O
Espiritismo
e o Big Bang
"Em
nossos dias,
não é mais
importante que
uma
teoria
científica
seja
entendida pelo
senso comum;
essa
exigência
foi descartada por Galileu
Galilei." (STANISLAV
GROF.)
"Os
erros
não deixam de ser
erros só
porque todos
os cometem ao
mesmo
tempo." (ROBIN
LANE FOX.)
"Tão
surpreendente quanto
a
naturalidade
das
pessoas
em emitirem juízo
sobre algo
que pouco
sabem, é seu
desinteresse
em melhor
informarem-se." (LOEFFLER.)
“O
fato
de deturparem a
verdade
não
significa
que
ela
tenha deixado de
ser verdadeira. Apenas significa que
conseguiram
esconder a
verdade
de
si
mesmos.”
(PAUL
FERRINI.)
"Se
não
se convencem
pelos
fatos,
menos o fariam pelo
raciocínio." (KARDEC.)
Muitos espíritas
acreditam
que a gênese da criação deu-se com
uma
grande
explosão
chamada "Big Bang", ou seja, casualmente,
mesmo que
isso contrarie
radicalmente
o
que o
Espiritismo
nos ensina.
Colocando-nos
simplesmente como
um estudioso
da
Doutrina
Espírita,
apresentamos este
escrito
em que procuramos
elucidar o
que pensamos sobre a
referida questão.
Na
questão inicial
de “O
Livro dos
Espíritos”,
percebemos
que “Deus
é a
inteligência
suprema,
causa primária
de todas as
coisas”.
Fundamentamo-nos no
raciocínio contido nesta resposta para embasar todas as elucubrações
que elaboramos
acerca
deste
tema.
Na 4ª questão é-nos
aventado
que podemos verificar
a
existência
de
Deus
num
axioma
que
aplicamos
em nossas
ciências.
Ora, se não
há efeito
sem
causa,
tudo que
não é efeito
do
trabalho
humano,
forçosamente é do
Criador.
E, na
mesma
pergunta,
continua
apresentando-nos
que para crer-se em Deus basta que
observemos as
obras da Criação. É imperioso
acreditemos na
feitura
do Universo pelo Supremo Artífice; afinal de contas,
não podemos conceber
a ideia de
que o
Mundo
tenha se formado
acidentalmente. Ora, crer no imprevisto (como
é o Big Bang) é
negar
que
todo efeito
tem uma
causa e
avançar que o nada pode
fazer alguma coisa. Temos
certeza de que
a consequência de uma
explosão não poderia criar a harmonia dos astros, nem a beleza e a grandiosidade
da
Natureza;
o
efeito
de uma
comoção
seguida
de detonação, e
produzida
pelo
desenvolvimento
repentino de uma força
ou pela
expansão súbita
de
um gás, é
um
fato casual
e,
como
tal,
não é inteligente
para gerar nada.
Pensemos: se
algo
foi
criado,
obviamente não se deve à eventualidade,
mas,
sim, ao
Pai
Maior. A 7ª fala-nos que é indispensável
sempre uma causa
primária para
explicar-se a
origem
das propriedades íntimas da matéria;
não podemos atribuir
a
formação
primária
das
coisas às
próprias coisas; seria tomar o efeito pela causa. Mas, como vimos, tudo
começa com
Deus. A 8ª é preponderante para a defesa de nossa opinião, pois ela mostra-nos que é um
absurdo
algum
homem
de
bom
senso
considerar um
acontecimento
fortuito,
capaz de fazer
combinações perfeitas como a ordem
existente
entre os corpos
celestiais e toda
natureza. O notável
Codificador comenta este
assunto dizendo
que
“um
acaso
inteligente já
não seria acaso”.
A 9ª lembra-nos uma máxima que diz: “Pela obra se
reconhece o
autor”. A
riqueza
e a
perfeição de
formas
e
medidas
que
existem no Universo
denotam
um único instituidor - Deus.
Ademais, como
vemos na 13ª e 21ª,
além de eterno, o Altíssimo nunca
esteve
inativo.
Portanto,
mesmo sabendo
que a
expansão
do
Universo
aconteceu a
aproximadamente 14
bilhões
de
anos
atrás, cremos que
o
Pai
Supremo criou a mais ínfima partícula da matéria antes
deste
período.
Quando?
Desconhecemos e, a
nosso
ver,
nenhum ser encarnado o sabe. Ademais,
na 80ª é-nos
dito
que
Deus jamais
deixou de
criar.
No
Espiritismo, tudo
sinaliza a
criação
do universo por outro mecanismo que não o "Big
Bang".
Que
fique
claro:
“achamos que este
aconteceu;
só
não
cremos
que o
mundo
começou dele”.
Finalizando, deixamos
uma
pergunta no
ar:
recentemente, nas
reuniões
mediúnicas
que
frequentamos, um Espírito comunicou-se questionando a alguns: “como acreditais realmente
em Deus,
se credes
ser a
Criação
do
Cosmo uma
obra
do
acaso?".