AYLTON GUIDO
COIMBRA PAIVA
paiva.aylton@terra.com.br
Lins, São Paulo
(Brasil)
A vida
espiritual
O amigo
Adamastor, após
insidiosa
moléstia,
deixara o corpo
físico.
Sobre a sua
personalidade e
o destino do ser
humano após a
morte do corpo
físico, eu
dialogava com, o
também amigo,
Carlos Marques.
–
Pois é, vocês
espíritas dizem
que a vida
continua além da
morte, mas
ninguém voltou
até hoje para
dizer como é
essa tal de vida
espiritual.
–
Você está
enganado
Marques, aqueles
que foram para a
chamada dimensão
espiritual da
vida quando
podem retornam
para
testemunharem a
própria
imortalidade.
–
Como eu nunca
testemunhei o
retorno de
alguém depois da
morte?
–
Bem, a
existência das
coisas neste
mundo e,
consequentemente,
no mundo
espiritual, não
precisam passar
por suas
experiências
sensórias para
existirem.
–
Como poderemos
saber se a vida
continua além do
túmulo?
–
Através dos
registros
históricos e da
história das
religiões, onde
o fenômeno do
aparecimento dos
seres após a
morte do corpo é
relatado com
muita
frequência.
Também
encontramos
esses relatos no
Velho
Testamento:
mediunidade de
audiência: Noé,
Gênesis – 6,13;
clariaudiência:
Abraão, Gênesis
– 12;
materialização –
Jacob – 32,
23-23; onírica –
Jacob, Gênesis –
28,10-19;
efeitos físicos
(voz direta),
Êxodo – 3, 1-22.
Colhemos, ainda,
alguns fenômenos
no Novo
Testamento:
mediunidade de
xenoglossia
(falar línguas
estranhas), Atos
1, 3-4; a
poderosa
mediunidade de
Estevão, cap. 6
dos Atos dos
Apóstolos;
materialização –
Atos 12,7.
O próprio Jesus
após a sua
morte, pela
crucificação,
aparece para
Maria de Magdala
e com ela
conversa
anunciando a sua
imortalidade e,
posteriormente,
aparece aos
discípulos,
solicitando ao
incrédulo Tomé
que o tocasse.
Esse é um
fenômeno que o
Espiritismo
denomina
materialização.
–
É tão antigo
assim esse
fenômeno?
–
Podemos dizer
que a interação
entre o mundo
espiritual e o
mundo físico
existe desde que
o ser humano
começou a
habitar o
planeta. O
registro dessa
interação entre
os Espíritos ou
almas com o ser
humano está
assinalado na
história
religiosa de
todos os povos.
Evidente que a
interpretação
desses fenômenos
estava
subordinada à
capacidade
intelectual e ao
desenvolvimento
psicológico
desses povos.
–
Então, não foi o
Espiritismo que
inventou a
mediunidade?
–
Não. O
Espiritismo
apenas estudou e
estuda o
mecanismo desses
fenômenos e os
classificou,
dando-lhes uma
terminologia
adequada aos
conhecimentos
científicos e
filosóficos da
nossa era.
É um campo em
que as Ciências
Acadêmicas se
aprofundarão e
já estão se
aproximando, com
as pesquisas na
área da
Parapsicologia,
como fez Joseph
Rhine,
pesquisador na
Universidade de
Duke, na
Carolina do
Norte, nos
Estados Unidos,
e Dr. Ernani
Guimarães
Andrade, no
Brasil.
–
Então,
comentávamos
sobre aqueles
que voltaram ou
não voltaram do
outro mundo para
falar, não é?
–
De fato, com
relação a isso,
muitos voltaram.
Tivemos a
felicidade de
ter, no Brasil,
a mediunidade de
Francisco
Cândido Xavier.
Ele psicografou
milhares de
mensagens
individuais, de
Espíritos de
filhos, pais,
esposos,
esposas, que
retornaram aos
seus entes
queridos
dando-lhes
provas cabais de
suas
imortalidades e
o reencontro no
mundo espiritual
com familiares
que os haviam
antecedido.
Algumas dessas
mensagens foram
compiladas em
mais de uma
centena de
livros, que
servem de
testemunho de
que os “mortos
vivem”.
–
Você poderia
citar algum?
–
Claro! Entre
duas Vidas,
Diálogo com os
Vivos, Somos
Seis, Enxugando
Lágrimas, Falou
e Disse, Gaveta
da Esperança,
Eles Voltaram...
A lista é muito
grande. Como
você é jovem,
Carlos, registro
esse: Jovens no
Além.
–
Vou, então, dar
uma pesquisada
nesses livros
para ver se os
“mortos vivem” e
“voltam”...,
contudo, agora
vou andando,
pois o mundo do
trabalho dos
“vivos”
aguarda-me. Até
mais...
Até... e
perceba-se mais
feliz e
confiante
sentindo que a
vida é eterna!