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Joias da poesia contemporânea
Ano 4 - N° 184 - 14 de Novembro de 2010
 
 

Cigarra morta 

Cármen Cinira 

 

Chamam-me agora aí

Cigarra morta,

E não podia haver melhor definição,

Porque caí estonteada à porta

Do castelo em ruínas,

Do desencanto e da desilusão!...

 

Minhas futilidades pequeninas...

Meus grandes desenganos...

Eu mesma inda não sei

Se é ventura morrer na flor dos anos...

Sei apenas que choro

O tempo que perdi,

Cantando em demasia a carne inutilmente;

E vivo aqui, somente,

De quanto idealizei

De belo, de perfeito, grande e santo,

Que inda hei de realizar

Com a rima do meu verso e a gota do meu pranto.

 

Dá-me força, Senhor,

Para concretizar meu anseio de amor:

Evita-me a saudade

Da minha improdutiva mocidade!

 

Eu não quero sentir,

Como cigarra que era,

A falta das canículas doiradas

Sob a luz de ridente primavera.

Já que tombei cansada de cantar,

Calando amargamente,

Perdoa, Deus de Amor, o meu pecado:

Que eu olvide a cigarra do passado,

Para ser uma abelha previdente.

 

 

Cármen Cinira, nome literário de Cinira do Carmo Bordini Car­doso, nasceu no Rio de Janeiro em 1902, e fa­leceu em 30 de agosto de 1933. Sua esponta­neidade poética era tão grande que ela própria acreditava serem os seus versos de origem mediú­nica. O poema acima integra o Parnaso de Além-Túmulo, obra psicografada pelo médium Chico Xavier.
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita