JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
Minas Gerais
(Brasil)
Há teólogos que
fazem
da Bíblia
e da teologia
outros deuses
Só Deus é incriado,
imutável e
permanente. Tudo
o mais é criado,
temporário e
mutável. As
coisas criadas
só são
permanentes
justamente na
sua constante impermanência.
Muito se deve a
essa verdade o
fato de as ideias
religiosas e
políticas
estarem em
constante
transformação.
Hoje, se troca
de religião e de
partido como se
troca de camisa.
E muitas pessoas
têm mais de uma
religião e mais
de um partido.
Os teólogos
cristãos são, às
vezes, idólatras
e politeístas,
dando prioridade
aos assuntos
teológicos
dogmáticos,
endeusando-os
juntamente com a
Bíblia, que foi
criada para o
homem e não o
homem para a
Bíblia. O homem
é, pois,
superior à
Bíblia, que é
apenas um
conjunto de
normas de boa
conduta para o
homem diante de
Deus, de si
próprio e dos
outros homens. A
Bíblia existe
porque existe o
homem. Antes que
ela houvesse, já
havia o homem. E
o valor da
Bíblia é
subjetivo, pois
depende de quem
a aceita.
E porque a
Bíblia foi
escrita por
seres humanos
imperfeitos, ela
contém erros.
Uns dizem que os
homens que a
escreveram foram
inspirados por
Deus. Mas os
seus erros
comprovam que a
sua autoria não
pode ser divina.
Na verdade, ela
foi inspirada
por Espíritos,
que são todos de
Deus. Mas eles
não são
perfeitos,
estando todos
eles, pois,
sujeitos a
errar, tanto os
encarnados de cá
como os
desencarnados de
lá.
Todo Espírito
manifestante na
Bíblia ou fora
dela é um
mensageiro ou
enviado de Deus
ou dos Espíritos
do Projeto de
Deus. (Hebreus
1,14.) Não há
homem justo.
(Eclesiastes
7,20.) Por isso
os Espíritos
santos e justos
desencarnados
manifestantes na
Bíblia são
imperfeitos,
estando, pois,
todos de fato
sujeitos a
erros. Além
disso, um
Espírito santo
ou justo
inspirador dum
texto bíblico
pode ter dito a
verdade para um
profeta (médium
hoje). Mas esse
Espírito santo
poderia ser mal
interpretado
pelo autor
(profeta)
sagrado e
inspirado. E daí
decorrem também
erros bíblicos.
Quando dizemos,
pois, que a
Bíblia é a
palavra de Deus,
não podemos
entender isso
literalmente,
mas apenas que
ela contém
mensagens de
Deus ou dum
Espírito santo
do bem, do
Projeto Divino,
para nós.
Examinemos,
pois, as
Escrituras,
identificando os
Espíritos
manifestantes
nelas e a
interpretação
que se lhes dá.
Observemos o
seguinte
episódio. Um
Espírito maligno
enviado por Deus
atormentava Saul
(1Samuel, l6,
23). Daí São
João nos
recomendar o
exame dos
Espíritos que
profetizam (1
João 4,1). Se
forem maus
(atrasados), não
podemos dar
crédito às suas
falsas
profecias.
O que dissemos
sobre a Bíblia
vale também para
as teologias
impostas pela
força.
E há teologias
tão falidas que
seus teólogos
evitam falar
nelas,
preferindo falar
de política e
outros assuntos,
a falar delas.
Mas o teólogo
pode ser
político, e
vice-versa, pois
religião e
política são
assuntos de
interesse do
grande público
em geral. E,
lamentavelmente,
há até os
fanáticos! E não
é estranha a
oscilação da
preferência, ora
por uma
religião, ora
por um partido
político entre
as pessoas, pois
a liberdade
religiosa e a
democracia
predominam hoje
no mundo.
Ademais, as ideias
religiosas e
políticas estão
em constante
evolução.
Realmente, como
vimos, apenas
Deus é
permanente, além
de Ele ser
superior a todas
as coisas,
inclusive à
Bíblia e às
teologias, e
embora nem
sempre seja essa
a verdade
observada pelos
teólogos!