WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, São Paulo (Brasil)
Fora do centro
espírita
Milhares de
pessoas sofrem
por
desconhecimento
dos princípios
básicos da
constituição
divina. Ignoram
leis como ação e
reação,
influência dos
Espíritos na
vida dos
encarnados,
importância da
prece e de
manter o padrão
vibratório em
sintonia com a
espiritualidade
maior etc.
Milhares de
pessoas
transitam pela
Terra sem nem
sequer imaginar
o que estão
fazendo aqui;
desconhecem,
portanto, os
objetivos da
existência
humana, ou seja,
de sua própria
existência. Vivem
por viver,
portam-se como
autênticas
máquinas
biológicas;
alimentam-se,
dormem, acordam
e trabalham
completamente
alheias a outras
circunstâncias
da vida.
Essa falta de
ciência das leis
divinas é
extremamente
prejudicial para
o progresso do
Espírito que
temporariamente
está
reencarnado.
E por isso são
inúmeras pessoas
que se suicidam
direta ou
indiretamente.
Diretamente,
quando
desalentadas
aniquilam o
corpo físico.
Indiretamente,
quando minam a
golpes de
irreflexão o
envoltório
carnal que lhes
serve de
instrumento
sagrado para o
progresso.
E em face desta
realidade é que
se torna
fundamental
estender as
ideias reveladas
pelos Espíritos
para além das
paredes do
centro espírita.
A questão não se
resume a retirar
pessoas de
determinada
religião e
transformá-las
em espíritas,
mas sim
modificar
corações e
esclarecer
mentes por meio
das realidades
trazidas a nós
pelos imortais.
E como, então,
estender as
lições da
espiritualidade
para além do
horizonte do
centro espírita,
de modo a
deixá-las mais
acessíveis ao
maior número de
pessoas?
Dentre as tantas
maneiras de
massificar a
Doutrina
Espírita, uma
boa sugestão é
programar
palestras
espíritas para
espaços neutros,
tais como,
escolas, casas
de cultura,
ginásios, clubes
etc.
Tenho
comparecido a
muitas cidades
para palestras e
constatado que a
realização de
eventos
espíritas em
espaço neutro
contribui para
que mais pessoas
se façam
presentes.
Óbvio que fica a
curiosidade:
Por qual razão o
público
não-espírita
comparece em
maior número
quando a
palestra é fora
do centro
espírita?
Difícil saber ao
certo. Contudo,
podemos citar
como algumas
razões os
chamados modelos
mentais
obsoletos que
muita gente tem
do centro
espírita e o
famigerado
preconceito que,
quer queiramos
ou não, ainda
existe.
No entanto, para
quebrarmos esse
paradigma e
oferecermos ao
público o que é
de fato o
Espiritismo, é
imperioso
trabalhar com
criatividade. E
não podemos
deixar de
concordar que
promover
palestras e
outros eventos
espíritas além
do universo
espírita é fazer
uso da
criatividade.
A propósito, a
USE
Intermunicipal
Bauru realizou
recentemente a
feira do livro
espírita em uma
praça no centro
da cidade de
Bauru, bem em
frente à
tradicional
igreja. Foi
sucesso total,
muita gente saía
da missa e
procurava a
barraca de
livros para se
informar mais
sobre o
Espiritismo.
Buscavam livros
de conforto e
esclarecimento;
queriam saber se
é possível
reencontrar os
entes amados que
se foram e
tantas outras
inquietações que
deixam o coração
humano em
sobressaltos.
Outra
experiência de
sucesso, da qual
certa vez tive o
prazer de
participar, é a
feira do livro
espírita da
cidade de Jaú,
realizada em Shopping
Center da
cidade. Que
maravilha!
Quanta gente
nova que ouviu
falar de
Espiritismo numa
iniciativa desse
quilate.
Citei as duas
cidades, porém
sei que
empreendimentos
como esses se
espalham por
todo o
território
nacional.
Peço licença
para narrar uma
experiência. Em
uma das
localidades
pelas quais
passei
recentemente
pude verificar
na palestra uma
quantidade
grande de
pessoas que se
declarava não
espírita.
Acharam
interessante o
tema e
compareceram
para saber de
que se tratava.
Estiveram
presentes
católicos e
praticantes de
diversas outras
filosofias de
vida.
Todos saíram do
recinto curiosos
para saber mais
sobre Allan
Kardec, André
Luiz, Emmanuel,
Jerônimo
Mendonça e
tantas figuras
históricas de
nossa doutrina.
Por isso deixo
para sua
análise, caro
dirigente: pense
seriamente na
possibilidade de
promover
palestras e
outros eventos
espíritas em
ambientes
neutros. Vale
lembrar que não
faço apologia
contra o centro.
O centro é nossa
escola e oficina
de trabalho,
jamais o
abandonaremos!
Todavia,
considere a
ideia de
estreitar os
laços com sua
comunidade.
A iniciativa
indubitavelmente
será excelente
para a
sociedade, pois
em posse de
informações como
a imortalidade
da alma,
comunicabilidade
dos Espíritos,
pluralidade dos
mundos
habitados, lei
de ação e reação
etc., certamente
muitos desvios
comportamentais,
suicídios,
abortos e crimes
serão evitados.
Um romantismo
descabido e
ingênuo de minha
parte?
Creio que não. É
só termos
paciência e
semearmos o bem
divulgando as
leis da vida
enunciadas pela
nossa
incomparável
Doutrina
Espírita.
E em futuro não
muito distante
poderemos não
ter os centros
espíritas
abarrotados de
gente, todavia
teremos um
planeta repleto
de pessoas
conscientes de
seu papel na
sociedade e
certas de que a
vida, seja aqui
ou além, não
cessa jamais.