PEDRO
DE ALMEIDA LOBO
lobocmemtms@terra.com.br
Campo Grande, Mato
Grosso do Sul
(Brasil)
Plantando vento e
colhendo tempestade
Virtude pode ser
considerada como
sendo um conjunto de
qualidades
sublimadas que
somente Deus possui
na sua totalidade
absoluta.
Na realidade é a
sublime essência do
bem que se emprega
na prática
incondicional do
amor.
Essa afirmativa é
tão evidente e
ganhou uma conotação
transcendental.
Paulo de Tarso (São
Paulo), considerado
o maior e mais
importante
divulgador do
Cristianismo
nascente, em uma das
primeiras cartas
(epístolas) escritas
para a igreja de
Corinto, chegou a
proclamar que os
homens (seres
humanos) falam com
Deus, e Ele lhes
responde na mesma
intensidade, através
das virtudes teologais que estão
distribuídas na fé
inabalável, aquela
que encara a razão
face a face em todas
as épocas de
Humanidade; na
caridade, que se
traduz em
benevolência para
com todos,
indulgência para com
a culpa do irmão,
perdão das ofensas;
e na esperança, que
é a morada dos
nossos sonhos. Quem
não sonha vegeta.
Diante da magnitude
expressiva desse
sentimento, tem-se
que ter o cuidado
para não tingi-lo
com as sombras da
ignorância,
transformando atos
indecorosos e
horripilantes em
virtude
radicalizada.
Existem,
lamentavelmente,
pais que adoram
repreender os
filhos. Muitos
desses, no afã de
incutir neles o
rigor na
masculinidade,
dizem: «Se você
apanhar na rua,
quando chegar a casa
vai apanhar
novamente». Como se
fosse virtude usar
da violência, ou
vingança, para
demonstrar
superioridade.
Esse tipo de
aconselhamento, que
ainda jornadeia
pelos vales
tenebrosos da
ignorância humana,
facilita e incentiva
essas barbaridades
que estão imperando
na sociedade,
tangidas pela
truculência. Eles
estão, com certeza,
plantando vento e a
sociedade vai
colhendo tempestade.
*
Nada é mais
emocionante para um
pai ou uma mãe de
família do que a
consideração
dispensada pelos
seus filhos.
No mundo em que
vivemos atualmente,
a família vem
sofrendo investidas
imorais e
avassaladoras das
mais variadas
maneiras.
Os esteios da
família – papai e
mamãe – têm
nobilíssimas
obrigações e, em
última instância, os
deveres de educar
seus filhos com
exemplos
dignificantes.
Tem sido
publicamente
observado que essas
condicionantes estão
sendo substituídas
pela função de
provedores de bens
materiais, e
expectadores no
desenvolvimento
moral insatisfatório
de suas proles.
Essa inversão de
valores paternais,
como consequências
filiais, está
aplicada abertamente
sob alegação de que
ser moderno é ser
liberal. Na
convivência familiar
onde não há limites
na infância e na
juventude, a
liberdade excessiva
poderá
transformar-se em
libertinagem. A
exceção torna-se
regra.
É estranho, mas é
verdade. Hoje, ser
honesto e cumpridor
dos seus deveres
causa admirações, e,
em muitos casos,
perplexidades.
Fica uma pergunta:
Para onde vai a
humanidade? Ninguém
sabe. Somente uma
certeza. Para
minimizar os
defeitos
educacionais
reinantes que causam
variadas anomalias
sociais, somente
será possível com:
- o retorno dos pais
para a casa de
morada,
transformando-a em
lar, para a
convivência salutar
e fraterna com seus
rebentos;
- a utilização da
creche como estada
temporária;
- as escolas, como
estabelecimento de
ensino para
instrução moral e
cívica;
- e a Psicologia
como meio auxiliar
para orientação do
comportamento das
crianças.
Fora dessas
exigências
imperativas, a
humanidade vai
continuar
desregrada, a
sociedade refém dos
marginais, a família
atormentada, as
pessoas
desesperadas, as
cadeias superlotadas
e os cemitérios
abarrotados.