A Revue Spirite
de 1868
Allan Kardec
(Parte
3)
Continuamos a apresentar
o
estudo da Revue
Spirite
correspondente ao ano de
1868. O texto condensado
do volume citado será
aqui apresentado com base na
tradução de Júlio Abreu
Filho publicada pela EDICEL.
Questões preliminares
A. Qual é, no
Espiritismo, o sentido
da palavra messias?
Segundo Kardec, a
palavra messias é
empregada pelo
Espiritismo na sua
acepção literal de
mensageiro, enviado,
abstração feita da ideia
de redenção e de
mistério, própria dos
cultos cristãos. Para o
Espiritismo, todo
Espírito encarnado para
cumprir uma missão
especial junto à
Humanidade é um messias,
na acepção geral da
palavra, ou seja, um
missionário ou enviado,
com a diferença que o
vocábulo messias implica
de modo mais particular
a ideia de uma missão
direta da Divindade, de
onde se segue que há uma
distinção a fazer entre
os messias propriamente
ditos e os simples
missionários. A vinda
deles não será marcada
por nenhum prodígio.
Nada os assinalará à
atenção pública, senão a
grandeza de suas obras,
a sublimidade de suas
virtudes e a parte ativa
e fecunda que tomarão na
fundação da nova ordem
de coisas.
(Revue Spirite de 1868,
pp. 68 e 69.)
B. Quem serão, então, os
messias do Espiritismo?
Os messias do
Espiritismo serão os
grandes homens entre os
homens, os grandes
Espíritos entre os
Espíritos. Quantos serão
eles? Só Deus o sabe.
Ninguém saberá em que
família e em que lugar
eles nascerão. Nenhum
anjo virá anunciar a sua
vinda. E ao lado deles,
dos messias propriamente
ditos, Espíritos
superiores
encarnar-se-ão com
missões especiais para
os secundar, nascendo em
todas as classes, em
todas as posições
sociais, em todas as
seitas e em todos os
povos. É, sobretudo, o
século 20 que verá
florescerem grandes
apóstolos do Espiritismo
e por isso poderá ser
chamado o século dos
messias.
(Obra citada, pp. 69 a
71.)
C. No tocante às
enfermidades em geral,
como entender as curas
instantâneas?
Diz Kardec que duas
afecções que apresentam,
na aparência, sintomas
idênticos podem resultar
de causas diferentes.
Uma pode decorrer da
alteração das moléculas
orgânicas e neste caso é
preciso reparar,
substituir as moléculas
deterioradas. A outra
afecção pode ter origem
na infiltração nos
órgãos sãos de um fluido
mau, que os perturba.
Neste caso não se trata
de reparar mas de
expulsar. Os dois casos
requerem, no fluido
curador, qualidades
diferentes. No primeiro
é preciso um fluido mais
suave que violento, rico
em princípios
reparadores. No segundo,
um fluido enérgico, mais
próprio à expulsão do
que à reparação. Em
resumo, quando o mal
exige a reparação de
órgãos alterados,
necessariamente a cura é
lenta e requer uma ação
contínua e um fluido de
qualidade especial;
quando se trata da
expulsão de um mau
fluido, ela pode ser
rápida e, mesmo,
instantânea.
(Obra citada, pp. 88 a
90.)
Texto para leitura
29. A
identificação dos novos
messias não se torna
difícil se levarmos em
conta os ensinamentos
contidos no cap. 21 de
O Evangelho segundo o
Espiritismo. Diz o
bom senso que Deus não
pode escolher seus
messias entre os
Espíritos vulgares, mas
entre os que sabe
capazes de realizar seus
desígnios. Na primeira
linha das qualidades
morais que distinguem o
verdadeiro missionário,
ou messias, há que
colocar a humildade
sincera, o devotamento
sem limites, o
desinteresse material e
moral absoluto e a
abnegação da
personalidade. Assim
como se reconhece a
árvore por seus frutos,
reconhecer-se-ão os
verdadeiros messias por
suas obras, e não por
suas pretensões.
(Págs. 67 e 68.)
30. Algumas pessoas,
lembra Kardec, temeram
que a qualificação de
messias espalhasse sobre
a doutrina espírita um
verniz de misticismo.
