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Crônicas e Artigos

Ano 4 - N° 195 - 6 de Fevereiro de 2011

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)
 

O Espírito preexiste à encarnação?


O evangelista João informa-nos que Jesus existia antes de João Batista: “Após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim”. (Jo, 1-15.)

O citado evangelista colhe depoimento do próprio Jesus, referindo-se à Sua preexistência ao eminente personagem, que foi Abraão. É o que se lê, no capítulo 8, quando os judeus O recriminam, ironizando:

“ (...) Ainda não tens cinquenta anos, e viste a Abraão?” (Jo, 8-57.)

Jesus lhes responde:

“ (...) Antes que Abraão existisse, eu sou”. (Jo, 8-58.)

No capítulo 8 de “O Evangelho segundo João”, Jesus defende sua missão e autoridade, mas os judeus não creram nele.

Diziam que Ele “era do diabo” e “tinha demônio”, e “pegaram em pedras para atirarem nele”. Os argumentos da ignorância, daqueles que abdicam de pensar, de ir além dos estreitos horizontes de mentes infantis, são os mesmos, letra por letra, ainda nos nossos dias.

Tanto Abraão quanto João Batista encarnaram antes de Jesus. Logo, o Espírito resplandecente do Mestre existia antes de Seu nascimento, há dois mil anos! Como vimos acima, é Ele próprio quem o afirma!

O mesmo se pode dizer de João Batista, ao qual se refere o próprio Jesus, em mais de uma oportunidade:

“E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir”. (Mt, 11-14.)

“Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram. (...) Então os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista.” (Mt, 17-12/13.)

“ (...) Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho a quem darás o nome de João (...) E irá adiante dele no espírito e poder de Elias (...).” (Lc, 1-13 e 17.)

Estas passagens não só registram que João Batista é o mesmo Espírito outrora reencarnado com o nome de Elias, mas comprovam também, além da preexistência do Espírito, a própria reencarnação, tão contestada por várias correntes religiosas, que se dizem cristãs. Não há, nos textos assinalados, alegorias, nem sentido oculto. Nenhum véu. Neles é linear a clareza. Nem comportam interpretações. Não há alternativas para especulações, tão caras aos eternos discutidores!

É o que está escrito, com todas as letras, nos textos indicados.

Se é assim para eles, é também para os demais Espíritos! As Leis de Deus não comportam exceções, privilégios, castas.

Admira e é de se estranhar que criaturas tão apegadas à letra neguem o que diz a própria letra, cristalinamente!

O bondoso e sábio Espírito Emmanuel*, referindo-se à Gênese planetária, denomina Jesus de o Divino Escultor, informando que Ele presidiu à formação de nosso Orbe:

“Com os seus exércitos de trabalhadores devotados (...)” e “(...) que a direção da Terra está nas mãos misericordiosas e augustas do Cordeiro.”

Com essas informações, vemos quão grande é nossa ignorância quanto ao poder do Espírito da magnitude de Jesus! E como devemos nos interessar mais por viver Seus ensinos!

 

Bibliografia:

XAVIER, Francisco C. A Caminho da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. FEB: Rio de Janeiro, 1975. 218 p. pp. 17-23 e 110.




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita