JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
Minas Gerais
(Brasil)
Religião sempre
foi, é e será a
bola da vez de
todos nós
O tema religião
é um prato cheio
para a grande
maioria das
pessoas,
inclusive para
os próprios
ateus, entre os
quais, aliás, é
difícil
encontrar-se um
fanático.
Os verdadeiros
religiosos são
equilibrados,
humildes e
sensatos, pois
eles não se
desarmonizam com
ninguém por
causa de
religião. Já o
oposto desses é
aquele que é
radical,
fundamentalista
ou fanático com
a sua religião.
E é notório que
nas suas
doutrinas
essenciais, as
religiões se
entendem. Suas
divergências
estão nas
doutrinas
secundárias.
E há pessoas
que, dentro duma
mesma religião,
estão décadas,
séculos e até
milênios à
frente de seus
colegas de mesma
crença. Por isso
elas acabam
sendo
discriminadas
por seus líderes
religiosos e
demais membros
da sua religião
ou Igreja. Por
exemplo, os
católicos,
protestantes e
evangélicos mais
cultos e
inteligentes
são, hoje,
geralmente, reencarnacionistas,
sendo criticados
pelos que ainda
não o são. No
Cristianismo da
Idade Média, os reencarnacionistas
eram denominados
hereges e
morriam na
fogueira.
Fazer sectarismo
duma religião,
ainda vá lá,
pois todos têm o
direito de
divulgar a sua
religião, já que
se trata de uma
questão que
envolve a
filosofia de
vida das
pessoas. O que é
complicado é as
pessoas serem
religiosas
exclusivistas,
ou seja, aquelas
a que já nos
referimos e que
são chamadas de
religiosos
fundamentalistas,
radicais e
fanáticos. Vale
tudo para esse
tipo de
religioso. E no
fundo ele não
passa dum grande
egoísta e
orgulhoso, pois
não admite, por
orgulho, que seu
modo de pensar
do ponto de
vista religioso
possa estar
errado. E o fato
desse tipo de
religioso achar
que só ele e os
elementos de seu
grupo religioso
estão certos e
que só eles,
pois, vão
salvar-se, pouco
se importando
eles com a
condenação dos
outros, entre os
quais, às vezes,
estão seus
próprios pais,
filhos, esposa
ou esposo,
irmãos e avós,
por isso só já
fica demonstrado
que eles não são
nada cristãos. É
que lhes falta o
amor para com
até seus
próprios
familiares e consanguíneos.
Se nem esses
eles amam, como
vão amar os seus
outros
semelhantes,
como recomenda a
essência do
Evangelho do
Nazareno? “Nisto
conhecerão todos
que sois meus
discípulos, se
tiverdes amor
uns aos outros.”
(João 13:35.)
Os dirigentes da
Igreja Batista
da Lagoinha, de
Belo Horizonte,
estão certos em
querer divulgar
a doutrina da
sua corrente
religiosa, por
sua TV Super,
nos presídios.
Mas podem estar
errados, se
quiserem incutir
na cabeça dos
prisioneiros que
só a sua Igreja
é verdadeira e
que só ela
salva. E, se
esse direito de
pregar religião
para os presos
for uma
exclusividade da
citada Igreja,
estamos diante
duma afronta à
Constituição,
pois os direitos
de divulgação
religiosa são
iguais para
todas as
religiões,
principalmente
em setores
pertencentes à
administração
pública, pois o
Brasil é um
Estado laico. E
aqui lembro que,
para ser um
cristão
autêntico, não
basta o
indivíduo estar
sempre presente
nas igrejas,
templos e
centros
espíritas!
O tema religião
é mesmo, como se
diz, a bola da
vez de todas as
pessoas, haja
vista a grande
reação do
público na mídia
mineira,
principalmente
em O TEMPO, e
mesmo na
nacional, sobre
esse episódio
envolvendo a
Igreja Batista
da Lagoinha.
E até mesmo os
ateus estão
opinando sobre
esse fato,
muitos dos quais
ouso chamar de
cristãos,
também, pois,
como vimos,
eles,
geralmente, não
são fanáticos, e
respeitam as
religiões de
todos, sem o que
ninguém pode se
denominar um
verdadeiro
cristão!