WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, São Paulo (Brasil)
Planejamento
estratégico
do
centro espírita
Somos frutos do
mais fantástico
Planejamento
Estratégico
elaborado pelo
Criador. Somos
filhos de Deus,
o perfeito
Administrador do
Universo.
O Pai não falha
em seus
propósitos e por
isso estamos
consagrados a
alcançar o
objetivo que
Deus planejou
para nós: a
perfeição
relativa.
Percebeu o
leitor que
comentamos sobre
Planejamento
Estratégico
(PE)?
Mas, saindo do
divino e abrindo
as portas do
humano, vejamos
a interessante
definição de
Planejamento
Estratégico do
notável Peter Drucker: Planejamento
Estratégico é um
processo
contínuo,
sistemático,
organizado e
capaz de prever
o futuro, de
maneira a tomar
decisões que
minimizem
riscos.
Interessante que
o admirável
Peter Drucker em
sua obra
Introdução à
Administração
também define o
que não é
Planejamento
Estratégico.
Vejamos algumas
de suas
considerações
sobre o tema:
Planejamento
estratégico não
é uma caixa de
mágicas nem um
amontoado de
técnicas;
quantificar não
é planejar;
Não é previsão –
ele se faz
necessário por
não se ter a
capacidade de
prever;
Não opera com
decisões
futuras. Ele
opera com o que
há de futuro nas
decisões
presentes;
Ele não é uma
tentativa de
eliminar o
risco. É
fundamental que
os riscos
assumidos sejam
os riscos
certos.
Esclarecedor,
não é mesmo?
O mais bacana de
tudo isso é que
o PE não está
apenas ligado ao
mundo
corporativo. Ele
pode ser
aplicado às
demais
instituições,
tenham ou não
fins lucrativos.
Em face disso
fica fácil
entender que o
centro espírita
pode, também,
apoderar-se do
PE para traçar
as tarefas que
vai realizar.
Já comentamos em
outros artigos
sobre o
diagnóstico da
casa espírita e
a relevância de
identificar seus
pontos fortes e
fracos, ameaças
e oportunidades.
Pois bem, agora
vamos elaborar o
Planejamento
Estratégico do
centro espírita
para que suas
atividades
tenham maiores
chances de
sucesso. No
entanto, fica
obviamente o
questionamento:
Como planejar
estrategicamente
o centro
espírita?
Partindo dos
conceitos do
admirável Peter
Drucker de que
PE é um ato
contínuo e
sistemático,
vamos aplicá-lo,
pois, na casa
espírita.
Naturalmente é
preciso
questionar: Qual
a atividade que
queremos
planejar?
Primeiro passo é
identificar uma
necessidade.
Pois bem:
identificamos
que há um grande
interesse pela
população em
temas como
reencarnação e
comunicação dos
Espíritos, por
exemplo. Beleza!
Esse produto é
nosso. O
Espiritismo
explica de forma
cristalina essas
duas teses. E
melhor: não
engana o
“consumidor”,
mostra o produto
verdadeiro, a
reencarnação
como ela é e
também a melhor
maneira de
exercitar a
comunicação
entre encarnados
e desencarnados.
A partir disso
vamos elaborar
um Planejamento
Estratégico para
suprir essa
necessidade do
público que
anseia saber
mais sobre o
assunto.
Obviamente que
não teremos o
mesmo êxito de
esclarecer as
pessoas se
privarmos as
nossas ações de
um planejamento
estratégico, ou
seja, um ato
sistemático e
contínuo de
refletir no que
iremos realizar.
Por isso é
importante
indagar:
Onde queremos
chegar?
Obviamente a
resposta a esta
pergunta dará as
diretrizes.
Nesse caso, a
resposta é:
Esclarecer o
público. Depois,
tornamos a
indagar: Como,
então, fazer
isso? Um exemplo
nesse tocante é
elaborar ações
que deixem o
centro espírita
mais atrativo,
convidativo para
público não
espírita.
Passemos para a
narrativa de um
fato que jogará
luzes no que
abordamos.
Na cidade onde
resido, Bauru,
interior de SP,
há um exemplo
clássico de ação
nesse sentido.
Todos os anos no
mês de novembro,
o renomado
orador espírita
Richard
Simonetti
realiza no
Centro Espírita
Amor e Caridade
sua palestra
“Quem tem medo
da morte”, do
livro homônimo.
Nem é preciso
dizer que o
centro nessas
ocasiões
torna-se um
abrigo
aconchegante,
principalmente
para os não
espíritas.
Eles - o público
que não se diz
espírita –
comparecem em
massa. Os
coordenadores da
casa
identificaram a
necessidade do
público,
planejaram a
ação e
alcançaram o
objetivo de
consolar os
inúmeros
corações aflitos
abalados pela
partida do ente
querido. Eles
operaram com os
olhos no futuro
contando com as
ferramentas do
presente.
Identificaram
uma necessidade
e planejaram as
ações.
Outra atividade
desenvolvida no
centro espírita
que pode ter o
Planejamento
Estratégico é a
formação de
expositores
espíritas.
Compartilharei
com vocês mais
um caso de
Bauru. Alguns
integrantes da
USE
Intermunicipal
Bauru
identificaram ao
mesmo tempo o
interesse dos
colaboradores
espíritas pela
oratória e a
dificuldade que
algumas casas
enfrentam para
ter expositores
espíritas. O que
fizeram?
Organizaram de
forma
sistemática um
processo
contínuo com os
olhos no
futuro objetivando
minimizar os
riscos de que as
casas espíritas
tornem-se
cemitérios de
expositores.
Surgiu,
portanto, o
curso “Falando
com Amor”, com o
intuito de
formar
expositores
espíritas para
suprir essas
duas
necessidades:
interesse pela
oratória e
dificuldade em
encontrar
expositores.
Hoje, o “Falando
com Amor” já
exporta
expositores
formados em suas
fileiras não
apenas para os
centros
espíritas de
Bauru, mas,
também, para
diversas cidades
da região.
Utilizaram muito
bem o
Planejamento
Estratégico.
Os organizadores
do “Falando com
Amor” não
quantificaram,
não fizeram
mágicas
tampouco,
utilizaram um
amontoado de
técnicas. Eles
simplesmente
planejaram as
suas ações.
Identificaram a
necessidade,
formaram o
grupo,
desenvolveram o
que deveriam
abordar e por
isso a equipe
vem obtendo
expressivos
resultados.
Mas ainda assim
não podemos
esquecer esse
questionamento:
Existirão riscos
de não obtermos
sucesso naquilo
que viermos a
planejar? Óbvio
que sim.
Todavia,
planejar
equivale a
minimizar tanto
quanto possível
os riscos que
vamos correr.
Fácil concluir
que quando
planejamos
nossas chances
de sucesso
crescem
consideravelmente.
Para nossos
estudos trago
outro caso.
Lembro-me de que
determinada casa
espírita decidiu
implantar o
trabalho de
evangelização
espírita em suas
fileiras de
atividades. Uma
das
colaboradoras,
sem qualquer
traquejo para
lidar com os
jovens foi
“convocada” à
importante
missão naquela
velha história
do “Vai que dá”.
Entretanto, não
obstante a sua
boa vontade
faltava-lhe
capacidade para
coordenar
atividades como
as de
evangelização
infantil. Suas
habilidades eram
bem outras. O
resultado
certamente você
já sabe, não é
mesmo? Insucesso
e evangelização
interrompida.
Onde eles
erraram?
Justamente, não
realizaram o
planejamento
estratégico,
foram fazendo na
base da chamada
boa vontade sem
qualificar o
trabalhador. Boa
vontade é
importante,
todavia, é
apenas uma face
da moeda, à
outra face damos
o nome de
planejamento.
Portanto, para
que minimizemos
as chances de
incorrermos em
equívocos nas
atividades do
centro espírita,
que tal
começarmos a
planejar as
atividades que
vamos
desenvolver?
Sempre é tempo
de começar,
realizar,
aprender. Não
deixemos, pois,
de recorrer às
ferramentas que
o conhecimento
humano
proporciona para
a obtenção do
sucesso nas
iniciativas
desenvolvidas na
casa espírita.
Lembremos sempre
que o
conhecimento,
seja da área que
for, nunca deve
ser
discriminado,
pois é presente
de Deus para que
alcancemos o
objetivo
primordial da
caminhada: o
sucesso, que
podemos traduzir
em diversas
palavras:
evolução,
progresso,
crescimento.
Para isso, pois,
é preciso
planejar!