Damos continuidade ao
estudo do livro A
Caminho da Luz,
de Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
publicada em 1939 pela
Federação Espírita
Brasileira. O estudo
terá por base a
15a edição.
Questões
preliminares
A. Qual era a missão de Maomé?
Maomé foi um dos
emissários do Alto que
se encarnaram entre as
falanges católicas antes
da criação do Papado, no
intuito de regenerar os
costumes da Igreja.
Nascido em Meca no ano
de 570, filho da tribo
dos Coraixitas, sua
missão era reunir todas
as tribos árabes sob a
luz dos ensinos
cristãos, de modo a
organizar-se na Ásia um
movimento forte de
restauração do
Evangelho, em oposição
aos abusos romanos.
(A Caminho da Luz, pp. 149 e 150.)
B. Quem foi Francisco de Assis?
Nascido na região da
Úmbria, Francisco de
Assis foi o nome dado a
um dos maiores apóstolos
de Jesus que reencarnou
na Terra com o objetivo
de converter a Igreja,
mas esta não entendeu
que a lição de
simplicidade e amor,
singeleza e fé, por ele
trazida, embora tenha
contagiado numerosas
criaturas, destinava-se
a ela mesma.
(Obra citada, pp. 159 e 160.)
C. Em que data se consolidou o Tribunal da Inquisição e que
consequências sua ação
trouxe para a
Humanidade?
Foi em 1231, com
Gregório IX, que o
Tribunal da Inquisição
se consolidou. A
repressão das "heresias"
foi o pretexto para sua
consolidação na Europa,
e sua ação tornou-se o
flagelo e a desdita do
mundo inteiro, além de
entravar a evolução da
Humanidade por mais de
seis longos séculos.
(Obra citada, pág. 161.)
Texto para leitura
164. Antes da criação do
Papado, em 607, as
forças espirituais se
viram compelidas a um
grande esforço no
combate contra as
sombras que ameaçavam
todas as consciências, e
muitos emissários do
Alto se encarnam entre
as falanges católicas no
intuito de regenerar os
costumes da Igreja. (P.
149)
165. Entre esses
missionários, veio
aquele que se chamou
Maomé, nascido em Meca
no ano de 570. Filho da
tribo dos Coraixitas,
sua missão era reunir
todas as tribos árabes
sob a luz dos ensinos
cristãos, de modo a
organizar-se na Ásia um
movimento forte de
restauração do
Evangelho, em oposição
aos abusos romanos. (P.
150)
166. Maomé não consegue,
porém, resistir ao
assédio dos Espíritos da
Sombra e trai nobres
obrigações espirituais
com suas fraquezas. É
por isso que o
missionário do Islã
deixa entrever, em seus
ensinos, flagrantes
contradições: a par do
perfume cristão que se
evola de muitas das suas
lições, há nelas um
espírito belicoso, de
violência, de imposição.
(P. 150)
167. Por essa razão o
Islamismo, que poderia
representar um grande
movimento de restauração
do ensino de Jesus,
corrigindo os desvios do
Papado nascente,
assinalou mais uma
vitória das Trevas
contra a Luz e cujas
raízes era preciso
extirpar. (PP. 150 e
151)
168. Quando Maomé
regressou ao plano
espiritual, toda a
Arábia estava submetida
à sua doutrina, pela
força da espada, e
todavia os seus
continuadores não se
deram por satisfeitos,
iniciando no exterior as
chamadas "guerras
santas", subjugando toda
a África setentrional no
fim do século VII e
estabelecendo-se, no
início do século VIII,
na Espanha. (P. 151)
169. Depois desses
acontecimentos, Jesus
permite a reencarnação
de um dos mais nobres
imperadores romanos:
Carlos Magno, o
verdadeiro reorganizador
dos elementos dispersos
para a fundação do mundo
ocidental. (PP. 151 e
152)
170. No reinado de 46
anos, Carlos Magno,
apesar de quase
analfabeto, intensificou
a cultura e corrigiu
defeitos administrativos
que imperavam entre os
povos desorganizados da
Europa, mas o império
por ele organizado teria
escassa duração. (PP.
