A Caminho da Luz
Emmanuel
(Parte
7)
Damos continuidade ao
estudo do livro A
Caminho da Luz,
de Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
publicada em 1939 pela
Federação Espírita
Brasileira. O estudo
terá por base a
15a edição.
Questões preliminares
A. A condenação de
Sócrates e sua execução
acarretaram alguma
consequência de natureza
coletiva?
Sim. O fato acarretou
dolorosas e amargas
provações coletivas para
todos os que dele
participaram. Foi por
isso que, mais tarde, o
povo nobre e culto de
Atenas forneceria
escravos valorosos e
sábios aos Espíritos
agressivos e enérgicos
de Roma.
(A Caminho da Luz, pág.
96.)
B. A que povo se devem
as primeiras
organizações romanas?
Aos etruscos. Eles
fundaram ali escolas de
trabalho, levando para a
região as experiências
mais valiosas de outros
povos, de modo que,
quando Rômulo chegou, já
encontrou uma cidade
próspera e trabalhadora.
As influências etruscas
nas organizações romanas
evidenciam-se na alma
popular, devotada então
aos gênios, aos deuses e
às superstições de toda
espécie. Cada família
possuía o seu gênio
invisível e amigo e, na
sociedade,
multiplicavam-se as
comunidades religiosas.
(Obra citada, pp. 98 a
100.)
C. Que significado têm a
manjedoura e a singeleza
do nascimento do menino
Jesus?
A manjedoura assinalou o
ponto inicial da lição
salvadora do Cristo,
como a dizer que a
humildade representa a
chave de todas as
virtudes.
(Obra citada, pág. 105.)
Texto
para leitura
115. Reconhecendo os
esforços de todos os
Espíritos que se haviam
localizado na Itália
primitiva, os prepostos
de Jesus projetam a
fundação de Roma. (P.
97)
116. A
esse tempo, o Vale do Pó
era habitado pelo povo
etrusco, que se via
humilhado pelas
constantes invasões dos
gauleses. Atormentados e
desgostosos por essas
agressões, os etruscos
decidiram tentar vida
nova e, guiados
indiretamente pelos
mensageiros do Senhor,
grande parte resolveu
fixar-se na Roma do
porvir, que nada mais
era, então, que um
agrupamento de cabanas
humildes. (PP. 97 e 98)
117. Foram, pois, os
etruscos que edificaram
as primeiras
organizações da cidade,
fundando escolas de
trabalho e levando para
aí as experiências mais
valiosas de outros
povos, de modo que,
quando Rômulo chegou, já
encontrou uma cidade
próspera e trabalhadora.
(PP. 98 e 99)
118. Mais uma vez
podemos ver que a
direção do planeta se
conserva, de fato, no
mundo espiritual, de
onde Jesus vela
incessantemente pelo
orbe e pelos seus
destinos. (P. 99)
119. As influências
etruscas nas
organizações romanas
evidenciam-se na alma
popular, devotada então
aos gênios, aos deuses e
às superstições de toda
espécie. Cada família
possuía o seu gênio
invisível e amigo e, na
sociedade,
multiplicavam-se as
comunidades religiosas,
culminando no Colégio
dos Pontífices, cuja
origem remonta ao
passado longínquo da
cidade. (P. 100)
120. Esse Colégio foi
mais tarde substituído
pelo Pontífice Máximo,
chefe supremo das
correntes religiosas, do
qual os bispos romanos
iriam extrair, no
futuro, o Vaticano e o
Papado dos tempos
modernos. (P. 100)
121. A
família romana, em suas
tradições gloriosas,
constituía-se no mais
sublime respeito às
virtudes heroicas da
mulher e na perfeita
compreensão dos deveres
do homem, ante seus
sucessores e
antepassados. (P. 102)
122. A
vinda do Senhor ao orbe
terrestre produziu um
fato singular nas
esferas mais próximas do
planeta. Reinava Augusto
quando se viu uma noite
cheia de luzes e de
estrelas maravilhosas.
Harmonias divinas
cantavam um hino de
sublimadas esperanças no
coração dos homens. A
manjedoura é o teatro de
todas as glorificações
da luz e da humildade,
e, enquanto alvorecia
uma nova era para o
globo terrestre, nunca
mais seria esquecido o
Natal, a "noite
silenciosa, noite
santa". (P. 104)
123. A
manjedoura assinalava o
ponto inicial da lição
salvadora do Cristo,
como a dizer que a
humildade representa a
chave de todas as
virtudes. (P. 105)
124. Há quem julgue que
o Mestre aprendeu suas
doutrinas com os
Essênios, mas, na
verdade, não obstante a
elevada cultura das
escolas essênias, Jesus
não necessitou da sua
contribuição, porque
desde os seus primeiros
dias na Terra ele
mostrou-se tal qual era.
(P. 106)
125. Sua palavra, mansa
e generosa, reunia todos
os infortunados e todos
os pecadores e ele
escolheu os ambientes
mais pobres e mais
desataviados para viver
a intensidade de suas
lições sublimes,
mostrando aos homens que
a verdade dispensava o
cenário suntuoso dos
areópagos, dos fóruns e
dos templos, para
fazer-se ouvir na sua
misteriosa beleza. (P.
108)
126. Não nos compete
fornecer uma nova
interpretação das
palavras eternas de
Jesus: compete-nos, sim,
apenas observar o seu
ensino, aplicando-o a
nós próprios, no
mecanismo da vida de
relação, de modo que se
verifique a renovação
geral de todos nós, à
luz dos exemplos do
Mestre. (PP. 108 e 109)
127. A
lição do Cristo ficou
para sempre na Terra,
como o tesouro de todos
os infortunados e de
todos os desvalidos, e
sua palavra construiu a
fé nas almas humanas,
fazendo-as entrever seu
glorioso destino. (P.
110)
128. O exemplo dado pelo
monge de Manilha,
acusado de tramar a
liberdade de seu povo
contra o jugo espanhol,
mostra-nos como se
processa a influência do
Divino Mestre em todos
os corações sofredores
da Terra. (P. 111)
129. A
Grécia havia
transferido, nas suas
lutas expiatórias, suas
experiências e
conhecimentos para a
família romana, apta
então para as grandes
tarefas do Estado. De
fato, se Roma quisesse,
poderia, à força de
educação e de amor,
unificar as bandeiras do
orbe, criando um novo
roteiro à evolução
coletiva da Humanidade.
(P. 114)
130. Vê-se que o
determinismo do mundo
espiritual era o do
amor, da solidariedade e
do bem, mas os próprios
homens, na esfera
relativa de suas
liberdades, modificaram
esse determinismo
superior, no curso
incessante dos séculos.
(P. 116)
131. Foi o que aconteceu
com Roma, cujos
generais, desviando-se
dos objetivos superiores
que os animavam, deram
origem aos mais amargos
frutos de provação e
sofrimento para a
Humanidade terrestre. É
por isso que, em sua
quase totalidade,
entraram eles no plano
espiritual seguidos de
perto por suas numerosas
vítimas, e, passados
decênios infindáveis de
martírios expiatórios,
podiam ser vistos, sem
suas armaduras
elegantes, arrastando-se
como vermes ao longo das
margens do Tibre, ou
estendendo as mãos
asquerosas, como
mendigos detestados do
Esquilino. (P. 116)
132. O século de Augusto
foi bafejado pela
presença consoladora do
Divino Mestre, o que deu
motivo a que todos os
corações experimentassem
uma vida nova, ainda que
ignorassem a fonte
divina daquelas
vibrações. (P. 117)(Continua no próximo
número.)