ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil) |
A Caminho da Luz
Emmanuel
(Parte 13)
Damos continuidade ao estudo do livro A Caminho da Luz, de
Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
publicada em 1939 pela
Federação Espírita
Brasileira. O estudo
terá por base a 15a edição.
Questões
preliminares
A. Quem foi Allan Kardec e qual a sua missão?
Emmanuel apresenta
Kardec como sendo um dos
mais lúcidos discípulos
de Jesus que baixou ao
planeta com a sagrada
missão de abrir caminho
ao Espiritismo. Era
3/10/1804 quando ele
nasceu, acompanhado de
uma plêiade de
companheiros e
colaboradores cuja ação
regeneradora se
estenderia a todos os
departamentos da
atividade intelectual do
século XIX.
(A Caminho da Luz, pp. 194 a 197.)
B. Qual foi, no campo social, uma das principais conquistas do
século XIX?
Foi a extinção do
cativeiro, que teve
início em 1834 quando a
escravidão foi abolida
nas colônias britânicas.
Em 1848 a França também
extinguiu o cativeiro em
seus territórios; em
1850 o Brasil suprimiu o
tráfico negreiro e
alguns anos depois a
Princesa Isabel assinou
a Lei Áurea.
(Obra
citada, pp. 203 e 204.)
C. Que Espíritos ficarão na Terra renovada, quando nela se
verificar a transição
que um dia deu origem
aos chamados exilados de
Capela?
Quando tal fato ocorrer,
ficarão no mundo os que
puderem compreender a
lição do amor e da
fraternidade, sob a
égide de Jesus.
(Obra citada,
pág. 208.)
Texto para leitura
214. Aproximavam-se,
porém, os tempos em que
Jesus deveria enviar ao
mundo o Consolador
prometido. Apelos
ardentes são dirigidos
ao Divino Mestre e,
assim, um dos mais
lúcidos discípulos de
Jesus baixa ao planeta,
com a sagrada missão de
abrir caminho ao
Espiritismo. Era
3-10-1804 quando nasceu
Allan Kardec. (P. 194)
215. Kardec, na sua
missão de esclarecimento
e consolação, fazia-se
acompanhar de uma
plêiade de companheiros
e colaboradores, cuja
ação regeneradora se
estenderia a todos os
departamentos da
atividade intelectual do
século XIX. (P. 197)
216. O progresso em
todos os campos foi
notável e a Filosofia
não escapou a essa
torrente renovadora.
Aliando-se às ciências
físicas, não toleraram
as ciências da alma o
ascendente dos dogmas
absurdos da Igreja e
surgem assim as teorias
materialistas de Spencer
e de Comte. (PP. 198 e
199)
217. Atento à missão de
concórdia e fraternidade
da América, o plano
invisível localizou aí
as primeiras
manifestações tangíveis
do mundo espiritual, no
lugarejo de Hydesville.
O orbe havia atingido um
período de grandiosas
transformações, e o
Espiritismo seria a
essência dessas
conquistas novas,
reconduzindo os corações
ao Evangelho suave do
Cristo. (PP. 199 e 200)
218. As dolorosas
provações enfrentadas
pela França, depois dos
seus excessos na
Revolução e nas
campanhas napoleônicas,
continuavam. Surge então
a guerra
franco-prussiana, em que
a França é esmagada e
vencida pela Alemanha de
Bismarck. Paris sofre
miséria e fome em 1870,
antes de cair em poder
dos inimigos em
28-1-1871. (PP. 200 e
201)
219. Aproximando-se o
ano de 1870, que
assinalaria a falência
da Igreja com a
declaração da
infalibilidade papal, o
Catolicismo experimenta
provações amargas e
dolorosas. (P. 201)
220. O século XIX foi,
contudo, um período de
numerosas conquistas em
todos os campos, e um
deles é a extinção do
cativeiro. Cumprindo as
determinações de Jesus,
seus mensageiros
invisíveis laboram junto
aos gabinetes
administrativos, de modo
a facilitar a vitória da
liberdade. As decisões
do Congresso de Viena,
reprovando o tráfico de
homens livres,
encontrara funda
repercussão em todos os
países: em 1834 é
abolida a escravidão nas
colônias britânicas; em
1848 a França extingue o
cativeiro em seus
territórios; em 1850 o
Brasil suprime o tráfico
negreiro e alguns anos
depois a Princesa Isabel
assina a Lei Áurea. (PP.
203 e 204)
221. Grandes ideias
florescem na mentalidade
de então. Ressurgem as
antigas doutrinas de
igualdade absoluta e
aparece o socialismo
propondo reformas
viscerais e imediatas.
(P. 204)
222. O Espiritismo
chegava, desse modo, na
hora psicológica das
grandes transformações,
alentando o espírito
humano para que se não
perdesse o fruto sagrado
de quantos trabalharam e
sofreram no esforço
penoso da civilização.
(P. 205)
223. Com as provas da
sobrevivência, vinha
reabilitar o
Cristianismo que a
Igreja deturpara. Com as
verdades da
reencarnação, explicava
o absurdo das teorias
igualitárias absolutas.
Enquadrando o socialismo
nos postulados cristãos,
não se ilude com as
reformas exteriores,
para concluir que a
única renovação
apreciável é a do homem
íntimo, pugnando assim
pela intensificação dos
movimentos educativos da
criatura, à luz eterna
do Evangelho. (P. 206)
224. Despreocupado de
todas as revoluções,
porque somente a
evolução é o seu campo
de atividade e de
experiência, distante de
todas as guerras pela
compreensão dos laços
fraternos que reúnem a
comunidade universal,
ensina a fraternidade
legítima dos homens e
das pátrias, das
famílias e dos grupos,
alargando as concepções
da justiça econômica e
corrigindo o espírito
exaltado das ideologias
extremistas. (P. 206)
225. Enquanto os
utopistas da reforma
exterior se entregam à
tutela de ditadores
impiedosos, como os da
Rússia e da Alemanha, em
suas sinistras aventuras
revolucionárias, o
Espiritismo prossegue a
sua obra educativa junto
das classes intelectuais
e das massas anônimas e
sofredoras, preparando o
mundo de amanhã com as
luzes imorredouras da
lição do Cristo.
(N.R.: Quando este livro
foi escrito, o mundo
estava às vésperas da 2a
Guerra Mundial, iniciada
em 1939. Passaram-se
desde então 70 anos e
eis o resultado: a
Alemanha nazista foi
destruída e a União
Soviética desapareceu
graças às suas próprias
contradições, sem
guerras nem agressões
externas.) (P. 206)
226. O século XX surgiu
no horizonte do globo,
qual arena ampla de
lutas renovadoras. As
teorias sociais
continuam seu caminho,
mas as revelações do
além-túmulo descem às
almas, como orvalho
imaterial, preludiando a
paz e a luz de uma nova
era. (P. 207)
227. A guerra
russo-japonesa e a 1a
Guerra Mundial foram
pródromos de uma luta
maior, que não vem muito
longe, e dentro da qual
o planeta alijará todos
os Espíritos rebeldes e
galvanizados no crime.
(P. 208)
228. A Terra
ver-se-á, então,
como aquele
mundo da Capela,
livre das
entidades
endurecidas no
mal, porque o
homem da
radiotelefonia e
do
transatlântico
precisa de alma
e sentimento, a
fim de não
perverter as
sagradas
conquistas do
progresso.
Ficarão no mundo
os que puderem
compreender a
lição do amor e
da fraternidade,
sob a égide de
Jesus. (P. 208)
(Continua no próximo número.) |