GEBALDO JOSÉ DE SOUSA
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)
O Espírito preexiste à encarnação?
O evangelista
João informa-nos
que Jesus
existia antes de
João Batista:
“Após mim vem um
varão que tem a
primazia, porque
já existia antes
de mim”.
(Jo, 1-15.)
O citado
evangelista
colhe depoimento
do próprio
Jesus, referindo-se
à Sua
preexistência ao
eminente
personagem, que
foi Abraão. É o
que se lê, no
capítulo 8,
quando os judeus
O recriminam,
ironizando:
“ (...) Ainda
não tens
cinquenta anos,
e viste a Abraão?”
(Jo, 8-57.)
Jesus lhes
responde:
“ (...) Antes
que Abraão
existisse, eu
sou”.
(Jo, 8-58.)
No capítulo 8 de
“O Evangelho
segundo João”,
Jesus defende
sua missão e
autoridade, mas
os judeus não
creram nele.
Diziam que Ele
“era do diabo” e
“tinha demônio”,
e “pegaram em
pedras para
atirarem nele”.
Os argumentos da
ignorância,
daqueles que
abdicam de
pensar, de ir
além dos
estreitos
horizontes de
mentes infantis,
são os mesmos,
letra por letra,
ainda nos nossos
dias.
Tanto Abraão
quanto João
Batista
encarnaram antes
de Jesus. Logo,
o Espírito
resplandecente
do Mestre
existia antes de
Seu nascimento,
há dois mil
anos! Como vimos
acima, é Ele
próprio quem o
afirma!
O mesmo se pode
dizer de João
Batista, ao qual
se refere o
próprio Jesus,
em mais de uma
oportunidade:
“E, se o quereis
reconhecer, ele
mesmo é Elias,
que estava para
vir”.
(Mt, 11-14.)
“Eu, porém, vos
declaro que
Elias já veio, e
não o
reconheceram.
(...) Então os
discípulos
entenderam que
lhes falara a
respeito de João
Batista.”
(Mt, 17-12/13.)
“ (...)
Zacarias, não
temas, porque a
tua oração foi
ouvida; e
Isabel, tua
mulher, te dará
à luz um filho a
quem darás o
nome de João
(...) E irá
adiante dele no
espírito e poder
de Elias (...).”
(Lc, 1-13 e 17.)
Estas passagens
não só registram
que João Batista
é o mesmo
Espírito outrora
reencarnado com
o nome de Elias,
mas comprovam
também, além da
preexistência do
Espírito, a
própria
reencarnação,
tão contestada
por várias
correntes
religiosas, que
se dizem cristãs.
Não há, nos
textos
assinalados,
alegorias, nem
sentido oculto.
Nenhum véu.
Neles é linear a
clareza. Nem
comportam
interpretações.
Não há
alternativas
para
especulações,
tão caras aos
eternos
discutidores!
É o que está
escrito, com
todas as letras,
nos textos
indicados.
Se é assim para
eles, é também
para os demais
Espíritos! As
Leis de Deus não
comportam
exceções,
privilégios,
castas.
Admira e é de se
estranhar que
criaturas tão
apegadas à letra
neguem o que diz
a própria letra,
cristalinamente!
O bondoso e
sábio Espírito
Emmanuel*,
referindo-se à
Gênese
planetária,
denomina Jesus
de o Divino
Escultor,
informando que
Ele presidiu à
formação de
nosso Orbe:
“Com os seus
exércitos de
trabalhadores
devotados (...)”
e “(...) que
a direção da
Terra está nas
mãos
misericordiosas
e augustas do
Cordeiro.”
Com essas
informações,
vemos quão
grande é nossa
ignorância
quanto ao poder
do Espírito da
magnitude de
Jesus! E como
devemos nos
interessar mais
por viver Seus
ensinos!
Bibliografia:
XAVIER,
Francisco C.
A Caminho da
Luz. Pelo
Espírito
Emmanuel. FEB:
Rio de Janeiro,
1975. 218 p. pp.
17-23 e 110.