Produzir para o bem
O Evangelho de João (15:
4) registra as seguintes
palavras de Jesus:
“Permanecei em mim e eu
permanecerei em vós.
Como não pode o ramo
produzir fruto de si
mesmo se não permanecer
na videira, assim nem
vós o podeis dar se não
permanecerdes em mim”.
Tudo produz, até os
elementos considerados
desprezíveis. Como
explica Emmanuel, na
lição 103 (Produzimos)
do livro
Palavras de Vida Eterna (editado
pela Comunhão Espírita
Cristã, Uberaba – MG),
“Pedras produzem
aspereza. Espinhos
produzem lacerações.
Lama produz sujidade.
Martelo produz golpe”.
Cada um produz de acordo
com aquilo que o
inspira. Por isso cabe a
nós, aprendizes e
praticantes das lições
imorredouras do
Evangelho de Jesus,
produzirmos para o bem.
Assim, os elementos que
citamos são, em nossas
mãos, transformados em
instrumentos valiosos.
“Pedras ajudam nas
construções, espinhos de
natureza técnica podem
colaborar no serviço
cirúrgico, lama
devidamente tratada é
terra de sementeira, e
martelo controlado é
auxiliar prestimoso”.
Se observarmos o nosso dia-a-dia,
verificaremos que até os
seres mais desprezíveis
da sociedade produzem:
“O delinquente produz o
desequilíbrio. O viciado
produz o desregramento.
O preguiçoso produz a
miséria. O pessimista
produz o desânimo”.
Enfim, cada um produz de
acordo com aquilo a que
se apega. Assim sendo,
os que seguem os bons
caminhos produzem as
benesses que levam ao
bem comum e ao bem-estar
da sociedade.
Homens de bem, sociedade
justa. É possível, mesmo
num planeta de provas e
expiações como o nosso,
construir canteiros de
paz. A felicidade está
onde a colocamos. “A
felicidade é um fato
desde que a procuremos
onde realmente ela está,
isto é, em nós mesmos”,
diz Pedro de Camargo
(Vinícius), no capítulo Felicidade,
do livro Em
Torno do Mestre (FEB).
“... Eu vim para que
tenham vida, e a tenham
com abundância”, disse
Jesus, em palavras que
estão registradas no
Evangelho de João
(10:10). A verdadeira
vida, diz Vinícius, é
cheia de alegria. “A
alegria de viver nasce
do otimismo, o otimismo
nasce da fé. Sem fé
ninguém pode ser feliz.
Sem fé e sem amor não há
felicidade”.
O capítulo 17 (Sede
Perfeitos) de
O Evangelho segundo o
Espiritismo indica-nos o
modelo do homem de bem,
aquele que “cumpre a lei
da justiça, de amor e de
caridade, na sua maior
pureza. Se ele interroga
a consciência sobre seus
próprios atos, a si
mesmo perguntará se
violou essa
lei, se não praticou o
mal, se fez todo o bem
que podia, se
desprezou
voluntariamente alguma
ocasião de ser útil, se
ninguém tem qualquer
queixa dele; enfim, se
fez a outrem tudo o que
desejara lhe fizesse”.
Só chegaremos a este
estágio através da
educação, do
conhecimento, da
instrução.
Recorramos a Vinícius,
mais uma vez:
“Sendo a felicidade
resultante de uma série
de conquistas, é, por
isso mesmo, obra de
educação. Através da
autoeducação de nosso
Espírito, lograremos
paulatinamente a
felicidade verdadeira. O
reino de Deus – que é o
do amor, da justiça e da
liberdade – está dentro
de nós, disse Jesus com
o peso de sua
autoridade. Descobri-lo,
torná-lo efetivo, firmar
em nós o império desse
reino, vencendo os
obstáculos e os
embaraços que se lhe
opõem – tal é a
felicidade”.