Ora, a palavra messias é
empregada pelo
Espiritismo na sua
acepção literal de
mensageiro, enviado,
abstração feita da ideia
de redenção e de
mistério, própria dos
cultos cristãos. Para o
Espiritismo, todo
Espírito encarnado para
cumprir uma missão
especial junto à
Humanidade é um messias,
na acepção geral da
palavra, ou seja, um
missionário ou enviado,
com a diferença que o
vocábulo messias implica
de modo mais particular
a ideia de uma missão
direta da Divindade, de
onde se segue que há uma
distinção a fazer entre
os messias propriamente
ditos e os simples
missionários. A vinda
deles não será marcada
por nenhum prodígio.
Nada os assinalará à
atenção pública, senão a
grandeza de suas obras,
a sublimidade de suas
virtudes e a parte ativa
e fecunda que tomarão na
fundação da nova ordem
de coisas. (Págs. 68
e 69.)
31. Assim serão os
messias do Espiritismo:
grandes homens entre os
homens, grandes
Espíritos entre os
Espíritos. Quantos
serão? Só Deus o sabe.
Ninguém saberá em que
família e em que lugar
eles nascerão. Nenhum
anjo virá anunciar a sua
vinda. E ao lado deles,
dos messias propriamente
ditos, Espíritos
superiores
encarnar-se-ão com
missões especiais para
os secundar, nascendo em
todas as classes, em
todas as posições
sociais, em todas as
seitas e em todos os
povos. É, sobretudo, o
século 20 que verá
florescerem grandes
apóstolos do Espiritismo
e por isso poderá ser
chamado o século dos
messias. (Págs. 69 a
71.)
32. A
biblioteca imperial de
São Petersburgo publicou
em 1858 uma coletânea de
cartas inéditas escritas
pelo célebre
fisionomista Lavater à
Imperatriz Maria, da
Rússia, esposa de Paulo
I e avó do Imperador
reinante. Enviadas de
Zurique, as cartas, em
número de seis, foram
escritas de 1796 a 1798.
(Págs. 71 a 80.)
33. Foi a pedido da
Imperatriz Maria e de
seu esposo Paulo I que
Lavater enviou as
citadas cartas, cujo tom
prova que ele se dirigia
a pessoas convictas das
ideias que anteciparam
em sessenta anos os
ensinamentos espíritas.
Manifestando-se
espontaneamente a 7 de
fevereiro de 1868, na
Sociedade Espírita de
Paris, o Espírito de
Paulo I disse que
Lavater os iniciara na
sublime doutrina e suas
cartas eram por eles
esperadas com ansiedade
febril. “Todas essas
questões, hoje
causticantes, nós as
aceitamos há sessenta
anos”, informou Paulo I,
acrescentando que a
Imperatriz Maria gozava
da faculdade de ver e
ouvir os Espíritos.
(Págs. 80 a 82.)
34. Um caso relatado
pelo Dr. Champneuf,
correspondente da
Revue em
Maine-et-Loire, comprova
que os Espíritos não se
despojam imediatamente
de seu caráter ao
entrarem no mundo
espiritual. O
correspondente cita
alguns fatos produzidos
por um Espírito chamado
Flageolet, autor de
várias traquinagens na
casa de um de seus
irmãos. Desencarnado em
idade avançada,
Flageolet revelava com
suas travessuras o
caráter de uma criança,
próprio do
desenvolvimento moral
que atingira. Comentando
o fato, Kardec diz que,
sem dúvida, Flageolet
pertencia à categoria de
Espíritos ainda
crianças, mais levianos
que maus; mas o meio
sério no qual se
manifestava e o contato
com homens esclarecidos
concorreriam para o
amadurecimento de suas
ideias e o seu
progresso. (Págs. 82
a 84.)
35. No artigo “Ensaio
teórico das curas
instantâneas”, Kardec
tece várias
considerações que
adiante resumimos: I –
De todos os fenômenos
espíritas, um dos mais
extraordinários é o das
curas instantâneas.
Pergunta-se então: Como
o fluido pode operar uma
transformação súbita no
organismo? E mais: Por
que o indivíduo que
possui essa faculdade
não tem acesso sobre
todos os que são
atingidos pela mesma
moléstia? II – A
explicação seguinte,
deduzida das indicações
fornecidas por um médium
em sonambulismo
espontâneo, parece jogar
luz nova sobre a
questão, mas, adverte
Kardec, “não a damos
como absoluta”, e sim a
título de hipótese e
como forma de estudo.
