JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
Minas Gerais
(Brasil)
A Igreja quis
ser católica,
mas só os seus
fiéis é que o
são
O termo católico
vem do grego
“katholikós”
(universal). A
Igreja Católica
o adotou na sua
identificação. E
é também
católico quem
obedece ao papa
e tem-no como
autoridade
religiosa
máxima. Nesse
sentido, até que
a Igreja tem
sido meio
católica. Para
que ela fosse
mesmo católica,
ela teria que
estar presente
em todo o mundo,
mas não só para
inglês ver, com
exceção do
Ocidente Latino.
Com sua
mentalidade
atrasada do
passado, como
era em geral a
de toda a
humanidade, a
Igreja, que
queria ser
católica, pensou
em conquistar
todo o mundo,
mesmo que fosse
por meios
extraevangélicos.
E, assim, embora
bem-intencionada,
ela partiu com o
seu objetivo de
buscar
“catolizar-se” a
qualquer preço.
E o resultado
foi que ela
ficou no meio do
caminho, como
ficaram também
as outras
igrejas
dissidentes
dela, apesar de
que, hoje, com a
evolução da
humanidade, elas
não recorrem
mais à força
para conquistar
novos adeptos.
O Cristianismo
tem tudo para o
indivíduo
encontrar-se com
Deus,
libertando-se
dos sofrimentos
e podendo
chegar, um dia,
à felicidade
plena. Mas ele
preocupou-se
muito foi com a
instituição de
certas doutrinas
polêmicas, que
dividem os
próprios
cristãos, e
práticas
ritualísticas,
que em nada
ajudam as
pessoas a
evoluírem e a
concretizarem
realmente a sua
libertação, como
acontece com as
religiões
orientais e o
Espiritismo.
Foram essas
doutrinas
polêmicas que
impediram a
Igreja de se “catolizar”.
E todas as
igrejas cristãs
envolvidas com
essas doutrinas
estão também
hoje meio
perdidas.
Somente com
reformas gerais
em suas
estruturas
filosófico-teológicas,
com uma exegese
bíblica
racional, sem os
abusos da
literalice e
alegorias, e com
o abandono de
doutrinas
fantasiosas e
mitológicas é
que elas poderão
voltar a trilhar
o caminho do
verdadeiro
Cristianismo.
As palavras
grega e latina
“pistia” e
“fides”
significam não
apenas fé, mas
também
fidelidade. Por
que, pois, não
se troca a fé
paulina em Jesus
pela fidelidade
evangélica a
Jesus, já que
crer em Jesus
até o diabo crê?
Falo mais da
Igreja Católica,
porque ela é a
mais velha e a
mais importante.
Ademais, ela é
que criou a
maior parte das
doutrinas
polêmicas. E
quem sabe, se a
sua teologia
tivesse menos
doutrinas dos
livros bíblicos
canônicos na
Vulgata Latina
de São Jerônimo,
e mais dos
livros bíblicos
apócrifos, que
ele recusou, o
Cristianismo não
seria
hoje mais
verdadeiro?
Recomendo o
livro da Bíblia
apócrifa “O
Evangelho de
Tomé – o Elo
Perdido”, de
José Lázaro
Boberg, Ed.
Chico Xavier.
Os fiéis da
Igreja até que
têm sido
católicos ou
universais, pois
vão às missas,
aos templos
evangélicos,
budistas,
hinduístas,
centros
espíritas, aos
núcleos da
Seicho-No-Ie,
aos terreiros de
Umbanda e
Candomblé, às
sinagogas
judaicas, às
igrejas da
Igreja Católica
Brasileira, às
da Igreja
Messiânica, às
mesquitas
islâmicas, às
lojas maçônicas
etc. Mas as
autoridades
católicas não
são nada
católicas!
Estaria o
Catolicismo
renascendo lá de
baixo? O certo é
que algo não
está bem com a
Igreja. Por que
os católicos,
como acabamos de
ver, e
principalmente
os mais cultos,
não se
satisfazem com
apenas a sua
religião?
Desejamos que a
Igreja renuncie
aos seus
exageros
teológicos
exclusivistas,
tornando-se,
assim,
verdadeiramente
católica, como
já o estão sendo
seus fiéis, que
buscam o que
preconizou o
Nazareno, ou
seja, um só
rebanho e um só
pastor!