Damos continuidade ao
estudo do livro A
Caminho da Luz,
de Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
publicada em 1939 pela
Federação Espírita
Brasileira. O estudo
terá por base a
15a edição.
Questões preliminares
A. Onde surgiram as
primeiras organizações
religiosas da Terra?
Elas tiveram sua origem
entre os povos
primitivos do Oriente,
aos quais Jesus enviava
periodicamente seus
mensageiros e
missionários. Os Vedas,
que contam mais de seis
mil anos, falam a
respeito da sabedoria
dos Sastras, ou grandes
mestres das ciências
hindus, que os
antecederam de mais ou
menos dois milênios. A
gênese de todas as
religiões da Humanidade
tem, como se vê, suas
origens no coração
augusto e misericordioso
de Jesus, cuja
ascendência na direção
do orbe terrestre não
pode ser ignorada.
(A Caminho da Luz, págs.
81 a 83.)
B. Que cidade é
considerada o berço da
verdadeira democracia em
nosso mundo?
Atenas. Foi nela que
começou o verdadeiro
regime de consulta à
vontade do povo, que
decidia, em assembleias
numerosas, todos os
problemas da cidade
venerável.
(Obra citada, págs. 91 e
92.)
C. Que é que Sócrates
ensinava à infância e à
juventude?
O grande filósofo
ensinava à infância e à
juventude o formoso
ideal da fraternidade e
da prática do bem,
lançando as sementes
generosas da
solidariedade. Apesar
disso, acusado de
perverter os jovens, foi
preso e humilhado, mas
não se acovardou diante
das provas rudes que
culminariam com sua
morte.
(Obra citada, pág. 94.)
Texto
para leitura
97. No Manava-Darma
encontramos a lição do
Cristo; na China
encontramos Fo-Hi,
Lao-Tsé e Confúcio; nas
crenças do Tibete, Buda;
no Pentateuco, Moisés;
no Alcorão, Maomé. Cada
raça recebeu os seus
instrutores, como se
fosse Ele mesmo, em
reencarnações
sucessivas. (P. 84)
98. É por isso que todos
os livros e tradições
religiosas da
antiguidade guardam,
entre si, a mais
estreita unidade
substancial; todas se
referem ao Deus
impersonificável, e no
tradicionalismo de todas
palpita a visão
sublimada do Cristo,
esperado em todos os
pontos do globo. (P. 84)
99. Os sacerdotes de
todas as grandes
religiões do passado
supuseram, nos seus
mestres e nos seus mais
altos iniciados, a
personalidade do Senhor,
mas temos de convir que
Jesus foi inconfundível.
(P. 86)
100. Enquanto alguns
deles foram ditadores de
consciências, enérgicos
e ferozes no sentido de
manter e fomentar a fé,
Jesus assinala a sua
passagem pela Terra com
o selo constante da mais
augusta caridade e do
mais abnegado amor; suas
parábolas e advertências
estão impregnadas do
perfume das verdades
eternas e gloriosas; a
manjedoura e o calvário
são lições maravilhosas
e seus exemplos
constituem um roteiro de
todas as grandiosas
finalidades, no
aperfeiçoamento da vida
terrestre. (PP. 86 e 87)
101. As pessoas
incapazes de
compreendê-lo podem
alegar que suas fórmulas
verbais eram antigas e
conhecidas, mas ninguém
poderá contestar que a
sua exemplificação foi
única, até agora, na
face da Terra. (P. 87)
102. Examinando a
maioridade espiritual
das criaturas humanas,
Jesus enviou-lhes, antes
de sua vinda ao mundo,
numerosa coorte de
Espíritos sábios e
benevolentes, aptos a
consolidar, de modo
definitivo, essa
maturação do pensamento
terrestre. (P. 89)
103. É por isso que
vemos, nos cinco séculos
anteriores à vinda do
Cordeiro, uma
aglomeração de inúmeras
escolas políticas,
religiosas e filosóficas
dos mais diversos
matizes, em todos os
pontos do globo. (P. 90)
104. Muitas teorias
científicas, em voga em
nossa época, foram
conhecidas da Grécia; o
conflito moderno entre
os Estados totalitários,
fascistas ou comunistas
e as repúblicas
democráticas lembra-nos
Atenas e Esparta -- esta
insulada, fechada em si
mesma; aquela,
democrática, amante da
liberdade. (PP. 90 e 91)
105. Atenas, ao
contrário de Esparta,
foi o berço da
verdadeira democracia;
seus legisladores, como
Sólon, eram filósofos e
poetas, e seus sistemas
sociais protegiam as
classes pobres e
desvalidas, acolhiam os
estrangeiros, e
fomentavam o trabalho, o
comércio, as
indústrias... (P. 91)
106. Foi em Atenas que
começou o verdadeiro
regime de consulta à
vontade do povo, que
decidia, em assembleias
numerosas, todos os
problemas da cidade
venerável. (P. 92)
107. Ao influxo do
coração do Cristo, toda
a Grécia se povoou de
artistas e pensadores
eminentes, no quadro das
filosofias e das
ciências. (P. 92)
108. O século de
Péricles espalhou os
mais soberbos clarões
espirituais nos
horizontes da Terra e
poucas fases da evolução
europeia se aproximaram
desse século
maravilhoso. (P. 93)
109. Jesus envia então
às sociedades do globo
auxiliares valorosos,
como Ésquilo, Eurípedes,
Heródoto, Tucídides e,
por fim, a
extraordinária
personalidade de
Sócrates, que, superior
a Anaxágoras, seu
mestre, veio ao mundo
aureolado pelas mais
divinas claridades
espirituais, no curso de
todos os séculos
planetários. (P. 93)
110. Nas praças
públicas, Sócrates
ensina à infância e à
juventude o formoso
ideal da fraternidade e
da prática do bem,
lançando as sementes
generosas da
solidariedade, mas
Atenas não consegue
suportar a lição. (P.
94)
111. Acusado de
perverter os jovens, ele
é preso e humilhado, mas
não se acovarda diante
das provas rudes que
culminariam com sua
morte. (P. 94)
112. O grande filósofo,
precursor dos princípios
cristãos, deixou vários
discípulos, dos quais se
destacaram Antístenes,
Xenofonte e Platão, mas
nenhum deles soube
assimilar perfeitamente
a estrutura moral do
mestre inesquecível. (P.
95)
113. Platão, por
exemplo, misturou a
filosofia pura do mestre
com a ganga das paixões
terrestres, enveredando
algumas vezes por
complicados caminhos
políticos; contudo, não
deixou de cultivar
alguns dos princípios
cristãos legados pelo
grande mentor, antes de
entregar sua tarefa
doutrinária a
Aristóteles, que também
iria trabalhar pelo
advento do Cristianismo.
(P. 95)
114. A
condenação de Sócrates
foi uma dessas causas
transcendentes de
dolorosas e amargas
provações coletivas,
para todos os que dela
participaram. É por isso
que, mais tarde, o povo
nobre e culto de Atenas
forneceria escravos
valorosos e sábios aos
espíritos agressivos e
enérgicos de Roma. (P.
96)
(Continua no próximo
número.)