Acidente com os
mineiros? Em
nosso país
não é diferente
Nos últimos dias
a atenção do
mundo esteve
voltada para o
resgate dos
mineiros
chilenos.
Felizmente a
história teve um
final feliz. O
presidente do
Chile, Sebastián
Piñera, afirmou
que os mineiros
não mais
trabalharão sem
as condições de
segurança
necessárias.
Será? Tomara
seja verdade do
político.
A propósito,
trabalhar em
condições
inadequadas
não é “privilégio” apenas
dos mineiros
chilenos.
Há infindável
número de
trabalhadores
espalhados por
esse mundo de
Deus que ignoram
qualquer
equipamento de
proteção ou
coisa parecida.
São vítimas da
ignorância e do
descaso.
Muita gente
lamentavelmente
passa “dessa
para melhor” em
pleno desempenho
de sua atividade
profissional.
Aliás, as
condições
inadequadas de
trabalho são um
dos muitos
problemas
relegados a
segundo plano
pela sociedade.
Se formos focar
a questão em
nosso Brasil, os
números serão
catastróficos:
mais de 700 mil
acidentes por
ano e
aproximadamente
3.000 óbitos.
Ocupamos os
incômodos
primeiros
lugares no
ranking mundial
quando o quesito
é acidente de
trabalho.
Políticos
indiferentes à
segurança do
trabalhador,
empresas que
preferem “fechar
os olhos” a
oferecer
material
adequado ao
funcionário e
trabalhadores
negligentes com
relação à sua
própria vida
desenham um
cenário trágico
de
desdobramentos
dolorosos,
principalmente
para a família
que enfrenta a
perda de um ente
querido no
cumprimento do
dever
profissional.
Mortes que
poderiam ser
evitadas, porém
não são pela
famigerada
indiferença
humana
alimentada pela
ganância
criminosa em
economizar
alguns tostões.
Tostões estes,
porém, que se
transformam em
prejuízos
incalculáveis e
que são pagos
pela sociedade.
A negligência ou
desatenção, seja
do trabalhador
ou do
empresário,
impõe perdas
significativas,
tais como:
salário pago ao
trabalhador
acidentado, a
paralisação do
setor e da
produção,
comoção do grupo
pelo acidente e
também despesas
referentes a
atendimento
médico de
urgência, além
de uma
infinidade de
outras perdas.
Entretanto,
esses danos são
irrisórios se
considerarmos
que muitos
desses acidentes
transformam
sumariamente o
trabalhador em
“alma penada”.
Quanto vale uma
vida? Impossível
mensurar em
números e
planilhas. O que
deve ser feito
para que se
evite tamanho
desastre? O
governo
fiscalizar, o
empresário
oferecer os
equipamentos de
proteção
individual e ou
coletiva, além,
obviamente, de
condições dignas
e adequadas para
os trabalhadores
e, naturalmente,
os funcionários
tomarem ciência
de que é preciso
cuidar de sua
segurança, não
oferecendo
restrições
quanto à
utilização dos
equipamentos de
proteção
individual e
coletiva.
Pura
conscientização!
E por falar em
conscientização
notamos a
necessidade
urgente da
divulgação das
lições que
ensina o
Espiritismo,
porque ele – o
Espiritismo -
atua de forma a
conscientizar as
mentes e, por
conseguinte, a
extirpar a
indiferença e
negligência em
que norteiam as
ações de uma
humanidade ainda
carente de
valores éticos e
de respeito ao
próximo.
É o próprio
Codificador que
define com
clareza o
objetivo
principal do
Espiritismo. Em
artigo publicado
na Revista
Espírita de
agosto de 1865,
Kardec afirma:
“... o
Espiritismo
tende para a
regeneração da
Humanidade, este
é um fato
adquirido. Ora,
esta regeneração
não podendo se
operar senão
pelo progresso
moral, disto
resulta que seu
objetivo
essencial,
providencial, é
a melhoria de
cada um...”.
Conscientizando-nos,
melhoraremos
como indivíduos
e, melhorando
individualmente,
logo surgem os
reflexos na
coletividade,
extirpando,
pois, os
acidentes de
trabalho que,
não raro, são
oriundos da
negligência e do
descaso.
Por isso, toda a
comoção causada
com o resgate
dos
trabalhadores
chilenos deve
servir para
reflexão: é
preciso cuidar
da segurança dos
trabalhadores,
oferecer
condições
adequadas para o
desempenho da
atividade
profissional,
ministrar cursos
de segurança e,
claro, exigir do
trabalhador a
utilização dos
equipamentos de
proteção.
Adotadas todas
as medidas
preventivas,
podemos não
evitar todos os
acidentes, mas
certamente
iremos
contribuir para
que o Brasil
deixe de ser um
dos campeões no
quesito acidente
de trabalho.
Repetindo: pura
conscientização!