MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Nos Domínios da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
23)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Nos Domínios da
Mediunidade,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e
publicada em 1954 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Havia médicos desencarnados, prontos para servir, na
reunião descrita por
André Luiz?
Sim. Muitos médicos ali
se encontravam; contudo,
embora excelentes
profissionais, devotados
e beneméritos em sua
missão, não haviam,
ainda, sido promovidos
da ciência fragmentária
do mundo à sabedoria
integral. Com a imersão
nas realidades da morte,
adquiriram novas visões
da vida e alargaram seus
próprios horizontes, mas
o que eles sabiam era
ainda muito pouco
daquilo que lhes
competia saber. “Não
poderia ser de outro
modo”, aduziu Aulus.
O milagre não existe
como derrogação de leis
da Natureza.
(Nos Domínios da Mediunidade, cap. 16, pp. 151 e 152.)
B. Durante a leitura e os comentários feitos na reunião,
como se comportava a
assembleia presente?
A assembleia, como é
fácil entender,
mostrava-se flagelada
por problemas
inquietantes. Dezenas e
dezenas de pessoas
aglomeravam-se em
derredor da mesa,
exibindo atribulações e
dificuldades.
Formas-pensamentos
estranhas surgiam de
grupo a grupo,
denunciando-lhes a
posição mental.
Preocupações, amarguras,
desânimo, desespero,
propósitos de
vingança...
Desencarnados em grande
número suspiravam pelo
céu, enquanto outros
receavam o inferno...
(Nos Domínios da
Mediunidade, cap. 16,
pp. 152 a 154.)
C. Diz André que um grande espelho fluídico foi posto junto
da médium. Qual a sua
finalidade?
O espelho fluídico foi situado junto da médium
por trabalhadores
espirituais da Casa, e
na face dele, com
espantosa rapidez, cada
pessoa ausente, nomeada
nas petições da noite,
surgia ante o exame dos
benfeitores que, a
distância,
contemplavam-lhe a
imagem, recolhiam-lhe os
pensamentos e
especificavam-lhe as
necessidades, oferecendo
a solução possível aos
pedidos feitos.
(Obra citada, cap. 16,
pp. 154 a 156.)
Texto para leitura
67. A morte não produz milagres
- Compareciam ali, com o
abnegado e culto
orientador, médicos e
professores, enfermeiros
e auxiliares
desencarnados, prontos
para servir na lavoura
do bem. O júbilo dos
instrutores e
funcionários da
instituição era geral. O
trato com os enfermos
dos dois planos não lhe
roubava a esperança, a
paz, o otimismo. Hilário
perguntou se aqueles
amigos já haviam
alcançado a condição de
seres impecáveis. Aulus
esclareceu: “Nada
disso. Com todo o apreço
que lhes devemos, é
preciso considerar que
são vanguardeiros do
progresso, sem serem
infalíveis. São grandes
almas em abençoado
processo de sublimação,
credoras de nossa
reverência pelo grau de
elevação que já
conquistaram, contudo
são Espíritos ainda
ligados à Humanidade
terrena e em cujo seio
se corporificarão, de
novo, no futuro, através
do instituto universal
da reencarnação, para o
desempenho de preciosas
tarefas”. Estariam
eles isentos de errar?
“Não”, respondeu
o assistente. “Não
podemos exigir deles
qualidades que somente
transparecem dos
Espíritos que já
atingiram a sublimação
absoluta.” Aulus
informou que eles
primavam pela
boa-vontade, pela
cultura e pelo auxílio
constante aos
encarnados, mas podiam
ser vítimas, também, de
equívocos, que se
apressavam, no entanto,
a corrigir, sem a
vaidade que prejudica,
em muitos casos, os
doutos da Terra. Muitos
médicos desencarnados
ali se encontravam.
Embora excelentes
profissionais, devotados
e beneméritos em sua
missão, não seria
admissível, todavia,
fossem promovidos, de um
instante para o outro da
ciência fragmentária do
mundo à sabedoria
integral. Com a imersão
nas realidades da morte,
adquiriram novas visões
da vida e alargaram seus
próprios horizontes, mas
o que eles sabiam era
ainda muito pouco
daquilo que lhes
competia saber. “Não
poderia ser de outro
modo”, aduziu Aulus.
O milagre não existe
como derrogação de leis
da Natureza. “Somos
irmãos uns dos outros,
evolvendo juntos, em
processo de
interdependência, no
qual se destaca o
esforço individual.”
Nesse ponto, a mesa fora
formada com catorze
pessoas. Ambrosina, que
se sentara ao lado do
diretor dos trabalhos,
recebeu aplicações de
passes de longo circuito
ministrados pelo
instrutor Gabriel.
(Cap.16, págs.151 e
152.)
