso com
a moral cristã.
Uma pena!
Transformam o
lar em ringue e
seu companheiro
de caminhada em
oponente. Quando
a situação está
assim, a
separação é
praticamente
inevitável.
Todavia, estamos
aprendendo, caro
leitor! No
entanto, esses
conhecimentos
não precisam
necessariamente
chegar até nós
pela dor, ou
será que teremos
que vivenciar a
partida de um
ente querido
para
compreendermos a
necessidade de
cultivarmos um
lar dentro das
bases legítimas
do amor de
Cristo?
Pensemos nisso.