III – Na medicação
terapêutica são
necessários remédios
apropriados ao mal; eis
por que não existe um
remédio universal.
Ocorre a mesma coisa com
o fluido curador,
verdadeiro agente
terapêutico, cujas
qualidades variam
conforme o temperamento
físico e moral dos
indivíduos que o
transmitem. IV – A cura
depende, pois, em
princípio, da adequação
das qualidades do fluido
à natureza e à causa do
mal, o que muitos não
compreendem. Além disso,
existe uma outra causa,
inteiramente moral, que
nos é revelada pelo
Espiritismo: a maioria
das moléstias, como
todas as misérias
humanas, são expiação do
presente ou do passado,
ou provações para o
futuro, cujas
consequências devem ser
sofridas, até que tenham
sido resgatadas.
(Págs. 84 a 86.)
36. Na sequência do
artigo, o Codificador
assevera: I –
Consideradas do ponto de
vista fisiológico, as
doenças têm duas causas.
É da diferença destas
duas causas que ressalta
a possibilidade das
curas instantâneas em
alguns casos, e não em
todos. II – Certas
doenças têm sua causa
original na alteração
dos tecidos orgânicos;
aliás essa é a única
admitida pela ciência.
Como, para a remediar,
ela só conhece as
substâncias
medicamentosas
tangíveis, não
compreende a ação de um
fluido impalpável, tendo
a vontade como
propulsor. A cura pelo
magnetismo prova, no
entanto, que essa ação
não é uma mera ilusão.
III - Na cura das
moléstias dessa
natureza, pela ação
fluídica, ocorre
substituição das
moléculas orgânicas
mórbidas por moléculas
sadias. A substância
fluídica produz um
efeito análogo ao da
substância
medicamentosa, com a
diferença de que, sendo
maior a sua penetração,
em razão da tenuidade de
seus princípios
constitutivos, age mais
diretamente sobre as
moléculas primeiras do
organismo do que o podem
fazer as moléculas mais
grosseiras das
substâncias materiais.
Além disso, suas
qualidades são
modificáveis pelo
pensamento, enquanto as
da matéria são fixas e
invariáveis. IV – Tal é,
em tese, o princípio
sobre o qual repousam os
tratamentos magnéticos.
A ação dos remédios
homeopatas em doses
infinitesimais baseia-se
no mesmo princípio: a
substância
medicamentosa, levada
por sua divisão ao
estado atômico, adquire
até certo ponto as
propriedades dos
fluidos, exceto o
princípio anímico, que
existe nos fluidos
animalizados e lhes dá
qualidades especiais. V
– Em resumo: a reparação
da desordem orgânica se
faz pela introdução no
organismo de materiais
sadios, que substituem
materiais deteriorados.
Esses materiais podem
ser fornecidos pelos
medicamentos ordinários
in natura
(medicina tradicional),
pelos mesmos
medicamentos em estado
de divisão (homeopatia)
ou pelo fluido
magnético, que nada mais
é que matéria
espiritualizada. VI –
Trata-se de três modos
de reparação, ou melhor,
de introdução e
assimilação dos
elementos reparadores.
Todos os três estão
igualmente na natureza e
têm sua utilidade,
conforme os casos
especiais, o que explica
por que um tem êxito
onde outro fracassa. VII
– São três ramos da arte
de curar, destinados a
se suplementar e se
completar, conforme as
circunstâncias, mas dos
quais nenhum tem o
direito de se julgar a
panaceia do gênero
humano. Seja qual for, é
fácil compreender que a
substituição molecular,
necessária ao
restabelecimento do
equilíbrio, só se pode
operar gradualmente, e
não por encanto. A cura
não pode deixar de ser
senão o resultado de uma
ação contínua e
perseverante, mais ou
menos longa, conforme a
gravidade dos casos.
VIII – Como explicar,
então, as curas
instantâneas? Para
entender esse fato é
preciso considerar que
certas afecções não têm
como causa primeira a
alteração das moléculas
orgânicas, mas a
presença de algo que as
desagrega e perturba,
como, por exemplo, a
ação de um mau fluido. É
como um relógio novo,
cujas peças se encontrem
em bom estado, mas com o
movimento paralisado ou
desregulado pela poeira.
Não é preciso substituir
nenhuma peça; para
restabelecer a
regularidade do
movimento basta purgar o
relógio do obstáculo que
o impede de funcionar.
IX – Esse é o caso de
grande número de
doenças, cuja origem é
devida aos fluidos
perniciosos de que é
penetrado o organismo.
Para obter a cura, basta
expulsar o corpo
estranho que o incomoda.
Afastada a causa do mal,
o equilíbrio se
restabelece e as funções
retomam o seu curso. X –
Concebe-se que em
semelhantes casos os
medicamentos comuns,
destinados a agir sobre
a matéria, não tenham
eficácia. É por isso que
a medicina ordinária é
inoperante em todas as
doenças causadas por
fluidos viciados, e elas
são numerosas. À matéria
pode opor-se a matéria,
mas a um fluido mau há
que opor um fluido
melhor e mais poderoso.
XI – A medicina
tradicional naturalmente
falha contra os agentes
fluídicos, mas, do mesmo
modo, a medicina
fluídica falha onde
é preciso opor matéria à
matéria. A medicina
homeopática parece ser o
intermediário, o traço
de união entre esses
dois extremos e deve
particularmente ter
êxito nas afecções que
poderiam chamar-se
mistas. (Págs. 86 a
88.)
37. Concluindo o estudo,
Kardec acrescenta: I –
Seja qual for a
pretensão de cada um
destes sistemas à
supremacia, o que há de
positivo é que cada um
de seu lado obtém
incontestáveis sucessos,
mas que, até agora,
nenhum justificou estar
na posse exclusiva da
verdade; de onde há que
concluir que todos eles
têm sua utilidade e que
o essencial é aplicá-los
adequadamente. II – A
causa pela qual o
tratamento por vezes
pode ser instantâneo, ao
passo que em outros
casos exige uma ação
continuada, se deve à
natureza e à origem do
mal. III – Duas afecções
que apresentam, na
aparência, sintomas
idênticos podem resultar
de causas diferentes.
Uma pode decorrer da
alteração das moléculas
orgânicas e neste caso é
preciso reparar,
substituir as moléculas
deterioradas. A outra
afecção pode ter origem
na infiltração nos
órgãos sãos de um fluido
mau, que os perturba.
Neste caso não se trata
de reparar, mas de
expulsar. Os dois casos
requerem, no fluido
curador, qualidades
diferentes. No primeiro
é preciso um fluido mais
suave que violento, rico
em princípios
reparadores. No segundo,
um fluido enérgico, mais
próprio à expulsão do
que à reparação. IV –
Esta teoria pode
resumir-se assim: Quando
o mal exige a reparação
de órgãos alterados,
necessariamente a cura é
lenta e requer uma ação
contínua e um fluido de
qualidade especial;
quando se trata da
expulsão de um mau
fluido, ela pode ser
rápida e, mesmo,
instantânea. V – Para
simplificar a questão
consideramos apenas os
dois pontos extremos,
mas entre os dois há
nuanças infinitas, isto
é, uma multidão de casos
em que as duas causas
existem simultaneamente
em diferentes graus e em
que, por consequência, é
necessário ao mesmo
tempo expulsar e
reparar. A cura só será
completa após a
destruição das duas
causas, e esse é o caso
mais comum. Eis por que
os tratamentos médicos
ordinários necessitam
muitas vezes ser
completados por
tratamento fluídico, e
reciprocamente. VI – A
cura instantânea radical
e definitiva pode ser
considerada como um caso
excepcional, visto que é
raro: 1o –
que a expulsão do mau
fluido seja completa no
primeiro golpe; 2o
– que a causa fluídica
não seja acompanhada de
alguma alteração
orgânica. VII – Enfim,
não podendo os maus
fluidos provir senão de
maus Espíritos, sua
introdução na economia
se liga muitas vezes à
obsessão; do que resulta
que, para obter a cura,
é preciso tratar, ao
mesmo tempo, o doente e
o Espírito obsessor.
VIII – A pessoa cujo
caso motivou o estudo,
inclui-se no rol das
doenças de causa
complexa. Seu organismo
está profundamente
alterado e, ao mesmo
tempo, saturado de
fluidos perniciosos que
a tornam incurável
apenas pela terapêutica
ordinária. Uma
magnetização violenta e
muito enérgica
produziria tão-somente
uma superexcitação
momentânea, logo seguida
de maior prostração.
Ser-lhe-ia necessário
uma magnetização suave,
continuada por muito
tempo, um fluido
reparador penetrante, e
não um fluido que abala,
mas nada repara.
(Págs. 88 a 90.)
38. A
Revue apresenta
uma resenha do livro
Os pensamentos do zuavo
Jacob, um médium que
se notabilizou pelas
curas que por seu
intermédio foram
realizadas na França, ao
tempo de Kardec. Nascido
a 6 de março de 1828 em
Saint-Martin-des-Champs,
Henri Jacob era naquela
oportunidade músico no
regimento dos zuavos da
guarda imperial. Eis
algumas das citações
extraídas do livro: I –
Antes de minha iniciação
à ciência espírita, eu
vivia nas trevas; meu
coração jamais havia
sentido as doçuras da
paz. II – Minhas
palestras com os
Espíritos e seus bons
conselhos encheram-me de
uma fé viva. III –
Sejamos sempre caridosos
e generosos e seremos
sempre assistidos pelos
bons Espíritos. IV –
Sede firmes em vossas
boas resoluções; vivei
sempre numa grande
pureza de alma, e Deus
vos dará o poder de
curar os vossos
semelhantes. V – Quando
quiserdes aliviar um
doente, depois de vossa
prece, ponde vossa mão
sobre o seu coração, e
pedi calorosamente a
Deus o socorro de que
necessitais e, tenho a
convicção, o eflúvio
divino infiltrar-se-á em
vós para aliviar ou
curar vosso irmão que
sofre. (Págs. 90 a
94.)
39. Na seção de livros,
a Revue noticia
também o lançamento da
brochura O
Espiritismo ante a
razão, de Valentin
Tournier. O autor do
opúsculo se propunha
fazer duas conferências
públicas sobre o
Espiritismo, mas, tendo
sido impedido de
fazê-lo, decidiu pôr no
papel as conferências
que não pôde realizar.
(Pág. 94.)
40. O número de março se
encerra com uma
comunicação obtida em
Lyon a 11/3/1867 sobre
uma predição contida no
Apocalipse a respeito da
regeneração da
humanidade. A época
predita, diz a mensagem,
está chegada. Essa
geração não passará sem
que aconteçam grandes
coisas. “Coragem! o que
foi predito pelo Cristo
deve realizar-se”,
assevera o comunicante.
“Perseverai na luta,
sede firmes e desconfiai
das armadilhas que vos
preparam. Ficai ligados
a essa bandeira em que
escrevestes: Fora da
Caridade não há salvação
e depois esperai, porque
aquele que recebeu a
missão de vos regenerar
volta, e ele disse:
Bem-aventurados os que
conhecerem o meu nome!”
(Págs. 94 a 96.)
41. A
Revue de abril
reproduz mais três
cartas enviadas por
Lavater à Imperatriz
Maria, da Rússia, às
quais foram anexadas
pelo missivista duas
comunicações mediúnicas
datadas de 1798.
(Págs. 97 a 106.)
42. Kardec comenta a
predição contida em uma
pequena brochura
intitulada O fim do
mundo em 1911, que
fora espalhada em
profusão na cidade de
Lyon. Às considerações
tiradas da concordância
do estado atual das
coisas com os sinais
precursores anunciados
no Evangelho, o autor
juntou no seu texto,
conforme uma outra
profecia, um cálculo
cabalístico que fixava o
fim do mundo para o ano
de 1911. O fim do mundo
seria precedido pelo
reino do Anticristo,
personagem que teria
nascido em 1855 e
viveria, desse modo, 55
anos e meio. Lembrando
que o fim do mundo havia
sido também predito para
o ano de 1840, o
Codificador analisa em
profundidade essa e
outras questões que
pretendem,
equivocadamente,
assinalar, com base nas
palavras de Jesus, a
destruição física do
planeta. (Págs. 106 a
114.)
(Continua no próximo
número.)