68. A reunião - Feita a prece inicial, leu-se, em
seguida, um texto
edificante, acompanhado
por breve anotação
evangélica, em cuja
escolha preponderou a
influência de Gabriel. A
assembleia mostrava-se
flagelada por problemas
inquietantes. Dezenas e
dezenas de pessoas
aglomeravam-se em
derredor da mesa,
exibindo atribulações e
dificuldades.
Formas-pensamentos
estranhas surgiam de
grupo a grupo,
denunciando-lhes a
posição mental.
Preocupações, amarguras,
desânimo, desespero,
propósitos de
vingança...
Desencarnados em grande
número suspiravam pelo
céu, enquanto outros
receavam o inferno...
Vários amigos
espirituais, junto aos
componentes da mesa
diretora, passavam a
ajudá-los na predicação
doutrinária, com base no
ponto evangélico da
noite, espalhando,
através de comentários
bem feitos, estímulos e
consolos. Fichas
individuais não eram
declinadas, mas
percebia-se claramente
que as pregações eram
arremessadas ao ar, com
endereço exato. Aqui,
levantavam um coração
caído em desalento; ali,
advertiam consciências
descuidadas; mais além,
renovavam o perdão, a
fé, a caridade, a
esperança... Espíritos
perseguidores procuravam
hipnotizar as próprias
vítimas, precipitando-as
no sono provocado, para
que não tomassem
conhecimento das
mensagens
transformadoras ali
vinculadas. Muitos
médiuns trabalhavam em
favor dos serviços de
ordem geral, mas era
Ambrosina o centro de
todos e o objeto de
todas as atenções.
Figurava-se, ali, o
coração do santuário,
dando e recebendo, ponto
vivo de silenciosa
junção entre os
habitantes de duas
esferas distintas. Junto
dela, em oração, foram
colocadas numerosas
tiras de papel. Eram
pedidos, anseios e
súplicas do povo,
recorrendo à proteção do
Além nas aflições e
aperturas da existência.
Entre Ambrosina e
Gabriel destacava-se
então extensa faixa
elástica de luz azulínea,
e amigos espirituais,
prestos na solidariedade
cristã, nela entravam e,
um a um, tomavam o braço
da medianeira, depois de
lhe influenciarem os
centros corticais,
atendendo, tanto quanto
possível, aos problemas
ali expostos. (Cap. 16,
págs. 152 a 154.)
69. Espelho fluídico - Antes de
começar o trabalho de
resposta às questões
formuladas, um grande
espelho fluídico foi
situado junto da médium,
por trabalhadores
espirituais da Casa, e,
na face dele, com
espantosa rapidez, cada
pessoa ausente, nomeada
nas petições da noite,
surgia ante o exame dos
benfeitores que, a
distância,
contemplavam-lhe a
imagem, recolhiam-lhe os
pensamentos e
especificavam-lhe as
necessidades, oferecendo
a solução possível aos
pedidos feitos. Enquanto
cultos companheiros de
fé ensinavam o caminho
da pacificação interior,
sob a inspiração dos
mentores espirituais,
Ambrosina, sob o comando
de instrutores que se
revezavam no serviço
assistencial,
psicografava sem
descanso. Que
significava aquela faixa
azulínea entre Gabriel e
a médium? Aulus
elucidou: “O
desenvolvimento mais
amplo das faculdades
medianímicas exige essa
providência. Ouvindo e
vendo, no quadro de
vibrações que
transcendem o campo
sensório comum,
Ambrosina não pode estar
à mercê de todas as
solicitações da esfera
espiritual, sob pena de
perder o seu equilíbrio.
Quando o médium se
evidencia no serviço do
bem, pela boa vontade,
pelo estudo e pela
compreensão das
responsabilidades de que
se encontra investido,
recebe apoio mais
imediato de amigo
espiritual experiente e
sábio, que passa a
guiar-lhe a peregrinação
na Terra, governando-lhe
as forças. No caso
presente, Gabriel é o
perfeito controlador das
energias de nossa amiga,
que só estabelece
contacto com o plano
espiritual de
conformidade com a
supervisão dele.”
Assim, para efetuar-se
uma comunicação por
intermédio dela, era
indispensável sintonizar
com ela e o instrutor,
ao mesmo tempo. “Um
mandato mediúnico –
aditou Aulus – reclama
ordem, segurança,
eficiência. Uma
delegação de autoridade
humana envolve concessão
de recursos da parte de
quem outorga. Não se
pedirá cooperação
sistemática do médium,
sem oferecer-lhe as
necessárias garantias.”
Aquilo dificultaria o
processo de intercâmbio?
“De modo algum”,
esclareceu Aulus. O
próprio Gabriel se
incumbia de facilitar
tudo, ajudando tanto aos
comunicantes quanto à
médium. ( Cap.16, págs.
154 a 156.)
(Continua no próximo
número.)