JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
Minas Gerais
(Brasil)
Demos as mãos à
verdade,
acatando na
Bíblia a
mediunidade
A Bíblia está repleta
de fenômenos
espirituais ou
mediúnicos
conhecidos desde
os primórdios da
humanidade e em
todas as
culturas e
civilizações de
todos os povos.
Segundo o
renomado biblista e
pastor
presbiteriano, Nehemias Marien,
a Bíblia é um
manual de
psicografia do
princípio ao
fim, ao que eu
acrescento e,
também, de psicofonia
(fala).
Jesus promete
outro Consolador
(denominado
também de
Espírito Santo e
Espírito de
Verdade), que
ficaria sempre
conosco (João,
14:16). Pelo
texto, o
Consolador não é
Jesus. E, apesar
de o excelso
Mestre dizer que
é o Pai que
no-lo enviaria
(João, 14:16),
Ele afirma
também que é Ele
mesmo que o
enviaria (João
15:26). O
Consolador não é
um Espírito
encarnado, pois
não pode estar
sempre conosco,
já que, um dia,
ele desencarna.
Não se trata
também de um
Espírito
desencarnado,
pois poderíamos
perguntar quem é
ele?
Uma doutrina
teológica ensina
que o Consolador
é o Espírito
Santo da
Trindade, que
ela afirma ser
também Deus.
Essa doutrina é
polêmica, pois,
se o Consolador
fosse Deus,
falaria por si
mesmo. Mas Jesus
disse que o
Consolador não
falaria por ele
mesmo, mas o que
ele teria
ouvido, e que
nos faria
lembrar de tudo
o que Ele,
Jesus, ensinou
(João 14,26).
E a citada
doutrina ainda
ensina, há
séculos, que o
Consolador nos
foi enviado no
fenômeno de
Pentecostes. Mas
em Pentecostes
não existe
sequer um só
exemplo que nos
faça lembrar do
ensino de Jesus.
Teria o
Nazareno, pois,
se equivocado,
ao falar-nos
sobre o
Consolador
prometido? Não,
foram os
teólogos que se
equivocaram,
interpretando
errada e
forçadamente o
Pentecostes.
Nele, aconteceu
o fenômeno de
Xenoglossia, ou
seja, vários
Espíritos
falando em
línguas
estrangeiras
através dos
apóstolos, que
eram todos
médiuns
especiais,
principalmente
Tiago, Pedro e
João, sempre
presentes nos
feitos mais
importantes
realizados por
Jesus. Alguns
diziam que os
apóstolos
estavam
embriagados,
quando eles
estavam era em
transe.
Os títulos
bíblicos nem
sempre conferem
com os seus
textos. O
capítulo 2 de
Atos, na
tradução de João
de Almeida, tem
o título forçado
de “A descida do
Espírito Santo”,
o que não se
ajusta com o
conteúdo do
texto. Também,
em vez de “o”
Espírito Santo,
como trazem as
traduções, nos
originais em
grego, lê-se,
geralmente, “um”
Espírito Santo.
O próprio
Espírito de Deus
nunca se
manifesta
diretamente.
Paulo diz aos
coríntios: Nós
temos recebido o
Espírito que vem
de Deus (1
Coríntios,
2:12). Ora, se
vem de Deus, não
é o Espírito do
próprio Deus!
O profeta Joel e
São Pedro
ensinam que, nos
últimos dias
(últimos dias de
um ciclo e não
do mundo), Deus
derramará de seu
Espírito sobre
toda a carne. Os
filhos e filhas
profetizarão, os
jovens terão
visões, e os
velhos sonharão
(Joel, 2:28; e
Atos, 2:17 e
18). Isso é um
modo de dizer
que, um dia,
todos os seres
humanos terão
sua mediunidade
desenvolvida,
com capacidade,
pois, para
receberem
Espíritos, mas,
como vimos, não
o próprio
Espírito de
Deus. Para
Kardec, o
Consolador
prometido
personifica a
Doutrina dos
Espíritos. E eu
assino embaixo.
Os teólogos
criaram um
imbróglio, pois,
além de
ensinarem que o
Consolador ou o
Espírito Santo é
outro Deus,
ensinam também
que é Ele
próprio que se
manifesta, o que
é igualmente
contra a Bíblia!