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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 184 - 14 de Novembro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Nos Domínios da Mediunidade

André Luiz

(Parte 23)

Damos continuidade ao estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Havia médicos desencarnados, prontos para servir, na reunião descrita por André Luiz?

Sim. Muitos médicos ali se encontravam; contudo, embora excelentes profissionais, devotados e beneméritos em sua missão, não haviam, ainda, sido promovidos da ciência fragmentária do mundo à sabedoria integral. Com a imersão nas realidades da morte, adquiriram novas visões da vida e alargaram seus próprios horizontes, mas o que eles sabiam era ainda muito pouco daquilo que lhes competia saber. “Não poderia ser de outro modo”, aduziu Aulus. O milagre não existe como derrogação de leis da Natureza. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 16, pp. 151 e 152.)

B. Durante a leitura e os comentários feitos na reunião, como se comportava a assembleia presente?

A assembleia, como é fácil entender, mostrava-se flagelada por problemas inquietantes. Dezenas e dezenas de pessoas aglomeravam-se em derredor da mesa, exibindo atribulações e dificuldades. Formas-pensamentos estranhas surgiam de grupo a grupo, denunciando-lhes a posição mental. Preocupações, amarguras, desânimo, desespero, propósitos de vingança... Desencarnados em grande número suspiravam pelo céu, enquanto outros receavam o inferno... (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 16, pp. 152 a 154.)

C. Diz André que um grande espelho fluídico foi posto junto da médium. Qual a sua finalidade?

O espelho fluídico foi situado junto da médium por trabalhadores espirituais da Casa, e na face dele, com espantosa rapidez, cada pessoa ausente, nomeada nas petições da noite, surgia ante o exame dos benfeitores que, a distância, contemplavam-lhe a imagem, recolhiam-lhe os pensamentos e especificavam-lhe as necessidades, oferecendo a solução possível aos pedidos feitos. (Obra citada, cap. 16, pp. 154 a 156.)

Texto para leitura 

67. A morte não produz milagres - Compareciam ali, com o abnegado e culto orientador, médicos e professores, enfermeiros e auxiliares desencarnados, prontos para servir na lavoura do bem. O júbilo dos instrutores e funcionários da instituição era geral. O trato com os enfermos dos dois planos não lhe roubava a esperança, a paz, o otimismo. Hilário perguntou se aqueles amigos já haviam alcançado  a condição de seres impecáveis. Aulus esclareceu: “Nada disso. Com todo o apreço que lhes devemos, é preciso considerar que são vanguardeiros do progresso, sem serem infalíveis. São grandes almas em abençoado processo de sublimação, credoras de nossa reverência pelo grau de elevação que já conquistaram, contudo são Espíritos ainda ligados à Humanidade terrena e em cujo seio se corporificarão, de novo, no futuro, através do instituto universal da reencarnação, para o desempenho de preciosas tarefas”. Estariam eles isentos de errar? “Não”, respondeu o assistente. “Não podemos exigir deles qualidades que somente transparecem dos Espíritos que já atingiram a sublimação absoluta.” Aulus informou que eles primavam pela boa-vontade, pela cultura e pelo auxílio constante aos encarnados, mas podiam  ser vítimas, também, de equívocos, que se apressavam, no entanto, a corrigir, sem a vaidade que prejudica, em muitos casos, os doutos da Terra. Muitos médicos desencarnados ali se encontravam. Embora excelentes profissionais, devotados e beneméritos em sua missão, não seria admissível, todavia, fossem promovidos, de um instante para o outro da ciência fragmentária do mundo à sabedoria integral. Com a imersão nas realidades da morte, adquiriram novas visões da vida e alargaram seus próprios horizontes, mas o que eles sabiam era ainda muito pouco daquilo que lhes competia saber. “Não poderia ser de outro modo”, aduziu Aulus. O milagre não existe como derrogação de leis da Natureza. “Somos irmãos uns dos outros, evolvendo juntos, em processo de interdependência, no qual se destaca o esforço individual.” Nesse ponto, a mesa fora formada com catorze pessoas. Ambrosina, que se sentara ao lado do diretor dos trabalhos, recebeu aplicações de passes de longo circuito ministrados pelo instrutor Gabriel. (Cap.16, págs.151 e 152.) 

