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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 186 - 28 de Novembro de 2010

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)

 

Precisamos meditar e orar!


Há momentos em que precisamos nos recolher para meditar com sinceros propósitos de analisar os acontecimentos à nossa volta, para que consigamos encontrar uma solução equilibrada e decente para enfrentá-los e resolvê-los. Justamente aí, se nos apresenta sublime oportunidade de reflexão e análise das diversas formas que temos para enfrentar os problemas com maior maturidade, pois, em meditando com calma, orando com fé e solicitando a inspiração dos Amigos do Além, certamente obteremos a necessária ajuda para então procedermos no trabalho de resolução das questões pendentes. 

Claro que os Espíritos Amigos não estarão fazendo o que nos compete realizar, mas estarão nos dando a devida inspiração, e, também, intuindo outras pessoas, de forma a nos ajudarem para que tudo possa ser resolvido da melhor forma para todos os envolvidos. 

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, os Emissários Celestes nos instruem de forma bem clara e simples sobre o assunto, conforme segue: 

“11. Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe ideias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações”. ¹ 

Pelo exposto, podemos facilmente compreender que não estamos entregues à própria sorte como muitos ainda pensam. Teremos a necessária ajuda sempre que solicitarmos com toda fé em alcançá-la, meditando e orando com humildade de quem sabe que nada é capaz sem a permissão de Deus, nosso Pai e Criador, só precisamos atentar para o fato de que os Espíritos Amigos só fazem o que lhes é permitido fazer, deixando ao solicitante a decisão de seguir ou não as inspirações que lhes chegarem, respeitando o livre-arbítrio de cada criatura, conforme segue. 

(...) Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta. Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio. Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para nos não subjugar a vontade. O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não. Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal. É isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem, sobretudo, aplicar estas palavras: "Pedi e obtereis". 2 

Que possamos ter a necessária tranquilidade nos momentos de aflições e dificuldades, para buscarmos as melhores inspirações dos bons Amigos Celestes, através da concentração e da prece, para que possamos encontrar nas horas em que precisarmos a melhor solução para nossas necessidades.

 

Fontes:

1) O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXVII – item 11.

2) Idem, idem. Cap. XXVII – item 12.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita