Aprender e retificar
Não há experiência sem preço.
Tudo na vida corresponde a certo resultado.
Por isso mesmo, conhecemos no mundo o verbo aprender e o verbo retificar.
A escolha determina o trabalho.
O trabalho mede as qualidades do espírito.
Um homem demandará um diploma universitário que lhe confira direito ao exercício nessa ou naquela profissão liberal.
Com semelhante desígnio, porém, não atinge a meta à custa de expectação e votos ardentes.
O programa a concretizar-se requer estudo, com larga despesa de atividade e atenção.
Anos a fio são gastos naturalmente em disciplina, até que a láurea lhe consagre a tarefa.
É isso verdadeiramente aprender.
Mas, se o profissional abusa do título conquistado para ferir os outros, é justo assuma compromissos perante a vida que somente no labor da expiação conseguirá redimir.
Temos aqui o reajuste em ação, compelindo a criatura a genuíno retificar.
Diante do sofrimento, é imperioso esquecer a antiga noção do crime e castigo, porquanto a evolução não aparece na calha da gratuidade.
Refazimento é reequilíbrio.
Toda educação pede renúncia e todo aprimoramento roga serviço.
A paz verdadeira nunca foi prêmio à ociosidade.
Todas as grandes realizações clamam por grandes lutas.
Em razão disso, se é certo que ressarciremos com mais trabalho os benefícios da vida de que estejamos abusando, é preciso saibamos escolher, com determinação e firmeza, o caminho do esforço máximo na exaltação do bem, a fim de que sejamos considerados, perante a Lei, na condição de operários fiéis ao salário da Eterna Luz.
Do cap. 3 do livro Nascer e Renascer, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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