152 e 153)
171. Do século VIII até
o século XII, o
feudalismo se estende
pela Europa,
figurando-se ao
estudioso da História
como um retrocesso de
toda a civilização. A
unidade política
desaparece; a
propriedade individual
jamais alcançou tamanha
importância; nunca a
servidão moral ganhou
tão forte impulso.
Evidentemente, as lutas
fratricidas, com
semelhante regime,
tiveram campo largo no
território europeu. (P.
153)
172. Esse regime é,
todavia, facilmente
explicável. A missão de
Carlos Magno, organizada
pelo plano espiritual,
não teve o resultado
esperado, em virtude do
endurecimento da maioria
dos corações; por isso,
as autoridades
espirituais, sob a égide
do Cristo, renovaram os
processos educativos do
mundo europeu, chamando
todos os homens para a
vida no campo, a fim de
aprenderem melhor, no
trato da terra e no
contato da Natureza. (P.
154)
173. Apesar de seus
numerosos desvios, nunca
o Catolicismo foi de
todo abandonado pelas
potências do bem, no
mundo espiritual. (P.
155)
174. Como os vários
imperadores dispunham da
Igreja de acordo com os
seus caprichos pessoais,
transformando a sede do
Catolicismo em vasto
mercado de títulos
nobiliárquicos de toda a
espécie, a instituição
católica trabalhou para
libertar-se de
semelhante tutela, o que
se conseguiu depois do
papa Estêvão II, em 756,
com a organização do
chamado Patrimônio de
São Pedro. (P. 156)
175. Mas a situação de
descalabro moral
prosseguiu até depois do
século X, quando os
Apóstolos do Senhor,
deplorando semelhantes
espetáculos de
indigência espiritual,
promovem a reencarnação
de numerosos auxiliares
da tarefa remissora. (P.
156)
176. Foi assim que surge
a figura de Hildebrando,
conhecido como Gregório
VII, que se destacou por
sua fé e pela
sinceridade que lhe
caracterizaram as
atitudes. Eleito papa,
reconheceu ele que as
primeiras providências
que lhe competiam eram
as do combate ao
simonismo no seio da
Igreja e a recondução
desta ao verdadeiro
Cristianismo. (PP. 156 e
157)
177. Instalada nas suas
imensas riquezas e
dispondo de todo o poder
e autoridade, a Igreja
poucas vezes compreendeu
a tarefa de amor, que
competia à sua missão
educativa. (P. 157)
178. Habituada a mandar
sem restrições, muitas
vezes recebeu as
advertências de Jesus à
conta de heresias
condenáveis, que era
preciso combater e
profligar. (P. 157)
179. As exortações do
Alto se faziam sentir
também fora do ambiente
religioso, evidenciando
o efeito dos exemplos do
Cristo na sociedade,
como ilustra muito bem o
caso de Pedro de Vaux,
de Lião, que se despojou
de todos os bens em
favor dos pobres e
necessitados.
Evidentemente, os
valdenses foram
excomungados pelo
arcebispo local e
depois, em 1185, pelo
papa. (P. 158)
180. As perseguições aos
chamados "hereges" e o
infeliz projeto
corporificado depois na
Inquisição preocupavam o
mundo espiritual, onde
se aprestaram
providências e medidas
de renovação educativa.
Reencarna-se, então, na
região da Úmbria, um dos
maiores apóstolos de
Jesus, que recebeu o
nome de Francisco de
Assis. (P. 159)
181. Seu exemplo de
simplicidade e de amor,
de singeleza e de fé,
contagiou numerosas
criaturas, mas não foi
suficiente para
converter a Igreja, que
não entendeu que a lição
trazida por Francisco
era para ela mesma. (P.
160)
182. Em 1231 o Tribunal
da Inquisição estava
consolidado com Gregório
IX e a repressão das
"heresias" foi o
pretexto de sua
consolidação na Europa,
tornando-se o flagelo e
a desdita do mundo
inteiro, em nome daquele
que é amor, perdão e
misericórdia. (P. 161)
183. Obra direta do
Papado, de existência
injustificável, a ação
criminosa e perversa da
Inquisição entravou a
evolução da Humanidade
por mais de seis longos
séculos. (P. 161)
(Continua no
próximo número.)