68. A reunião - Feita a prece inicial, leu-se, em seguida, um texto edificante, acompanhado por breve anotação evangélica, em cuja escolha preponderou a influência de Gabriel. A assembleia mostrava-se flagelada por problemas inquietantes. Dezenas e dezenas de pessoas aglomeravam-se em derredor da mesa, exibindo atribulações e dificuldades. Formas-pensamentos estranhas surgiam de grupo a grupo, denunciando-lhes a posição mental. Preocupações, amarguras, desânimo, desespero, propósitos de vingança... Desencarnados em grande número suspiravam pelo céu, enquanto outros receavam o inferno... Vários amigos espirituais, junto aos componentes da mesa diretora, passavam a ajudá-los na predicação doutrinária, com base no ponto evangélico da noite, espalhando, através de comentários bem feitos, estímulos e consolos. Fichas individuais não eram declinadas, mas percebia-se claramente que as pregações eram arremessadas ao ar, com endereço exato. Aqui, levantavam um coração caído em desalento; ali, advertiam consciências descuidadas; mais além, renovavam o perdão, a fé, a caridade, a esperança... Espíritos perseguidores procuravam hipnotizar as próprias vítimas, precipitando-as no sono provocado, para que não tomassem conhecimento das mensagens transformadoras ali vinculadas. Muitos médiuns trabalhavam em favor dos serviços de ordem geral, mas era Ambrosina o centro de todos e o objeto de todas as atenções. Figurava-se, ali, o coração do santuário, dando e recebendo, ponto vivo de silenciosa junção entre os habitantes de duas esferas distintas. Junto dela, em oração, foram colocadas numerosas tiras de papel. Eram pedidos, anseios e súplicas do povo, recorrendo à proteção do Além nas aflições e aperturas da existência. Entre Ambrosina e Gabriel destacava-se então extensa faixa elástica de luz azulínea, e amigos espirituais, prestos na solidariedade cristã, nela entravam e, um a um, tomavam o braço da medianeira, depois de lhe influenciarem os centros corticais, atendendo, tanto quanto possível, aos problemas ali expostos. (Cap. 16, págs. 152 a 154.) 

69. Espelho fluídico - Antes de começar o trabalho de resposta às questões formuladas, um grande espelho fluídico foi situado junto da médium, por trabalhadores espirituais da Casa, e, na face dele, com espantosa rapidez, cada pessoa ausente, nomeada nas petições da noite, surgia ante o exame dos benfeitores que, a distância, contemplavam-lhe a imagem, recolhiam-lhe os pensamentos e especificavam-lhe as necessidades, oferecendo a solução possível aos pedidos feitos. Enquanto cultos companheiros de fé ensinavam o caminho da pacificação interior, sob a inspiração dos mentores espirituais, Ambrosina, sob o comando de instrutores que se revezavam no serviço assistencial, psicografava sem descanso. Que significava aquela faixa azulínea entre Gabriel e a médium? Aulus elucidou: “O desenvolvimento mais amplo das faculdades medianímicas exige essa providência. Ouvindo e vendo, no quadro de vibrações que transcendem o campo sensório comum, Ambrosina não pode estar à mercê de todas as solicitações da esfera espiritual, sob pena de perder o seu equilíbrio. Quando o médium se evidencia no serviço do bem, pela boa vontade, pelo estudo e pela compreensão das responsabilidades de que se encontra investido, recebe apoio mais imediato de amigo espiritual experiente e sábio, que passa a guiar-lhe a peregrinação na Terra, governando-lhe as forças. No caso presente, Gabriel é o perfeito controlador das energias de nossa amiga, que só estabelece contacto com o plano espiritual de conformidade com a supervisão dele.” Assim, para efetuar-se uma comunicação por intermédio dela, era indispensável sintonizar com ela e o instrutor, ao mesmo tempo. “Um mandato mediúnico – aditou Aulus – reclama ordem, segurança, eficiência. Uma delegação de autoridade  humana envolve concessão de recursos da parte de quem outorga. Não se pedirá cooperação sistemática do médium, sem oferecer-lhe as necessárias garantias.” Aquilo dificultaria o processo de intercâmbio? “De modo algum”, esclareceu Aulus. O próprio Gabriel se incumbia de facilitar tudo, ajudando tanto aos comunicantes quanto à médium. ( Cap.16, págs. 154 a 156.) (Continua no próximo número.)





 


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