Em cartaz nos cinemas do
país, As Cartas
Psicografadas por Chico Xavier
Documentário mostra a
reação das pessoas que
receberam cartas de
Chico Xavier assinadas
pelos filhos
desencarnados
Um filme de conversas e
silêncio, sentimentos,
lembranças e emoções,
eis o que nos apresenta
o filme As Cartas
Psicografadas por Chico
Xavier, lançado no
dia 5 de novembro em um
número diminuto de
cinemas do Brasil.
A concepção do filme e
sua direção são de
Cristiana Grumbach,
diretora,
pesquisadora e montadora
de cinema e TV que
dirigiu anteriormente o
longa-metragem Morro da
Conceição, produzido em
2005.
A ideia do filme surgiu
em 2004, quando
Cristiana ouviu o relato
de uma pessoa que tinha
estado em Uberaba anos
antes e assistira a uma
sessão de psicografia
com Chico Xavier.
Enquanto a pessoa
descrevia a cena,
Cristina se viu
imaginando como seria
receber uma carta do
Além. Nesse instante,
ela teve vontade de
fazer essa pergunta para
as pessoas que as haviam
recebido efetivamente.
Nascia assim mais um
filme em que Chico
Xavier tem presença
marcante. Os outros já
exibidos nos cinemas
brasileiros foram
Chico Xavier e
Nosso Lar.
Segundo a diretora,
parte dos recursos foram
captados no final de
2006 através de
investimento do BNDES e,
no ano seguinte, o
projeto recebeu o
patrocínio da
Eletrobrás. A pesquisa
começou em seguida, a
partir da ajuda valorosa
de pessoas ligadas ao
tema, como o jornalista
Marcel Souto Maior,
autor do livro As
Vidas de Chico Xavier,
e pessoas de destaque no
movimento espírita, como
a Dra. Marlene Nobre, o
prof. Paulo Rossi
Severino, D. Nena Galves,
Dr. Caio Ramaciotti,
Dona Yolanda Cezar,
entre outros. Em função
desses contatos, ela foi
até São Paulo, onde as
filmagens se realizaram
em
|
|
Armando e Edinah Lodi |
|
|
Maura Pereira Cassiano |
|
|
Yolanda Cezar |
|
|
Piedade Chapela |
|
|
Nyssia Leão |
|
setembro e outubro de
2007.
O pai sepultar o corpo
de um filho não é a
ordem considerada
natural na vida
Os casos selecionados
para o filme constituem
uma pequena amostra em
face da quantidade
surpreendente de cartas
que Chico Xavier recebeu
do Além, endereçadas por
filhos desencarnados aos
pais terrenos. No meio
espírita causou grande
impacto o livro
Jovens no Além,
psicografado por Chico
Xavier na década de 70,
no qual quatro jovens
enviam mensagens aos
seus pais. O livro
iniciava, ali, uma fase
importante do trabalho
do saudoso médium, que
passou a receber
semanalmente centenas de
pessoas que se
deslocavam até a cidade
de Uberaba na esperança
de também contactar seus
entes queridos.
Como sabemos, o pai
sepultar o corpo de um
filho não é a ordem
considerada natural na
vida e talvez esteja aí
o vulto que torna a perda
de um filho fator
determinante para que a
montagem do filme
elegesse essas histórias
para serem contadas.
O filme, evidentemente,
não se propõe a
questionar as cartas ou
explicar o fenômeno da
psicografia. Ele, em
verdade, se ocupa da dor
da perda um filho e da
chance de sobreviver a
partir do contato que
esse tipo de
correspondência
estabelece entre aquele
que partiu e seus pais.
Uma das personagens do
filme, D. Yolanda Cezar,
definiu esse sentimento
com precisão: “Quando se
perde o cônjuge, fica-se
viúvo, quando se perde o
pai, fica-se órfão,
quando se perde filho
não há nome...”.
|
Os trechos das cartas
falam do amor pelos pais
e as
tornam mais humanas
Diante dessa dor sem
nome, o filme optou
pela simplicidade em sua
forma de apresentar o
tema. Nele, as conversas
filmadas são
intercaladas pela
leitura das cartas e por
planos dos espaços de
entrevista vazios. O
recato formal descarta
intervenções
estilísticas que possam
criar sensacionalismo e
interferir no
compartilhamento desses
sentimentos com o
público.
“O filme é um exercício
de compreensão do
sentimento de quem
recebe a carta de um
ente que se foi, o
sentido da vida e da
morte”, diz Cristiana.
“Não é um filme sobre o
Chico, mas sobre seu
trabalho, que ajudou as
pessoas a sobreviverem a
essa perda que não tem
nome.”
“Privilegiei na montagem
os trechos das cartas
que falam do amor pelos
pais e as tornam mais
humanas. Não dá para
ficar imune ao que ouvi.
Não virei espírita, mas
hoje acredito na vida
após a morte”, afirma a
diretora.
O filme conta com a
participação de Yolanda
Cezar, Nyssia Cantamessa
Leão de Oliveira, Sonia
e David Muszkat, Thereza
de Toledo Santos, Edinah
e Armando Lodi, Piedade
da Silva Chapela, Maria
Helena de Jesus Sonvêsso
e Maura Pereira Cassiano
(fotos).
Exibido inicialmente nas
cidades de Catalão (GO),
Catanduva (SP), Goiânia
(GO), e Maceió (AL), o
filme está programado
para, no período de 12 a
18 de novembro, ser
exibido nos cinemas de
Brasília, Campinas,
Curitiba, Fortaleza,
Juiz de Fora, Novo
Hamburgo, Porto Alegre,
Rio de Janeiro,
Salvador, Santos, São
Paulo, Tubarão, Valença
e Vitória.
Nota:
Para saber mais sobre o
filme, basta clicar nos
links abaixo:
http://www.crisisprodutivas.com/ascartaspsicografadasporchicoxavier/
- que apresenta uma
entrevista com a
diretora Cristiana
Grumbach
http://www.youtube.com/watch?v=3KjRtmOBk90
– que exibe o trailer do
filme.
|